Jeep Avenger será produzido em Porto Real (RJ) a partir de 2026 e deve chegar às concessionárias no mesmo ano, ampliando a linha de SUVs da marca no país. Modelo terá versões híbridas e pode incluir tração 4×4.
A Stellantis confirmou a produção nacional do Jeep Avenger em Porto Real (RJ).
A fabricação começará em 2026, com o lançamento do modelo no mesmo ano nas concessionárias brasileiras.
O anúncio integra um plano de R$ 3 bilhões destinado ao polo fluminense entre 2025 e 2030, com reforço de fornecedores e novas contratações já em curso.
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Ainda como parte do comunicado, a empresa destacou que o Avenger se somará à gama feita no país, ampliando a presença da marca no segmento de SUVs compactos.
A confirmação encerra meses de testes e preparativos conduzidos no Brasil desde 2023 e intensificados em 2024, quando unidades foram vistas em avaliações de engenharia por aqui.
Concorrência no segmento de SUVs compactos
Posicionado na base da linha, o Avenger atuará abaixo do Renegade e disputará espaço entre T-Cross, Creta, Duster e demais B-SUVs.
A estratégia mira ampliar o alcance da Jeep no mercado de entrada, em um dos segmentos mais concorridos do país.
O novo SUV não irá substituir o Renegade, que seguirá em linha como opção complementar na faixa imediatamente superior.
Plataforma CMP e conteúdo para o Brasil
O utilitário será construído sobre a plataforma CMP, base modular que já sustenta Citroën C3, Aircross e Basalt fabricados em Porto Real.
Ao trazer o Avenger para o mesmo ecossistema industrial, a Stellantis reduz custos, simplifica a cadeia de componentes e potencializa o efeito de escala local.
No interior, o modelo europeu exibe central multimídia em posição elevada, quadro de instrumentos digital e pacote de assistências condizente com a categoria.
A configuração brasileira ainda não foi detalhada, mas a expectativa é preservar a arquitetura do painel e os recursos de conectividade que caracterizam o projeto.
Motorização prevista para o mercado nacional
A Stellantis não divulgou oficialmente os motores do Avenger nacional.
No entanto, publicações especializadas no Brasil indicam que o SUV deverá usar o conhecido 1.0 turbo flex de três cilindros, com cerca de 130 cv e 20,4 kgfm de torque.
O conjunto deve vir acoplado a câmbio CVT com sete marchas simuladas.
Também é previsto um sistema híbrido leve de 12V, alinhado ao que a empresa já oferece em Pulse e Fastback.
Na Europa, o Avenger combina três ofertas principais: elétrica, e-Hybrid e 4xe com tração integral.
Essa variedade dá pistas de como o produto pode evoluir no Brasil, embora a montadora não tenha confirmado quais versões estarão disponíveis por aqui.
Tração 4×4: diferencial Jeep
Fora do país, a Jeep já comercializa o Avenger 4xe com sistema AWD e calibração específica para uso fora de estrada.
O pacote híbrido combina motor a combustão e dois elétricos, dianteiro e traseiro, entregando o DNA off-road característico da marca em um porte mais compacto.
Para o mercado brasileiro, a Jeep ainda não confirmou a oferta de tração 4×4.
Dimensões e espaço interno
Se repetir as medidas globais, o Avenger terá 4,08 m de comprimento, 2,56 m de entre-eixos, 1,53 m de altura e 1,77 m de largura.
O porte o coloca no meio do segmento de SUVs compactos.
No porta-malas, há divergências conforme a motorização: a Jeep divulga até 380 litros nas versões a combustão na Europa, enquanto o elétrico costuma ser listado com 355 litros.
A definição para o Brasil dependerá da configuração final.
Fábrica de Porto Real ganha protagonismo
A escolha de Porto Real reforça o caráter multimarcas do polo, que hoje fabrica Citroën C3, Aircross e Basalt.
Com o novo Jeep, a Stellantis aprofunda o uso da CMP, recebe novos fornecedores e amplia a mão de obra local.
O anúncio de produção veio acompanhado de referência às 300 novas contratações realizadas no início do ano para preparar a planta para a próxima fase.
Além disso, a chegada do Avenger em 2026 ajuda a compor o portfólio nacional da marca, ao lado de Renegade, Compass e Commander produzidos no país.
Wrangler e Grand Cherokee seguem como importados e continuam a representar os patamares superiores da gama.
Jeep Avenger será porta de entrada da marca
O plano da Jeep é fazer do Avenger a porta de entrada da marca, deixando o Renegade em um degrau acima.
A convivência dos dois modelos é parte da estratégia para cobrir uma faixa mais ampla de preços e perfis de uso.
A chegada às lojas está prevista para 2026, após o início da produção em série no estado do Rio de Janeiro.
Enquanto isso, os testes de rodagem e de percepção com consumidores seguem compondo a etapa final de nacionalização.
Esses ciclos são usuais quando um produto global precisa adaptar conteúdo, calibração e custos à realidade brasileira antes da estreia comercial.
O que ainda precisa ser confirmado
Nos próximos meses, pontos-chave a acompanhar são a confirmação oficial do trem de força, a oferta de versões eletrificadas e eventuais configurações 4×4 para o Brasil.
Também devem surgir definições sobre conteúdo de segurança e assistências ao motorista, quesitos cada vez mais relevantes entre os concorrentes diretos do Avenger no país.
Qual desses itens você considera decisivo na escolha de um B-SUV de entrada?