Empresa Suíça está desenvolvendo um jato hipersônico que utilizará o hidrogênio como combustível. O modelo promete viagens hipersônicas comerciais em apenas 1,5 horas.
O desenvolvimento de um novo jato a hidrogênio promete dar o primeiro passo a uma nova era de viagens hipersônicas que reduziria em algumas horas o tempo de viagem aérea à volta do mundo. O último jato hipersônico a conseguir tal proeza foi o Concorde, o resultado supersónico da engenharia anglo-francesa.
Jato a hidrogênio pode ir de Paris a Nova York em apenas 1,5 horas
Em seu auge, o Concorde atravessou o Atlântico em um tempo único, de cerca de 3,5 horas, voando a uma velocidade maior que 2.100 km/h. Agora, uma startup da Suíça planeja reduzir o atual tempo de viagem de Paris a Nova Iorque de 8 horas para apenas uma hora e meia com seu jato hipersônico de passageiros, que utiliza o hidrogênio como combustível.
Enquanto outras empresas estão se dedicando novamente aos voos supersônicos, a Destinus planeja desenvolver o primeiro jato movido a hidrogênio comercial capaz de fazer viagens hipersônicas a uma velocidade 5 vezes superior à do som e a altitudes maiores que 33 km.
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A empresa tem realizado testes com seu protótipo de avião nos últimos dois anos, anunciando voos de teste bem sucedidos de seu segundo protótipo, chamado de Eiger, no final do último ano. Segundo o diretor de estudos avançados da Destinus, Bart Van Hove, durante o Paris Air Show deste ano em Le Bourget, os protótipos são diferentes do produto final, visto que o produto final possui uma tecnologia de propulsão muito avançada.
Van Hove explica que há diferentes tipos de motores, ramjet, turbojatos, todos movidos a hidrogênio. Desta forma, isso corresponde a uma configuração específica do veículo, tal como se vê em sua visão, de um jato hipersônico que capta uma grande quantidade de ar e possui uma conduta central que se divide em várias condutas de motor. Não é o caso do protótipo, porque a empresa vai passo a passo.
Ministério da Ciência da Espanha investe em projeto de viagens hipersônicas
A Destinus anunciou recentemente a participação de um programa gerido pelo Ministério da Ciência de Espanha, como parte dos planos do governo do país para desenvolver jatos movidos a hidrogênio para voos supersônicos.
A agência que supervisiona o programa do ministério, o Centro para el Desarrollo Tecnológico e Industrial, selecionou o projeto como uma iniciativa estratégica no âmbito de seu Plano de Tecnologias Aeronáuticas (PTA). Com um investimento global atual de 12 milhões de euros, o projeto envolve empresas e centros de tecnologia, assim como universidades espanholas.
Segundo o Diretor de Desenvolvimento Empresarial e Produtos para a Destinus, Davide Bonetti, a empresa está muito feliz por ter recebido estas bolsas, principalmente, porque são um sinal claro de que as iniciativas da Destinus estão de acordo com as linhas estratégicas da Espanha e da Europa em alavancar o jato hipersônico a hidrogênio.
Jato a hidrogênio fará voo teste de Frankfurt para Sidney
A energia do hidrogênio é alvo de muita pesquisa e desenvolvimento, com foco na sustentabilidade, visto que os principais subprodutos da combustão do hidrogênio são calor e água. A quantidade de calor gerada apresenta um grande desafio de concepção.
Pesquisadores da Universidade RMIT em Melbourne desenvolveram recentemente catalisadores impressos em 3D que, segundo eles, podem impulsionar o voo hipersônico e atuar como agente refrigerante para combater o calor extremo gerado quando as aeronaves voam cinco vezes a velocidade do som.
A empresa suíça Destinus afirma que sua tecnologia fará um voo de Frankfurt para Sidney em apenas 4 horas e 15 minutos em vez das 20 horas que se leva atualmente, enquanto que um voo de Frankfurt levaria 2 horas e 45 minutos, 8 horas a menos do que essa viagem demora atualmente.