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O Japão anunciou um megaprojeto para um trem magnético que promete ser o trem-bala mais rápido do mundo, utilizando tecnologia de levitação magnética. A expectativa é que ele ultrapasse a incrível marca de 600 km/h.
O Japão é um país famoso por sua tecnologia e façanhas engenhosas e, agora, está construindo um megaprojeto de trem magnético de passageiros mais rápido no mundo, um sistema que alcança até duas vezes a velocidade dos trens bala normais e reduzirá, pela metade, o tempo de viagem, eliminando um componente bastante fundamental: as rodas.
Trem magnético do Japão pode chegar a 603 km/h
Usando tecnologia de levitação magnética, esse novo trem-bala flutua a 10 cm acima do solo, eliminando o atrito causado pelo contato com os trilhos.
No entanto, o megaprojeto tem sido profundamente controverso, enfrentando atrasos, custos de construção em rápida escala e um acirrado debate sobre a preocupação ambiental. É válido mencionar que o Japão foi o primeiro do mundo a desenvolver trens de alta velocidade com a construção da linha Tokaido Shinkansen, entre Tókio e Osaka, em 1959.
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Quando o trem magnético do mega projeto estiver concluído, uma viagem que demora cerca de 2,5 horas com trens convencionais, agora será feita em 67 minutos. Em plena velocidade, essa tecnologia de levitação magnética leva o trem-bala a se mover a 500 km/h, embora em um teste de 2015 tenha atingido impressionantes 603 km/h. 103 km/h a mais.
É amplamente aceito que essas velocidades são praticamente impossíveis para um trem-bala convencional atingir. Eles são eventualmente limitados pelo atrito criado por suas rodas e, para resolver este problema, os engenheiros japoneses voltaram no tempo para uma tecnologia que existe desde os anos 1900: a levitação magnética, também conhecida como maglev.
Como funcionará a tecnologia de levitação magnética?
Na verdade, os conceitos de trem magnético datam dos anos 60 e a primeira e, até agora, única linha comercial do mundo está em operação desde 2004, entre o centro da cidade de Shangai e o seu aeroporto.
A Central Japan Railway Company modernizou essa tecnologia de levitação magnética, usando ímãs supercondutores.
Eletroímãs são refinados a 269°C, permitindo que os trens levitem mais acima dos Trilhos, mas estes precisam estar em movimento a uma certa velocidade antes que os ímãs entrem em ação. Uma vez que o trem magnético atinge 150 km/h por si só, a levitação magnética entra em ação e o vagão é levantado de suas rodas de borracha.
O trem-bala com tecnologia de levitação magnética do Japão interage então com um conjunto de bobinas na pista, uma usada para levitar a sua massa e a outra para impulsioná-lo para a frente. Agora, sem as rodas, os vagões do trem magnético podem viajar a velocidades incríveis. Os trens também são totalmente autônomos, controlados pela pista ao invés de um condutor, uma medida que torna colisões ou acidentes muito menos prováveis.
Trem-bala passará por vários túneis
O megaprojeto do Japão está em construção desde 2014 e deve ser inaugurado em 2027. Uma Extensão adicional que ligará Tóquio a Osaka começará a ser construída imediatamente e será inaugurada em 2037, 10 anos antes do previsto. Ao contrário dos trens bala existentes, cujos trilhos contornam a costa japonesa, o novo trem magnético estará 90% subterrâneo, passando sobre os Alpes do Sul.
Desses 285 Km da linha, 256 km serão em túneis e as razões para isso são duplas. Em primeiro lugar, a tecnologia de levitação magnética funciona melhor quando viajam na linha mais reta possível e segundo que escavar sobre as montanhas evita a costa japonesa mais propensa a terremotos.
No entanto, ao adotar essa abordagem a Central Japan Railway Company acabou cavando alguns dos túneis mais profundos já vistos no Japão e isso levantou várias preocupações ambientais, especialmente na Província de Shizuoka, onde a escavação ameaça a bacia do Rio Ohi, uma importante fonte de água para a região.
