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Tempo de leitura 5 min de leitura Comentários 8 comentários

Um homem sozinho plantou mais de 40 milhões de árvores e criou uma floresta de 550 hectares, maior que o Central Park em Nova York e considerada uma das maiores obras individuais da história da humanidade

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 06/10/2025 às 09:40
Atualizado em 07/10/2025 às 08:46
Um homem sozinho plantou mais de 40 milhões de árvores e criou uma floresta de 550 hectares, maior que o Central Park em Nova York e considerada uma das maiores obras individuais da história da humanidade
Um homem sozinho plantou mais de 40 milhões de árvores e criou uma floresta de 550 hectares, maior que o Central Park em Nova York e considerada uma das maiores obras individuais da história da humanidade
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Jadav Payeng, agricultor de Assam, na Índia, dedicou décadas a plantar árvores e transformou terras áridas em uma floresta de 550 hectares, símbolo mundial de preservação e obstinação individual.

Poucas histórias no mundo têm o poder de mostrar, de forma tão clara, como a obstinação de uma única pessoa pode mudar o destino de um território inteiro. No nordeste da Índia, na região de Assam, um agricultor simples chamado Jadav “Molai” Payeng transformou um pedaço de terra árida em uma floresta majestosa de 550 hectares, o equivalente a mais de 770 campos de futebol.

E ele fez isso sozinho: plantando mais de 40 milhões de árvores ao longo da vida, em um trabalho diário que durou décadas. Hoje, sua obra é chamada de Molai Forest e é considerada um dos maiores atos de regeneração ambiental já feitos por um único homem em toda a história.

Quem é Jadav Payeng: o “Homem-Floresta” da Índia

Nascido em 1963, em uma comunidade humilde de Assam, Payeng nunca foi cientista, engenheiro ou ambientalista de formação. Cresceu como agricultor, cercado pela dureza da vida rural. Mas desde cedo percebeu o impacto da degradação ambiental na região: a erosão do rio Brahmaputra, a desertificação do solo e a morte de animais pela falta de vegetação.

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Em 1979, ainda adolescente, presenciou centenas de cobras morrerem queimadas pelo sol em um banco de areia desprotegido, após uma enchente. A cena o marcou profundamente e ele decidiu agir. Sem apoio do governo, sem recursos, sem ajuda de ONGs, começou a plantar mudas de bambu e árvores nativas.

A rotina que parecia impossível se repetiu diariamente por anos, até que as primeiras árvores se transformaram em bosque. Com o tempo, o bosque virou floresta.

Como nasceu a floresta de 550 hectares

O processo foi lento, mas Payeng jamais desistiu. Ele recolhia sementes, plantava mudas, carregava baldes de água para irrigar e protegia as árvores do gado que pastava na região.

As primeiras áreas reflorestadas foram de bambu, espécie que cresce rapidamente e ajuda a segurar o solo. Depois, ele introduziu árvores maiores, como teca e outras nativas da Índia. Aos poucos, diferentes espécies começaram a prosperar, criando um ecossistema equilibrado.

O resultado: uma floresta inteira criada do zero, apenas pelas mãos de um homem. Hoje, ela ocupa 550 hectares, o que significa que a Molai Forest é maior que o Central Park, em Nova York (341 hectares).

Reconhecimento nacional e internacional

Por muito tempo, ninguém sabia da floresta. Apenas na década de 2000, jornalistas descobriram o feito de Payeng, e sua história começou a ganhar destaque mundial.

Em 2012, ele recebeu o título de “Forest Man of India” do governo indiano, reconhecimento oficial pela transformação ambiental. Em 2015, foi homenageado pela ONU por sua contribuição ao meio ambiente. Documentários da National Geographic e da BBC já retrataram sua obra, apresentando-o como símbolo global de resistência ecológica.

A floresta como legado humano

A floresta de Payeng não é apenas um espaço verde: é uma prova viva de que a ação individual pode ter impacto global. Em uma época em que o desmatamento e as mudanças climáticas dominam os noticiários, a Molai Forest mostra o caminho inverso: a regeneração.

O legado de Payeng vai muito além da Índia. Sua história já inspirou projetos de reflorestamento comunitário na África, na América Latina e até em programas escolares de sustentabilidade.

Comparações que impressionam

Para dimensionar o tamanho da conquista:

  • A floresta de Molai tem 210 hectares a mais que o Central Park em Nova York.
  • É maior do que muitas reservas oficiais protegidas pelo governo.
  • Estima-se que o espaço criado por Payeng sequestre milhares de toneladas de carbono por ano, funcionando como um pulmão natural para a região.

Enquanto grandes projetos de reflorestamento consomem bilhões de dólares em tecnologia, Payeng fez tudo com suas próprias mãos, sem financiamento e sem ajuda institucional.

O poder da determinação individual

O que torna essa história épica é a simplicidade da mensagem: um homem, um sonho e uma pá podem mudar o mundo. Payeng não teve acesso a máquinas, satélites, drones ou planos de reflorestamento sofisticados. O que ele teve foi perseverança.

Todos os dias, enquanto o mundo girava, ele seguia seu ritual de plantar. Árvores que hoje chegam a dezenas de metros de altura começaram como mudas frágeis, protegidas e regadas por um agricultor que acreditava no impossível.

Inspiração para o futuro

O exemplo de Payeng é ainda mais poderoso quando pensamos no contexto global: segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), o planeta perde 10 milhões de hectares de floresta por ano devido ao desmatamento.

Se cada comunidade tivesse um “homem-floresta”, o impacto seria transformador. Projetos inspirados em sua história já estão em andamento na África e em áreas degradadas da Índia, provando que a ação local pode ter alcance planetário.

Uma das maiores obras individuais da humanidade

Ao olhar para a Molai Forest, é impossível não se emocionar. Onde antes havia terra seca e árida, hoje existe uma floresta exuberante, criada por um homem que se recusou a desistir.

Mais de 40 milhões de árvores se erguem como testemunhas silenciosas de sua perseverança. 550 hectares de vida que superam parques icônicos do mundo.

A obra de Jadav Payeng não é apenas ambiental: é humana. É o exemplo de que o impossível pode ser alcançado quando a determinação encontra propósito.

Enquanto governos discutem e corporações prometem, um agricultor indiano mostrou que o futuro do planeta pode nascer de gestos simples, repetidos todos os dias.

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Marcel Campante
Marcel Campante(@marcel_campante89)
Active Member
07/10/2025 13:45

Quem escreveu esse artigo claramente não sabe fazer conta, continha de buteco:
40.000.000 ÷ 100 = 400.000 dias

400.000 ÷ 365 = 1.095 anos.

Isso se ele plantar 100 mudas por dia por todos os seus dias q ja deve ser um recorde. Devo fazer uma conta com o tempo que leva plantar uma Muda manualmente? 🤣

Viva a educação Paulo Freire

Fabio
Fabio
Em resposta a  Marcel Campante
07/10/2025 21:40

Totalmente de acordo. 40.000.000 de árvores? Só com mágica.
Suponhamos que ele fez isso em 60 anos. A conta é simples.
Divida 40.000.000÷60÷365.
Resultado: teria que plantar mais de 1.800 árvores por dia… Muito esquisita essa matemática…

Jorge José Gomes de Souza
Jorge José Gomes de Souza
Em resposta a  Fabio
07/10/2025 22:45

Muito provavelmente a plantação inicial foi uma decisão solitária, mas depois do bosque outros bichos ajudaram no espalhamento de sementes e o processo foi sendo incrementado sozinho durante o tempo. Ventos levam polens e sementes. No meu terraço já nasceram muitas árvores que nunca plantei, mas tenho que replanta-las em outros locais. A natureza tem suas dinamicas, e isso não tira o mérto do agricultor solitário.

Marcel Campante
Marcel Campante(@marcel_campante89)
Active Member
Em resposta a  Jorge José Gomes de Souza
08/10/2025 18:39

Ninguem criticou o homem nem a atitude só o sensacionalismo. Questão de ser biológico é lógica matemática e interpretação de texto. A nota diz claramente: “homem plantou sozinho” e mais a diante :”regava todos os dias”. Mesmo que ele planta se essa quantidade acha que ele daria conta de plantar a cota necessária para bater o número e ainda regar e cuidar das outras ja plantadas em um prazo de 16h (excluindo a hora de sono) ?E logo se animais ajudassem a espalhar semelhante não caracteriza plantio. Foi claramente exagerado

Diego Freitas
Diego Freitas
Em resposta a  Marcel Campante
07/10/2025 22:45

Como vcs gostam de criticar um ato de um indivíduo sendo que nem biólogos são, mas aqui vai algo de 5ª série pra vcs, estão esquecendo que os animais e as plantas ajudam na expansão pelas sementes , raízes espalhadas de outros animais e principalmente de aves que o tempo inteiro até estão comendo espalham sementes aonde passam, aí vem as abelhas que ajudam na reprodução de plantas menores que contém alimentos ajudando na reprodução de diversas especies. Pode ter certeza que a conta fecha e outra ele n fez sozinho, Deus estava junto.

Advaldo Palomari
Advaldo Palomari
Em resposta a  Diego Freitas
07/10/2025 23:54

O problema não está no ato, já que a maior floresta urbana do mundo, foi um ato quase solitário, foram plantadas 10000 árvores, e hoje é a floresta da Tijuca. O problema é que matematicamente o argumento não fecha, seriam 740000 mudas por hectare, e nessa densidade, nem que fosse plantação de soja. Não é necessário aumentar o milagre, por si já é um ato gradioso.

Marcel Campante
Marcel Campante(@marcel_campante89)
Active Member
Em resposta a  Diego Freitas
08/10/2025 18:37

Ninguem criticou o homem só o sensacionalismo, não questão de ser biológico é lógica matemática e interpretação de texto. A nota diz claramente: “homem plantou sozinho” e mais a diante :”regava todos os dias”. Mesmo que ele planta se essa quantidade acha que ele daria conta de plantar a cota necessária para bater o número e ainda regar e cuidar das outras ja plantadas em um prazo de 16 (excluindo a hora de sono) E logo se animais ajudassem a espalhar semelhante não caracteriza plantio. Foi claramente exagerado

Somente.a.reportagem
Somente.a.reportagem
07/10/2025 07:40

Quanta mentira.
Uma conta básica, 1 homem sozinho não planta 60 mudas dia. Abrindo cova, colocando muda, fechando. Transporte da muda até o campo.
Faz as contas.

Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Sugestões de pauta, correções ou mensagens podem ser enviadas para contato.deboraaraujo.news@gmail.com

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