O Itaú, por meio de sua subsidiária Zup Innovation, desenvolvedora de tecnologias e produtos com sede em Uberlândia, Minas Gerais, promoveu onda de demissões nesta semana, segundo informações divulgadas pelo Layoffs Brasil.
A empresa, comprada pelo banco em 2019 por R$ 293 milhões (51% das ações), passou por um processo de reformulação de marca em 2021 e adotou uma postura mais “startupeira”, integrando departamentos de produto, experiência do usuário e outras competências complementares ao seu core business em TI.
As informações divulgadas pelo Layoffs Brasil indicam que cerca de 50 profissionais foram afetados pelo corte até o momento, mas ex-funcionários afirmaram nas redes sociais que o número pode ser ainda maior, superando os 150.
Funcionários da Zup informaram que a empresa está passando por uma reformulação interna em sua estratégia e mudando para uma empresa de tecnologia, o que resultou na demissão de cargos de liderança, team lead, POs, UX e QA.
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A Zup confirmou o corte, mas não entrou em detalhes em relação ao número de pessoas afetadas e às áreas atingidas.
A companhia divulgou uma nota em que afirmou avaliar constantemente suas unidades de negócio para se adaptar às necessidades dos clientes e que os esforços atuais e movimentações visam especializar os colaboradores e minimizar impacto nos times. A empresa demonstrou seu compromisso em auxiliar todos os colaboradores em suas transições e afirmou que sempre atuou de forma respeitosa e humanizada.
A postura “startupeira” adotada por empresas de tecnologia, como a Zup, tem se tornado uma tendência nos últimos anos, com a intenção de alavancar portfólios e trazer mais profissionais de áreas complementares ao core business. Exemplos de empresas que adotaram essa postura e tiveram movimentos similares de demissão incluem CI&T e Ilegra.
CI&T, por sua vez, não conseguiu segurar seus comentários nas redes sociais, já que uma lista circulou com mais de 120 nomes de pessoas dispensadas pela companhia em março.
A Ilegra tem adotado uma postura mais discreta em relação às demissões, eliminando posições menos conectadas com o cerne de seus negócios.
A Zup conta com 3 mil colaboradores, o que significa que o corte afetou aproximadamente 5% do quadro. A empresa possui quatro produtos open source no mercado e desenvolvimentos específicos para clientes, como Via Varejo, Sodexo e Elo.
Com a reformulação da marca em 2021 e a postura mais “startupeira”, a Zup abriu uma nova sede em São Paulo, com um ambiente totalmente em linha com a estética “startupeira”. O Itaú, que era cliente da Zup antes da aquisição, se comprometeu a adquirir mais ações ao longo dos próximos anos. A Zup, antes das demissões, já havia enfrentado julgamento por supostas práticas abusivas contra funcionários.
Demissão em massa
Esse ano o que mais se fala é em demissão em massa. Várias empresas grandes e pequenas reduziram drasticamente seu número de funcionários. A Bridgestone demitiu 600 funcionários, a GM realizou demissão em larga escala nos EUA. Banco como Itaú (citado acima) e banco alemão e o banco Neon também foram alvos de corte de cargos.