ENI e YPF fecham acordo estratégico para liquefação e exportação de gás natural de Vaca Muerta, ampliando o potencial energético da Argentina no mercado global.
A estatal argentina YPF e o grupo italiano ENI deram um passo importante no cenário energético global. As empresas assinaram um memorando de entendimento para desenvolver um projeto de transporte, liquefação e exportação de gás natural proveniente da região de Vaca Muerta, na Patagônia.
O acordo foi oficializado na segunda-feira (14), durante um encontro em Milão entre Claudio Descalzi, CEO da ENI, e Horacio Marín, presidente e CEO da YPF. O projeto faz parte do plano “Argentina GNL”, que visa transformar o país em um hub exportador de gás.
Vaca Muerta: um tesouro energético na Patagônia
A bacia de Vaca Muerta é uma das maiores reservas de gás natural não convencional do mundo. Sua exploração tem potencial para reposicionar a Argentina como protagonista no setor energético global.
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A parceria com a ENI reforça a confiança internacional no projeto. A empresa italiana traz sua experiência em projetos de GNL (Gás Natural Liquefeito) desenvolvidos no Congo e em Moçambique, consolidando-se como um player estratégico para o avanço da infraestrutura argentina.
Por que a ENI aposta em Vaca Muerta?
A ENI é uma das maiores companhias de energia do mundo, com atuação em 69 países e foco em soluções sustentáveis e descarbonização.
Ao investir em Vaca Muerta, a empresa reafirma seu compromisso com a diversificação energética e a transição para um futuro de baixo carbono.
“Estamos extremamente felizes em assinar esse acordo com a ENI, que nos permitirá acelerar os prazos do projeto Argentina GNL. Estamos percebendo um notável interesse em nível global, tanto das principais empresas de produção quanto dos países”, destacou Horacio Marín.
Já Claudio Descalzi ressaltou a escolha da YPF como uma decisão estratégica, baseada na competência da estatal argentina e no potencial da região.
Exportação de gás natural
O projeto visa criar uma cadeia logística completa para a exportação de gás natural liquefeito, incluindo infraestrutura de transporte e plantas de liquefação.
Além de impulsionar a economia local, a iniciativa também fortalece o posicionamento da Argentina como fornecedora confiável de energia limpa e acessível.