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Brasileiros poderão economizar R$ 4.356,89 ao ano caso o Congresso aprove a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 mensais.

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 21/08/2025 às 13:25
Imposto de Renda
Foto: Reprodução
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O debate sobre o Imposto de Renda voltou a ganhar força em Brasília e pode trazer impacto direto no bolso de milhões de brasileiros. A proposta em discussão busca aliviar a carga tributária da população de renda média, que nos últimos anos tem sentido cada vez mais o peso dos impostos no orçamento familiar

A Câmara dos Deputados aprovou hoje o requerimento de urgência do projeto que isenta o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais.

A decisão permite que a proposta seja votada diretamente no plenário, sem passar por comissões.

O governo pediu prioridade porque considera a medida central para sua agenda econômica. A expectativa é que o texto seja analisado já na próxima semana.

Articulação política

O presidente Lula (PT) tem se reunido com líderes partidários e presidentes de siglas para garantir apoio. O Palácio do Planalto aposta na proposta também como trunfo eleitoral.

O relatório do deputado Arthur Lira (PP-AL) já havia sido aprovado em julho na comissão especial. Ele manteve os principais pontos sugeridos pelo governo, mas ampliou algumas isenções.

Detalhes do texto

O projeto prevê que a perda de arrecadação, estimada em R$ 25,5 bilhões por ano, será compensada com a taxação de pessoas que ganham acima de R$ 50 mil por mês.

Para rendas a partir de R$ 600 mil por ano, haverá cobrança mínima, com progressão de alíquota até 10% para quem recebe acima de R$ 1,2 milhão.

Um exemplo citado no relatório mostra que contribuintes com renda anual de R$ 900 mil pagarão 5%, o que equivale a R$ 45 mil.

A solução, segundo Lira, deve arrecadar R$ 76,21 bilhões em três anos.

Alterações feitas pelo relator

O texto original do governo previa isenção parcial até R$ 7.000. O relator elevou o teto para R$ 7.350, o que beneficia cerca de 500 mil pessoas adicionais.

Ele também recuou da ideia de reduzir a alíquota máxima para 9%, após pressão popular contra benefícios aos mais ricos.

Outra mudança foi a decisão de livrar de tributação dividendos acumulados até 31 de dezembro. A justificativa é evitar contestações judiciais.

Quem será beneficiado

A isenção vai atingir cerca de 10 milhões de brasileiros. Cada contribuinte deve ter economia anual de R$ 4.356,89, segundo cálculos da Câmara.

O grupo de alta renda que passará a contribuir mais representa apenas 0,13% da população, cerca de 141,4 mil pessoas.

A remuneração considerada inclui salários, aluguéis, dividendos e outros rendimentos. Ficam de fora lucros com venda de bens, heranças, poupança, indenizações e aposentadoria por doença grave.

Para quem mora no exterior, haverá taxa de 10% sobre remessas de dividendos, independentemente do valor enviado.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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