Três novos editais de projetos da indústria aeroespacial nacional somam R$ 550 milhões em investimentos nos próximos anos. O Governo Federal pretende trazer mais tecnologia e expandir esse mercado com a atração de novas empresas e negócios ao país.
Após quase oito anos sem receber os olhares da administração nacional, a indústria aeroespacial brasileira voltará a receber aportes financeiros do Governo Federal. Isso, pois três editais estão previstos nesta quinta-feira, (13/10), para os próximos anos no mercado nacional. Os projetos de tecnologia e inovação somam R$ 550 milhões em investimentos e colocarão o Brasil na rota internacional dos negócios no setor aeroespacial novamente, segundo especialistas do segmento.
Três editais de projetos de tecnologia e inovação estão previstos para atrair investimentos à indústria aeroespacial brasileira nos próximos anos
O Governo Federal agora volta a mirar no crescimento da indústria aeroespacial brasileira e irá aplicar fortes investimentos na expansão do setor no mercado nacional para os próximos anos.
Para isso, três novos editais de projetos de tecnologia e inovação foram lançados neste segundo semestre de 2022, somando mais de R$ 550 milhões em investimentos para o segmento nos próximos anos.
- Inovação Tecnológica: Impulsionando o Futuro do Setor de Transportes
- Governo Federal quer colocar ferrovias em foco e reviver projeto ferroviário de quase 500 km esquecido há anos
- Caminhões com eixo suspenso: A inovação que mudou o transporte, reduziu custos e transformou a economia das estradas!
- Asia Shipping revoluciona logística com aquisição da Hórus e soluções inovadoras
Eles são: Veículo Lançador de Pequeno Porte para lançamentos de nano e/ou microssatélites, no valor de R$ 190 milhões; Plataformas Demonstradoras de Novas Tecnologias Aeronáuticas (PDNT), estimado em R$ 140 milhões; e Satélite de Pequeno Porte de Observação da Terra de alta resolução, no valor de R$ 220 milhões.
Esse é um passo importante do Governo Federal para retomar os olhares do mercado global para o setor da indústria aeroespacial brasileira durante os próximos anos.
O presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), Julio Shidara, reforçou que esses investimentos trarão perspectivas de crescimento ainda melhores ao longo dos próximos anos.
“Estamos vivenciando um divisor de águas do setor tecnológico, não apenas do setor aeroespacial. Com o lançamento dos editais, espero que o Brasil finalmente passe a seguir a receita adotada por todos os países com programas espaciais desenvolvidos, que são considerados programas de Estado, com comprometimento de alocação de recursos a longo prazo.”, afirmou o executivo.
“Estou convencido que, em menos de uma década, a indústria espacial brasileira conquistará protagonismo no cenário global, como ocorre com a respeitada indústria aeronáutica nacional”, completou o presidente da AIAB.
Governo Federal recebeu proposta do SENAI para expandir crescimento da indústria aeroespacial brasileira no mercado internacional com foco em tecnologia
Além dos projetos de tecnologia que serão desenvolvidos nos editais de investimentos milionários lançados pelo Governo Federal, o SENAI também apresentou uma proposta para o crescimento do setor.
Trata-se de uma estratégia apresentada em agosto deste ano, a qual visa desenvolver a indústria aeroespacial com a criação de quatro polos de competitividade no Brasil e um centro internacional nos Estados Unidos.
Essa seria uma forma não só de atrair mais olhares para o setor, como também colocar o país como um grande competidor no mercado global.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) avaliou que essa proposta ainda poderia não só expandir a tecnologia no setor, como também gerar milhares de empregos em todo o território nacional.
O desenvolvimento de uma rede industrial para a indústria aeroespacial, como propôs o SENAI, poderia trazer ainda mais agilidade logística e uma infraestrutura de qualidade para o mercado nacional do setor.
Dessa forma, o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, destacou que esse é um caminho praticamente necessário para que o país possa aproveitar novos nichos, novas oportunidades que tem surgido, como aeronaves de decolagem vertical e veículos não tripulados.