CSN investe R$ 3 bilhões em Itaperuçu com novas fábricas de cimento e calcário, gerando até 18 mil empregos e impulsionando a economia local.
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anunciou um investimento de aproximadamente R$ 3 bilhões para a construção de uma fábrica de cimento e uma de calcário em Itaperuçu, município localizado na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A decisão foi divulgada após uma reunião entre representantes da empresa e o governador Carlos Massa Ratinho Junior. Este projeto visa não apenas aumentar a produção de cimento e calcário, mas também gerar um significativo número de empregos na região.
Projeto da CSN e impactos econômicos
O investimento será dividido majoritariamente na construção da fábrica de cimento, com aproximadamente R$ 2,8 bilhões alocados para essa parte do projeto.
A nova planta de cimento ocupará uma área de cerca de 150 hectares, com uma área adicional de 70 hectares destinada à mineração.
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A instalação será uma das maiores do Brasil no setor e contará com tecnologia de ponta, além de reservas de matéria-prima para mais de 80 anos.
A construção das fábricas da CSN está prevista para iniciar em 2025, dependendo da obtenção das licenças ambientais necessárias.
O projeto será implementado em uma área rural de Itaperuçu, que já possui vocação para a indústria mineradora.
Recentemente, o município recebeu outro investimento significativo, de R$ 145 milhões, da Votorantim, reforçando o potencial econômico da região.
A estimativa é que, durante o período de construção, cerca de 15 mil empregos diretos e indiretos sejam criados.
Após a conclusão das obras, a operação das fábricas deve gerar outros 3 mil postos de trabalho.
A presença das novas fábricas também deverá contribuir para o crescimento econômico do Paraná, que já está entre os maiores geradores de empregos do país, com um PIB crescendo a um ritmo superior à média nacional.
Licenciamento e processos ambientais
Atualmente, o projeto da CSN está na fase de obtenção das licenças ambientais necessárias.
O Instituto Água e Terra (IAT) está coordenando o processo, que inclui a análise do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima).
José Luiz Scroccaro, presidente do IAT, informou que o órgão terá 30 dias para a análise técnica e vistorias após o recebimento dos documentos.
Após isso, serão realizadas audiências públicas para discutir o impacto do projeto com a comunidade.
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) também está envolvida para garantir que o processo de licenciamento seja concluído de forma eficiente.
Everton Souza, secretário estadual, destacou que o objetivo é iniciar as obras no início de 2025, desde que o processo técnico e jurídico avance conforme o planejado.
Aspectos logísticos e benefícios regionais
Além das construções das fábricas, a CSN também está planejando a construção de cerca de 30 quilômetros de vias para conectar as novas instalações à infraestrutura rodoviária existente, especialmente à Rodovia dos Minérios (PR-092).
Esta melhoria na logística facilitará o escoamento da produção de cimento e calcário, beneficiando o agronegócio e a construção civil na região.
O Governo do Estado do Paraná está apoiando o projeto com a concessão de incentivos fiscais por meio do programa Paraná Competitivo, que pode incluir a extensão de prazos de pagamento do ICMS e a redução de alíquotas para empresas que investem no Estado.
Isso deve resultar em mais empregos e renda para a população local, além de impulsionar a arrecadação estadual.
Sobre a CSN
Fundada em 1941, a CSN é uma das maiores empresas brasileiras no setor de siderurgia, mineração, logística, cimento e energia.
Com mais de 30 mil colaboradores, a empresa foi a primeira produtora de aço plano no Brasil e passou por um processo de privatização em 1993, o que possibilitou sua modernização e expansão.
Atualmente, a CSN atua em 17 estados brasileiros, além da Alemanha e Portugal, e suas ações estão listadas nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York.