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Invasão dos carros chineses no Brasil: os números não mentem e eles já vendem muito mais que os nacionais

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 11/07/2025 às 19:33
carros chineses - carros elétricos - China
Foto: IA
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A resposta está na tecnologia, preço e velocidade de produção. Enquanto o Brasil ainda adapta fábricas, a China produziu mais de 10 milhões de veículos só nos 4 primeiros meses de 2025

O que antes parecia apenas uma promessa, agora virou realidade: os carros chineses crescem no Brasil muito mais rápido que os modelos nacionais. Segundo a Anfavea, as vendas de carros importados subiram 15,6% no primeiro semestre de 2025, enquanto os nacionais cresceram apenas 2,6%. A diferença é gritante — e tem nome e sobrenome: China Motors.

Hoje, os carros importados já representam 19,1% de todos os emplacamentos do Brasil, e a maioria vem direto do mercado chinês. Em 2024, o Brasil foi o 4º maior comprador de carros chineses no mundo, atrás apenas de Rússia, México e Emirados Árabes.

Quem está comprando mais: Brasil ou China?

Importações de carros em 2024:

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  • 🚗 Brasil: 192 mil carros chineses
  • 📈 Crescimento dos importados: +15,6%
  • 🇧🇷 Crescimento dos nacionais: +2,6%
  • Participação dos importados no mercado: 19,1% dos emplacamentos

Marcas chinesas com maior destaque no Brasil em 2024:

BYD: 76.402 unidades

Chery: 50.398 unidades

GWM: 29.218 unidades (+154%)

Por que os carros chineses estão ganhando tanto espaço?

A resposta está na tecnologia, preço e velocidade de produção. Enquanto o Brasil ainda adapta fábricas, a China produziu mais de 10 milhões de veículos só nos 4 primeiros meses de 2025. Desse total, os modelos “verdes” (elétricos, híbridos e a célula de combustível) cresceram 46% nas vendas.

Esses veículos chegam ao Brasil com preços competitivos, mais conectividade, visual moderno e uma proposta clara: entregar mais por menos. Por exemplo, é possível encontrar SUVs elétricos chineses por R$ 120 mil, valor bem abaixo dos similares nacionais com tecnologia equivalente.

Mas e o impacto para o Brasil?

A Anfavea alerta: a indústria nacional está ameaçada. A entrada massiva de veículos chineses pode gerar desindustrialização e perda de empregos. Por isso, o setor tem pressionado o governo por aumento nas alíquotas de importação para veículos elétricos e híbridos.

Por outro lado, as exportações brasileiras também cresceram 183% no semestre, com destinos como Argentina, México, Uruguai e Chile puxando a fila. E os chineses já anunciaram R$ 27 bilhões em investimentos no Brasil, incluindo fábricas em Goiás, Bahia e um centro de P&D no Nordeste.

O que esperar daqui para frente?

O Brasil está no meio de uma encruzilhada: aceitar a entrada dos chineses e se adaptar, ou barrar a concorrência para proteger o que já existe. Seja qual for o caminho, o consumidor já percebe a diferença nas ruas e no bolso.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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