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Internet via satélite cresce 38% no Brasil, ultrapassa 500 mil assinantes e pressiona setor de telecomunicações

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 17/03/2025 às 14:56
A internet via satélite no Brasil cresceu 38% em um ano e já supera meio milhão de assinantes. Enquanto o 5G segue limitado, empresas como Starlink dominam o setor.
A internet via satélite no Brasil cresceu 38% em um ano e já supera meio milhão de assinantes. Enquanto o 5G segue limitado, empresas como Starlink dominam o setor.
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A internet via satélite segue crescendo no Brasil, registrando um aumento de 38% no último ano, conforme dados divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em março de 2025. O número de assinantes do serviço ultrapassou 500 mil usuários, impulsionado principalmente pela demanda em regiões remotas e pela expansão da Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk. Segundo especialistas do setor, a limitação da infraestrutura do 5G tem sido um dos principais fatores que impulsionam esse crescimento.

5G limitado e a busca por alternativas confiáveis

Embora o 5G tenha sido amplamente promovido como a próxima revolução na conectividade, sua implementação no Brasil enfrenta desafios significativos. Segundo um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), publicado em janeiro de 2025, a cobertura do 5G ainda se restringe às grandes e médias cidades, deixando vastas áreas do país sem acesso à nova tecnologia.

Essa limitação abriu espaço para soluções alternativas, como a internet via satélite, que oferece conexão de alta velocidade sem depender de infraestrutura terrestre. De acordo com a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), cerca de 40% da população rural brasileira ainda não possui acesso a uma conexão estável, o que reforça a importância desse avanço.

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A Starlink, principal operadora de internet via satélite no país, tem dominado o setor. Dados da Anatel indicam que, em 2024, a empresa dobrou sua base de clientes no Brasil, atingindo 326,8 mil assinantes – um aumento de 145,8% em relação ao ano anterior. Esse crescimento permitiu à Starlink ultrapassar a HughesNet, que antes liderava o mercado nacional.

Empresas chinesas, como a SpaceSail, também já anunciaram planos para entrar no mercado brasileiro em 2025, prometendo oferecer pacotes mais acessíveis e cobertura ampliada. Segundo um relatório da Conselho Nacional de Telecomunicações da China, a empresa pretende iniciar operações no Brasil no segundo semestre deste ano.

Internet via satélite e a inclusão digital

A conectividade via satélite tem sido essencial para a inclusão digital de comunidades isoladas. Regiões da Amazônia, Pantanal e interior do Nordeste têm se beneficiado desse avanço, permitindo acesso à telemedicina, educação a distância e serviços bancários digitais. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) estima que a expansão desse serviço poderá reduzir em 30% o número de brasileiros sem acesso à internet até 2030.

De acordo com a Universidade de São Paulo (USP), projetos governamentais também estão explorando essa tecnologia para melhorar a conectividade em escolas públicas e postos de saúde. O Ministério das Comunicações confirmou que parte do orçamento de 2025 será destinada à ampliação da internet via satélite para comunidades ribeirinhas e quilombolas.

Perspectivas para o futuro da internet via satélite no Brasil

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A tendência de crescimento da internet via satélite deve continuar nos próximos anos. Segundo projeções da Associação Internacional de Satélites (SIA), o Brasil poderá atingir 1 milhão de usuários conectados via satélite até 2027.

Com a chegada de novos concorrentes e o avanço da tecnologia, a expectativa é que os preços do serviço se tornem mais acessíveis e a qualidade da conexão melhore. Segundo a Starlink, novos satélites de órbita baixa, lançados em janeiro de 2025, permitirão reduzir a latência e melhorar a estabilidade da conexão em regiões densamente povoadas.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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