Carro elétrico chinês BYD Dolphin atinge 220 mil km no Brasil e segue em bom estado, surpreendendo pela durabilidade em uso intenso de aplicativo.
Um BYD Dolphin brasileiro acaba de atingir 220 mil quilômetros rodados em apenas dois anos de uso, e o resultado impressiona: o veículo mantém freios originais, boa autonomia e poucos sinais de desgaste além do interior.
O caso reacende o debate sobre a durabilidade dos carros elétricos chineses no Brasil.
O Dolphin em questão pertence a Elio, motorista de aplicativo parceiro do canal InsideEVs Brasil, que acompanha de perto o desempenho dos modelos da BYD.
-
Sedã híbrido da BYD promete rodar até 2.000 km com uma carga e tanque, entenda a tecnologia
-
Parou de ser fabricado na geração anterior, mas ainda é um dos favoritos dos motoristas de app: o sedã automático da Nissan com porta-malas gigante e manutenção barata
-
Teste mostra qual moto 300 cilindradas é mais econômica: Yamaha MT-03 ou Honda CB Twister
-
Nova Honda XRE 300 Sahara 2026: com tecnologia FlexOne, entrega 25,2 cv com etanol e 24,8 cv com gasolina, sempre a 7.500 rpm. Veja os preços e o que muda nas novas versões
O elétrico, equipado com motor dianteiro de 95 cv e bateria de 45 kWh, mantém autonomia próxima à indicada no painel — mais de 400 km — e tem sistemas essenciais em bom estado, o que desafia a percepção comum sobre a resistência dos carros chineses fora da China.
Desempenho do Dolphin com alta quilometragem
De acordo com Elio, os discos e pastilhas de freio ainda são os originais, mesmo após 220 mil km.
A manutenção preventiva foi seguida de forma adequada, com trocas de fluido de motor, diferencial e freio conforme as recomendações.
O cuidado demonstrado pelo motorista é apontado como fator decisivo para a longevidade do veículo.
Em vídeo no canal, ele afirma: “Está tudo em ordem. Não tenho do que reclamar”.
Segundo o painel, mesmo depois de rodar centenas de quilômetros, o Dolphin continua marcando aproximadamente 405 km de autonomia por carga, superior aos 290 km informados oficialmente pela fabricante.
Uso intenso afeta principalmente o interior
Embora mecânica e bateria estejam preservadas, o interior do Dolphin mostra impacto mais evidente do uso contínuo.
O revestimento de couro sintético acumula oleosidade e sujeira após rodagem intensa com passageiros.
Apesar disso, Elio classifica o interior como “bom”, lembrando a importância de limpeza regular.
O desgaste do revestimento já era esperado, mas o restante da cabine segue em bom estado.
Esse cenário reforça a ideia de que, além da manutenção técnica, cuidados com parte interior são fundamentais para preservar a sensação de carro novo.
Outros casos reforçam resistência dos BYD
Esse não é o único Dolphin com quilometragem avançada analisado pelo canal.
Outro exemplar, importado como Dolphin Mini (Seagull), rodou 100 mil km sem grandes problemas estruturais.
Apenas peças da proteção inferior precisaram de reparo devido a vias esburacadas, e o único serviço realizado foi a troca do filtro do ar‑condicionado.
Gilson, responsável pelo canal, afirmou que mantém monitoramento constante desses carros.
O acompanhamento sistemático permite reunir dados de uso e manutenção, construindo um histórico real da durabilidade dos modelos chineses no mercado brasileiro.
BYD se destaca na nova geração de elétricos
A repercussão do vídeo com o Dolphin de 220 mil km se justifica por vários aspectos:
- Desempenho do sistema de freios, com peças originais mesmo após uso intenso.
- Manutenção simples e periódica, com trocas pontuais recomendadas pela fábrica.
- Autonomia acima do oficial, com o painel indicando mais de 400 km por carga.
- Uso cotidiano exigente, com passageiros, rotas longas e cenário urbano desafiador.
As marcas chinesas de veículos foram, há pouco tempo, associadas a produtos de qualidade inferior.
Clone mal acabado, estrutura frágil e acabamento questionável foram relatos comuns entre os modelos que chegaram ao Brasil até os anos 2000.
Porém, o setor respondeu com evolução rápida: hoje, a China é líder global em veículos elétricos e híbridos, reunindo fabricantes que investem pesado em desenvolvimento, pesquisa e melhorias.
Evolução dos elétricos no mercado brasileiro
A BYD, companhia fundada em Shenzhen em 1995, expandiu com força desde meados da última década.
Seus carros modernos circulam pela América Latina há anos, com operações no Chile, México e Brasil, e começam a mostrar resultados consistentes de durabilidade e performance, como no caso citado.
Globalmente, veículos elétricos chineses seguem em curva de crescimento.
O contexto de eletrificação, políticas de incentivos e aumento dos preços de combustível reforçam a relevância desses modelos.
Mesmo assim, dúvidas sobre qualidade, pós-venda e infraestrutura persistem — ainda mais fora da China.
Casos como o do Dolphin com alta quilometragem ajudam a embasar a narrativa positiva.
A longevidade dos elétricos em teste real
A manutenção preventiva conduzida por Elio reforça a necessidade de bom pós‑venda e suporte técnico instalado no país, especialmente para elétricos recém-chegados ao mercado.
Disponibilidade de peças, rede de assistência e suporte local são fatores decisivos para o sucesso da marca.
Atualmente, poucos carros elétricos no Brasil atingem números tão altos de quilometragem.
Comparar com modelos tradicionais como Fiat Uno, que acumula centenas de milhares de quilômetros por uso intenso, é natural.
Ainda assim, é prematuro afirmar que EVs chineses sejam equivalentes aos veículos populares nacionais em durabilidade histórica — pois sua introdução foi recente.
Mesmo assim, a trajetória do Dolphin no Brasil, com longos ciclos de uso, baixa necessidade de manutenção e desempenho estável, aponta tendência de confiabilidade e resistência.
Para especialistas, o tempo e testes de usuários regulares serão fundamentais para consolidar essa imagem.
A expectativa para os próximos 300 mil km
Para validar a tese de durabilidade além de 220 mil km, será necessário acompanhar carros da BYD rodando além dos 300 mil km — como espera o canal InsideEVs Brasil.
A extrapolação de dados de uso real bem monitorado é caminho certeiro para construir credibilidade e confiança nesses veículos.
Você acredita que um elétrico chinês, bem cuidado, pode superar 300 mil quilômetros de uso no Brasil, como acontece com carros como o Uno?
Coloca qq elétrico pra rodar em estradas de terra como o Uno (de mais 20 anos e ainda na ativa) e verão que não duram 6 meses, se tanto. Isso se não explodir devido às “pedras do caminho” que poderão atingir a bateria etc. Claro que comparou em durabilidade, mas tem muito BYD pouco rodado por aí cheio de problema. Não dá pra endeusar um modelo de carro (ou marca) com um percentual ínfimo de exemplares comparado às suas vendas totais. Ainda bem que a tecnologia melhora a cada dia e espero que isso seja a realidade da grande maioria dos elétricos, num futuro próximo. E que todos tenham condições de carregar seus carros em casa (ou prédios) com total segurança. Mas isso é outro assunto, que vai demorar ainda mais pra acontecer.
Quem mora ou tem casa de veraneio nestas regiões tem que ter carro específico. Se liga meu caro.
Deus me livre conviver com uma pessoa tão negativa por perto. 😂 😂 😂
Tenho um trabalho com ele todos os dias me da 400 reais limpo todos os dias.. so trabalhar. Ótimo carro.
Carro elétrico barato é excelente para uber, que só têm uso urbano e aumentam bastante o lucro. O valor de revenda é alto por isso. Mas fora dessa aplicação carro elétrico é roubada e as vendas estão caindo no mundo inteiro, menos na China, porque multa quem tem outro tipo de carro.