O benefício assegura pensão vitalícia no valor do teto do INSS, indenização de R$ 50 mil e isenção de imposto, com direito a 13º salário, segundo informações oficiais do Instituto Nacional do Seguro Social.
O INSS iniciou em setembro de 2025 o pagamento da pensão vitalícia para famílias afetadas pela síndrome congênita do Zika, uma das medidas mais aguardadas desde a epidemia de 2015. Além do valor mensal de R$ 8.157,41 — equivalente ao teto do Regime Geral de Previdência Social —, as vítimas têm direito a uma indenização em parcela única de R$ 50 mil, corrigida pelo INPC.
A decisão foi oficializada pela Lei nº 15.156/2025, que consolidou direitos já previstos em normas anteriores e ampliou as garantias. O benefício é isento de Imposto de Renda e garante também o pagamento de um abono anual, funcionando na prática como um 13º salário.
Como solicitar a pensão vitalícia e quem tem direito
O pedido pode ser feito totalmente online pelo aplicativo Meu INSS ou pelo site oficial do órgão.
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É necessário anexar documentos pessoais do paciente e de seu representante legal, além de um laudo médico emitido por junta oficial pública ou privada.
Todos os requerimentos passam por avaliação da perícia médica da Previdência Social, que analisa a consistência das informações.
Outro ponto relevante é que a pensão vitalícia pode ser acumulada com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), hoje no valor de um salário mínimo (R$ 1.518 em 2025).
Também é possível acumular com outros benefícios previdenciários de mesmo valor.
A restrição vale apenas para a indenização: os R$ 50 mil não podem ser somados a valores concedidos em ações judiciais contra a União.
Histórico da medida e luta das famílias
O apoio financeiro às vítimas do Zika já vinha sendo discutido desde 2020, quando a Lei nº 13.985/2020 garantiu indenizações, reforçada depois pela Medida Provisória nº 1.287/2024.
Agora, a nova lei amplia e unifica os direitos, garantindo segurança jurídica. Pedidos feitos com base nas normas anteriores permanecem válidos.
O contexto da medida remete à epidemia de 2015 e 2016, que atingiu especialmente o Nordeste do Brasil.
A transmissão do vírus da mãe para o feto gerou milhares de casos de microcefalia e outras anomalias graves, como deficiências auditivas, visuais e neurológicas.
As sequelas permanentes dessas crianças transformaram a rotina de milhares de famílias, que lutavam há quase uma década por maior apoio estatal.
Impacto econômico e social do benefício
Segundo o INSS, os primeiros pagamentos já estão em curso.
A indenização de R$ 50 mil é paga de forma imediata, enquanto a pensão vitalícia de R$ 8.157,41 garante renda estável para tratamentos e cuidados permanentes.
Essa medida representa não apenas suporte financeiro, mas também um reconhecimento histórico da responsabilidade do Estado diante da epidemia.
Especialistas afirmam que o impacto será duplo: de um lado, reduz a vulnerabilidade social das famílias, oferecendo segurança para despesas médicas e adaptação de infraestrutura.
De outro, pode gerar maior pressão sobre a rede de perícias e acompanhamento, exigindo eficiência para evitar atrasos.
Reconhecimento e desafios daqui para frente
Embora a implementação da pensão vitalícia seja vista como um avanço inédito, o desafio agora é garantir transparência e rapidez nos processos.
Muitas famílias ainda enfrentam dificuldades burocráticas e dependem de agilidade para receber os valores.
O benefício, ao mesmo tempo em que cumpre função reparatória, também reforça a necessidade de políticas públicas consistentes de saúde e prevenção, para que novas epidemias não deixem marcas tão profundas.
Você considera que a pensão vitalícia de R$ 8.157,41 e a indenização de R$ 50 mil representam uma reparação justa às famílias afetadas pelo Zika? Ou o valor deveria ser maior diante das dificuldades enfrentadas? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive essa realidade na prática.