Em resposta às ameaças norte-coreanas, a Coreia do Sul se inspira em Israel e acelera a implantação de seu próprio sistema de defesa “Domo de Ferro”. Saiba como esse avanço fortalece sua segurança nacional!
Em 29 de outubro de 2024, a Administração do Programa de Aquisição de Defesa da Coreia do Sul (DAPA) anunciou um avanço em sua defesa nacional: a aceleração da implantação do sistema de Defesa de Mísseis de Baixa Altitude (LAMD). O plano agora prevê um início operacional entre 2029 e 2033, dois anos antes do previsto.
Essa medida surge em meio às tensões crescentes na Península Coreana, intensificadas pelas ameaças da Coreia do Norte, forçando Seul a adotar estratégias mais rápidas para proteger áreas críticas do país.
LAMD: Sistema Avançado de Defesa Aérea
O sistema LAMD foi iniciado em 2022, com desenvolvimento planejado até 2033, visando principalmente a defesa contra ataques de artilharia e mísseis da Coreia do Norte.
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O principal objetivo do LAMD é proteger regiões estratégicas, especialmente a capital, Seul. A DAPA acredita que o LAMD poderá competir com o famoso Iron Dome de Israel, sendo composto por radares, centros de controle de engajamento, lançadores e mísseis interceptores. A intenção é mitigar o impacto de possíveis ataques de longo alcance.
Com o LAMD, a Coreia do Sul fortalece suas capacidades de interceptação e eleva sua defesa para outro patamar, trazendo um sentido de segurança adicional aos habitantes próximos à Zona Desmilitarizada (DMZ).
Atualizações no Sistema de Defesa Patriot
Além do LAMD, a DAPA também autorizou uma nova fase de melhorias no sistema de defesa Patriot, adquirindo o sistema Patriot Advanced Capability-3 (PAC-3). Este novo modelo utiliza interceptores hit-to-kill, que são mais ágeis e precisos em comparação com os sistemas anteriores, que usavam ogivas de fragmentação. Com o PAC-3, cada lançador suporta até 16 mísseis, ao contrário dos quatro no PAC-2, oferecendo maior alcance e melhor capacidade de rastreamento.
Essas atualizações não só modernizam a infraestrutura de defesa do país, mas também o tornam menos dependente de tecnologias estrangeiras, consolidando a produção nacional em equipamentos militares.
Cooperação e controvérsias com os EUA e a China
A Coreia do Sul também opera o sistema THAAD (Terminal High Altitude Area Defense), fornecido pelos Estados Unidos, que visa interceptar mísseis em sua fase final. A implantação inicial do THAAD em 2017 gerou tensão com a China, que considera o poderoso radar do sistema uma ameaça à sua segurança. Como retaliação, a China aplicou sanções econômicas e culturais, incluindo restrições a turistas que visitavam a Coreia do Sul. Em resposta, o então presidente sul-coreano, Moon Jae-in, comprometeu-se a limitar novas implantações do THAAD no território sul-coreano.
Entretanto, a postura defensiva da Coreia do Sul continua firme. Apesar das tensões com a China, Seul considera a parceria com os EUA fundamental para manter sua segurança e neutralizar potenciais ameaças do Norte.
Ameaças da Coreia do Norte e a proximidade com a DMZ
Recentemente, a Coreia do Norte intensificou suas provocações. Em uma série de retaliações, lançou balões com destroços em direção a Seul, após a ação de ativistas sul-coreanos que enviaram balões de propaganda para o Norte. A proximidade de Seul à DMZ — apenas 55 km — torna a cidade vulnerável a ataques de artilharia de grande escala.
A preocupação de Seul com a segurança é justificada, já que a Coreia do Norte possui milhares de sistemas de artilharia ao longo da fronteira. Esse cenário impulsiona ainda mais os esforços para garantir uma defesa robusta, capaz de proteger a população e as infraestruturas vitais do país.
Desenvolvimento do L-SAM e expansão da Indústria Militar da Coreia do Sul
A Coreia do Sul está também trabalhando no sistema Long-range Surface-to-Air Missile (L-SAM), projetado para interceptar mísseis em altitudes entre 50 e 60 km. Esse sistema é parte integrante do Korean Air and Missile Defense (KAMD) e será combinado com o PAC-3 e o Cheongung II, estabelecendo uma defesa multicamada.
Outro avanço importante é o projeto do tanque K2 Black Panther. Buscando reduzir a dependência de fornecedores internacionais, os próximos 150 tanques do modelo K2 terão transmissões fabricadas localmente pela SNT Dynamics. Este sistema também será exportado para a Turquia, equipando os tanques de batalha Altay. Esse esforço reforça a indústria de defesa sul-coreana, aumentando sua competitividade no mercado global.
Desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, a Coreia do Sul tem se destacado como um fornecedor de equipamentos militares, especialmente para países europeus que enfrentam uma crescente demanda por defesa. Com esses novos projetos, a Coreia do Sul demonstra ambições de se consolidar como uma potência militar global, autossuficiente e tecnológica.
Ao investir em defesa e autonomia, o país busca se preparar para futuros desafios, solidificando sua posição no cenário internacional.