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Sem parar nada: Ultracargo usa robôs em tanques inflamáveis e antecipa o futuro

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 22/07/2025 às 00:26
Técnicos da Ultracargo posicionam robô para inspeção de tanque inflamável no terminal de Santos.
Equipe da Ultracargo prepara robô submersível para operação inédita em tanques inflamáveis sem interrupção das atividades no terminal de Santos.
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Tecnologia usada em Santos antecipa futuro da manutenção industrial e reforça a liderança da empresa no setor de granéis líquidos.

Em junho de 2025, a Ultracargo executou uma operação inédita de inspeção robotizada em dois tanques de produtos inflamáveis no terminal portuário de Santos (SP).

Como resultado, os robôs atuaram com os tanques cheios e em plena atividade, sem necessidade de esvaziamento ou paralisação operacional, o que garantiu alta eficiência.

Além disso, o tempo de inspeção, que antes durava até 15 dias, foi reduzido para apenas dois, com toda a operação mantida normalmente durante o processo.

Dessa forma, a solução impediu a exposição de pessoas a riscos, eliminou resíduos e também dispensou o uso de água, reafirmando o foco sustentável da empresa.

Divulgação: Ultracargo

Inspiração em outros terminais acelerou inovação

Antes da operação em Santos, a Ultracargo realizou em janeiro de 2024 uma inspeção remota em um tanque de água no terminal de Itaqui (MA).

Embora o contexto fosse diferente, a experiência inspirou a equipe a adaptar a tecnologia para ambientes com inflamáveis, o que exigiu um esforço técnico maior.

Por isso, segundo Leopoldo José Gimenes, vice-presidente de Engenharia e Operações, o projeto precisou de quase um ano de estudos e planejamento integrado.

Além disso, a operação exigiu atenção a fatores climáticos, como chuvas e descargas elétricas, que poderiam comprometer a segurança e a execução do plano.

Por fim, foi necessário garantir que os vapores internos estivessem dentro dos limites seguros, antes da entrada do robô nos tanques pressurizados.

Inspeção digital evita parada, gera economia e antecipa tendências

Durante a execução da inspeção, a Ultracargo utilizou tecnologias específicas e altamente precisas em diferentes fases da operação, o que elevou a qualidade dos resultados.

  • Em primeiro lugar, o robô realizou medição da espessura por ultrassom, assegurando conformidade estrutural.
  • Em seguida, câmeras embarcadas captaram imagens visuais internas, transmitidas em tempo real.
  • Além disso, o sistema de georreferenciamento mapeou eventuais anomalias com precisão.
  • Por fim, toda a operação foi conduzida remotamente, sem intervenção humana direta.

Segundo Everaldo Silva Sena, gerente de Planejamento e Controle de Manutenção, “essa tecnologia trouxe ganhos em segurança, confiabilidade e produtividade”, além de economia operacional.

Com isso, a solução eliminou a necessidade de transferir produtos, evitou desperdícios e reduziu drasticamente o tempo de parada, com o sistema sempre ativo.

Mais importante ainda, os dados obtidos confirmaram que os tanques estão aptos a operar por mais 10 anos, seguindo a norma técnica internacional API 653.

Operação segue padrões internacionais e será expandida

Assim como empresas dos Estados Unidos, que já utilizam robôs similares, a Ultracargo aplicou o modelo internacional de inspeção adaptado ao cenário nacional.

Por esse motivo, a operação em Santos é considerada um projeto-piloto estratégico, com potencial de expansão para todos os terminais da companhia no Brasil.

De acordo com Gimenes, a Ultracargo já trabalha para incorporar a tecnologia no plano de digitalização e modernização de seus ativos logísticos.

Com isso, a empresa fortalece sua posição de liderança, adotando práticas globais e sustentáveis, com foco em excelência técnica, segurança e eficiência operacional.

Resumo dos impactos e próximos passos

A operação gerou impactos expressivos e imediatos:

  • Tanques inspecionados em dois dias, com operação mantida
  • Sem necessidade de parada ou esvaziamento
  • Redução total de riscos a trabalhadores
  • Zero geração de resíduos e economia de água
  • Conformidade validada com a norma API 653
  • Modelo pronto para replicação em terminais nacionais

Atualmente, a empresa avalia expandir a tecnologia para todos os seus terminais, como parte de um esforço contínuo de inovação e automação da manutenção.

Ao adotar esse caminho, a Ultracargo projeta ganhos operacionais de longo prazo e fortalece sua cultura de responsabilidade ambiental e segurança industrial.

O que o futuro reserva para a manutenção portuária no Brasil?

Com essa operação, a empresa consolida um novo modelo de manutenção no Brasil, que une robótica, sustentabilidade e redução de custos em um só processo inovador.

No entanto, para o país avançar nesse caminho, será necessário investir em capacitação técnica, regulamentação adequada e apoio à inovação nas cadeias logísticas.

Na sua opinião, o Brasil está preparado para transformar a infraestrutura industrial com tecnologias sustentáveis como esta?

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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