Estudo revela que biodiesel é viável para o setor marítimo
Um estudo pioneiro realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em colaboração com a Bunker One, gigante na comercialização de combustíveis marítimos, aponta para a viabilidade técnica, econômica e ambiental do uso de biodiesel em embarcações. Este combustível, mesclado em 7% com diesel marítimo, conhecido como B7, surge como uma alternativa promissora frente ao tradicional bunker fóssil, alinhando-se aos princípios de sustentabilidade e redução de carbono globais. Os resultados animadores serão compartilhados com o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), marcando um passo significativo para a indústria naval e de combustíveis.
Um mergulho na pesquisa
A Bunker One, comprometida com a sustentabilidade e inovação, uniu forças com a UFRN para explorar as possibilidades do biodiesel no setor naval. A pesquisa, iniciada em 2021, utilizou biodiesel de segunda geração, produzido a partir de resíduos animais e óleo de cozinha usado, desmistificando preocupações anteriores sobre seu uso. Sob a liderança da professora Amanda Gondim, o estudo abrangeu desde uma revisão bibliográfica extensa até testes laboratoriais rigorosos, estabelecendo o B7 como a mistura ideal para os testes de viabilidade.
Resultados promissores e impacto ambiental
A fase final do estudo envolveu testes práticos com o B7 em um rebocador da Nova Offshore, demonstrando não apenas a viabilidade técnica do biocombustível, mas também seus benefícios ambientais, como a redução de 2% nas emissões de CO2. Este resultado abre perspectivas para a diminuição da pegada de carbono no transporte marítimo, alinhando a indústria com as metas globais de sustentabilidade. A adaptação ao B7 requer uma transição gradual, atentando-se especialmente à manutenção de filtros, devido ao poder detergente do biodiesel que promove a limpeza dos tanques.
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Navegando rumo ao futuro verde
O sucesso deste estudo constitui um marco para o setor marítimo e energético, incentivando a adoção de combustíveis mais limpos. A Bunker One planeja não apenas compartilhar as descobertas com órgãos reguladores, mas também fomentar a continuidade da pesquisa e adoção prática do B7, visando uma transição gradual e eficaz para o biodiesel nas operações navais. Este esforço reflete a visão da empresa de liderar a mudança para combustíveis verdes, com a expectativa de que, em breve, o biodiesel se torne uma escolha predominante no mercado brasileiro e global.
A iniciativa da Bunker One e da UFRN não apenas destaca o potencial do biodiesel como uma alternativa sustentável ao bunker fóssil, mas também reforça o compromisso da indústria com as práticas ESG. A adoção do B7 representa um avanço significativo para a sustentabilidade no transporte marítimo, promovendo uma indústria mais limpa e responsável. À medida que a Bunker One avança para comercializar combustíveis verdes, o estudo serve como um importante impulso para outras empresas seguirem pelo caminho da inovação e responsabilidade ambiental.
Fonte: Daniella Bottino.