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O detector de ataque cardíaco para uso doméstico fornece resultados em minutos, eliminando a necessidade de esperar por horas. Descubra como essa tecnologia pode revolucionar os cuidados de saúde e salvar vidas em situações críticas!
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (JHU) desenvolveram um chip revolucionário que promete detectar os biomarcadores de ataque cardiaco em questão de minutos, um avanço significativo em relação aos métodos atuais que podem levar horas para fornecer resultados.
O dispositivo, que pode se tornar uma ferramenta diagnóstica de uso doméstico, se destaca por sua alta precisão, mesmo em concentrações muito baixas de biomarcadores como a enzima creatina quinase e a proteína troponina, responsáveis por indicar danos no músculo cardíaco.
Quando se trata de infartos, o tempo é essencial. Quanto mais rápido o diagnóstico, mais cedo o fluxo sanguíneo é restaurado ao coração, minimizando os danos ao órgão e aumentando as chances de recuperação do paciente. No entanto, os sintomas de um infarto podem variar significativamente entre os pacientes, tornando o diagnóstico rápido um verdadeiro desafio.
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Zheng e outros 2024
Atualmente, quando uma pessoa chega a um pronto-socorro com suspeita de infarto, ela passa por uma série de exames de sangue, como a verificação dos biomarcadores mencionados. O problema é que esses testes podem levar de uma a duas horas para serem processados em laboratório.
Com o novo chip, essa espera pode ser drasticamente reduzida para poucos minutos, o que pode salvar vidas em situações de emergência.
Tecnologia de ponta para diagnósticos rápidos
A tecnologia por trás do chip desenvolvido pela JHU é extremamente inovadora. O dispositivo utiliza uma “metassuperfície” única para detectar biomarcadores de infarto com rapidez e precisão.
O processo envolve a criação de uma camada de esferas de poliestireno organizadas em um padrão hexagonal sobre uma base de quartzo. Em seguida, camadas finas de ouro e sílica são aplicadas sobre as esferas, preenchendo os espaços. Após a remoção das esferas, resta uma estrutura em pilha de átomos de ouro e sílica, que amplifica os campos elétricos e magnéticos do chip.
Essa amplificação permite que o dispositivo utilize a espectroscopia Raman, uma técnica de análise química que usa luz para interagir com as ligações químicas presentes em uma amostra de sangue, facilitando a detecção dos biomarcadores.
“O chip detectou biomarcadores de infarto em segundos, mesmo em concentrações extremamente baixas”, disse Peng Zheng, autor principal do estudo e pesquisador assistente da JHU. Ele também destacou que o dispositivo pode detectar os sinais de um ataque cardíaco antes mesmo dos exames convencionais.
O engenheiro biomédico Ishan Barman, coautor do estudo, reforçou o potencial do chip para diagnósticos fora do ambiente hospitalar. “Estamos falando de rapidez, precisão e da capacidade de realizar medições fora de um hospital”, disse Barman. Ele mencionou ainda que, no futuro, o chip poderá evoluir para um dispositivo portátil, semelhante ao “tricorder” de Star Trek, permitindo diagnósticos rápidos com apenas uma gota de sangue.
Além de detectar infartos, os pesquisadores acreditam que a tecnologia pode ser adaptada para diagnosticar outras doenças, como câncer e infecções. “Há um enorme potencial comercial para essa plataforma tecnológica”, afirmou Barman.
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