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Importação de óleos de combustíveis apresentam queda de 46%. Valor dos produtos também teve baixa, caindo 39% de maio para junho, acompanhando variações do petróleo brent

Escrito por Daiane Souza
Publicado em 21/07/2022 às 07:15
Importação de óleos de combustíveis apresentam queda de 46%. Valor dos produtos também teve baixa, chegando a cair 39% de maio para junho, estagnação acompanha variações do brent
Fonte da imagem: Pixabay

A alta acumulada do petróleo brent chega a 55%, mas os preços tendem a cair nos próximos meses, impactando diretamente as ações das empresas que atuam com a exportação e refino, inclusive a Petrobras. 

De acordo com os dados compartilhados recentemente pela Secretaria de Comércio Exterior, os óleos de combustíveis apresentaram queda de importação de 46% enquanto o valor teve baixa de 39% na comparação dos preços cobrados de maio para junho. Essa variação acompanha  os preços do petróleo brent, que está com seu acumulado no último ano de 55% e cai dia após dia com as novas parcerias de exportação mundial dos EUA para aumentar a oferta após os fins de concessões russas. 

Comparado os meses de junho de 2022 e 2021, entretanto, pode-se dizer que houve aumento exponencial de petróleo importado do Brasil,  tendo alta de 47% no valor importado, apesar da queda de 27% na quantidade comprada. Essa redução aconteceu após o governo, atualmente administrado por Jair Bolsonaro, decidir negociar com países que diminuíram os tributos sobre o petróleo, de modo a trazer mais vantagens para a compra. 

Brasil produz mais de 3 milhões por dia, mas consome mais da metade de tudo o que é fabricado, afirma o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP)

De acordo com dados compartilhados pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o Brasil produz cerca de 3 milhões de barris de petróleo por dia, no entanto, consome mais da metade de tudo o que é fabricado, sendo ao menos 2,5 milhões. As importações ainda precisam acontecer em larga escala porque as refinarias brasileiras não conseguem refinar alguns tipos de óleo, tendo a necessidade de exportar para o exterior, como para os Estados Unidos (EUA), para recomprar posteriormente por um preço maior. 

O Brasil já havia desenvolvido projetos para construir refinarias de modo a diminuir a sua dependência da importação. Entretanto, a maior parte das construções tornaram-se alvos de investigação da Lava Jato por desvio de verbas e corrupção, tanto ativa quanto passiva, de governos anteriores, como de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um exemplo de investimento que ocorreu em grande escala mas que nunca produziu sequer um barril de petróleo refinado foi a Comperj, que hoje, precisaria de um valor bilionário para ser terminada por causa dos índices de inflação. 

Segundo  Leonardo Baltieri, cofundador da Vixtra, fintech de comércio exterior, o Brasil ainda precisa importar cerca de 30 mil barris por dia. 

Baixa oferta de óleos e preço alto faz com que os pequenos importadores sejam prejudicados 

De acordo com Baltieri, a baixa oferta e os altos preços fazem com que somente as grandes empresas consigam exportar o petróleo com um valor mais acessível, prejudicando assim, os pequenos exportadores. O bloqueio de portos, a falta de contêiner e as eleições previstas para acontecer no mês de outubro de 2022, polarizando o futuro governo, são aspectos que influenciam para a alta volatilidade dos preços do Brasil. 

 Já em relação a nível internacional, pode-se citar problemas como a falta de materiais para  produção de petróleo junto a fretes mais altos que fazem com que os preços fiquem instáveis, comprometendo, principalmente, os preços para os países em desenvolvimento. 

Apesar disso, preço da gasolina e RS, SC e PR já apresenta queda 

Tendo em vista as queda de importação e baixas nos preços, a gasolina em estados como Santa Catarina (SC), Rio Grande do Sul (RS) e Paraná (PR) apresentam variações negativas acima de 12% apenas no mês de julho.  Em algumas cidades, como em Brusque (SC), foi possível encontrar valores  de R$ 5,99 em postos como a Havan, mostrando uma queda expressiva após as variações da Petrobras.

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