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Importação de carne da Argentina divide setor nos EUA: governo busca reduzir inflação, criadores temem prejuízo

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 23/10/2025 às 07:45
O plano dos EUA para importar carne bovina da Argentina provocou forte reação dos pecuaristas americanos. Entenda o que está em jogo, quem está envolvido e por que essa medida gera tanta tensão no setor.
O plano dos EUA para importar carne bovina da Argentina provocou forte reação dos pecuaristas americanos. Entenda o que está em jogo, quem está envolvido e por que essa medida gera tanta tensão no setor.
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O plano dos EUA para importar carne bovina da Argentina provocou forte reação dos pecuaristas americanos. Entenda o que está em jogo, quem está envolvido e por que essa medida gera tanta tensão no setor.

O presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos (EUA) poderiam importar carne bovina da Argentina, com o intuito de reduzir os altos preços domésticos. A proposta alcançou representantes da pecuária americana, que reagiram com críticas e preocupação.

A ideia, segundo o governo, visaria tanto ajudar os consumidores americanos quanto fortalecer a aliança com a Argentina.

Contudo, os pecuaristas alegam que a medida pode ameaçar a produção interna e gerar instabilidade no mercado.

O que propõe o plano de importação da Argentina

Trump afirmou que a compra de carne argentina “traria os preços da carne para baixo” nos EUA.

A estratégia contempla importações adicionais da Argentina para combater a inflação no setor de carne bovina.

A compra seria uma nova peça em uma pauta construída em meio a tensões comerciais e políticas entre os países.

A principal parte afetada são os pecuaristas e confinamentos americanos, que vêm operando com margens positivas após anos difíceis.

Enquanto isso, produtores argentinos veem na abertura do mercado norte-americano uma oportunidade de exportação.

Contudo, para muitos fazendeiros dos EUA — que esperavam políticas de estímulo à produção doméstica — a medida parece contraditória.

“Este plano só cria caos em um momento crítico para os pecuaristas norte‑americanos, enquanto nada faz para baixar os preços de supermercado”, disse National Cattlemen’s Beef Association.

Por que o governo dos EUA está adotando esta estratégia?

O principal motivo alegado é a contenção da inflação alimentar, sobretudo com os preços da carne bovina em patamares elevados — impulsionados por seca, rebanho reduzido e importações menores do México.

Além disso, existe um contexto diplomático: a Argentina é vista como aliada, e o movimento de importação de carne aparece ligado a um pacote de apoio financeiro que os EUA concederam àquele país.

Como os pecuaristas e especialistas avaliam o impacto

Muitos produtores nos EUA enxergam o plano como uma ameaça à recuperação do setor.

“Se você cria gado pensando em margem, mais incerteza significa menos investimento”, declarou o economista do setor Glynn Tonsor.

Especialistas afirmam, entretanto, que as importações da Argentina representam apenas cerca de 2 % do total de carne bovina importada pelos EUA — o que torna improvável uma redução relevante nos preços domésticos com essa medida.

Consequências e possíveis rumos da iniciativa

Por um lado, o plano traz riscos reais para os produtores americanos, que temem queda nos preços internos ou perda de competitividade.

Por outro lado, a Argentina pode ganhar mercado, mas também se expõe ao risco de aumentar preços locais ou perder vantagens competitivas.

Ainda assim, os EUA confirmaram o compromisso com o apoio à pecuária nacional enquanto exploram essa abertura de importação.

A situação ainda está em evolução, e o setor aguarda como o governo dará seguimento à proposta e quais medidas de compensação serão oferecidas aos pecuaristas domésticos.

Em suma, a proposta de importar carne da Argentina representa um choque entre política, economia e agronegócio.

Enquanto o governo afirma buscar alívio para o consumidor americano, os produtores internos enxergam um risco à própria sobrevivência da cadeia de carne nos Estados Unidos.

O equilíbrio entre oferta, preço e diplomacia estará em disputa nos próximos meses — e o setor agropecuário certamente seguirá atento.

Fonte: g1

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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