Residenciais, comerciais e rurais entram em disputa com valores até 50% mais baixos; especialistas do Marcello Benevides Advogados explicam como evitar riscos e garantir segurança nos imóveis em leilão.
Os imóveis em leilão têm chamado cada vez mais a atenção de investidores e famílias brasileiras. Em muitos casos, é possível adquirir propriedades com até 50% de desconto em relação ao valor de mercado, o que representa uma oportunidade rara em um setor marcado por preços elevados e alta demanda.
No entanto, especialistas do Marcello Benevides Advogados alertam que o processo exige cautela.
Embora ofereçam vantagens financeiras, os leilões imobiliários envolvem regras jurídicas específicas, análise detalhada de editais e acompanhamento profissional para evitar prejuízos que podem transformar o sonho da compra em um grande problema.
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Como funcionam os imóveis em leilão
Segundo o Marcello Benevides Advogados, os imóveis em leilão podem ser residenciais, comerciais ou rurais.
Eles chegam a essa condição geralmente após o não pagamento de financiamentos ou dívidas judiciais, sendo disponibilizados em plataformas oficiais e sites de instituições financeiras.
Nessas disputas, os lances costumam ser rápidos, e quem participa precisa ter clareza sobre o limite máximo de investimento.
A assessoria jurídica orienta os clientes a definir um teto de valor antes do leilão e a estar preparado para imprevistos, como disputas acirradas ou custos adicionais não informados de forma clara no edital.
Exemplos reais de ganhos e riscos
O escritório relata casos opostos que ilustram a importância da orientação profissional. Em um deles, um cliente arrematou um imóvel sem perceber que se tratava de nua propriedade ou seja, ele se tornou dono do bem, mas outra pessoa mantém o direito de uso vitalício.
Resultado: prejuízo alto e imóvel sem utilidade imediata.
Por outro lado, um cliente adquiriu um imóvel avaliado em R$ 4 milhões por R$ 1,8 milhão. Com assessoria completa do Marcello Benevides Advogados, todo o processo foi conduzido com segurança: análise de edital, registro da carta de arrematação e desocupação do bem.
O resultado foi um ganho patrimonial expressivo e sem complicações jurídicas.
Principais cuidados antes de arrematar
De acordo com o escritório, o primeiro passo é a análise criteriosa do edital. Muitas vezes, débitos condominiais ocultos ou condições específicas podem inviabilizar a compra.
Há situações em que bancos como a Caixa Econômica transferem valores de condomínio para o arrematante, sem detalhar os montantes devidos o que pode transformar um desconto em um problema financeiro inesperado.
Outro ponto crucial é a chamada due diligence (diligência prévia). Trata-se de um checklist feito antes do lance para identificar processos judiciais, dívidas vinculadas ao imóvel e eventuais obstáculos à posse. Sem esse cuidado, o risco de arrematar um imóvel problemático aumenta consideravelmente.
O processo após o arremate
Muitos acreditam que o imóvel já é seu imediatamente após o lance vencedor. Na prática, só há transferência legal após o registro da carta de arrematação no cartório de imóveis. Em seguida, pode ser necessário iniciar a desocupação.
Segundo o Marcello Benevides Advogados, em 75% a 80% dos casos a retirada do ocupante ocorre por notificação extrajudicial, sem necessidade de processo judicial.
Quando não há acordo, a solução é entrar com uma ação de emissão na posse, garantindo o direito ao comprador.
Vale a pena investir em imóveis em leilão?
Com descontos que chegam a 50% e diversidade de opções de apartamentos a galpões industriais, os imóveis em leilão podem representar excelentes oportunidades de investimento.
Contudo, sem a devida assessoria jurídica, o comprador corre riscos que vão desde dívidas inesperadas até a impossibilidade de usufruir do bem.
Por isso, os especialistas reforçam: não basta apenas ler o edital ou confiar em cursos rápidos. A atuação de advogados especializados é o que assegura que o investimento seja realmente vantajoso, transformando a compra em patrimônio sólido.
Os imóveis em leilão oferecem oportunidades reais de economia e ganhos patrimoniais, mas exigem planejamento e acompanhamento especializado.
Com orientação correta, é possível transformar esse tipo de aquisição em uma estratégia segura para moradia ou investimento.
E você, arriscaria comprar um imóvel nesse formato? Acredita que os leilões podem se tornar uma alternativa viável para o mercado imobiliário brasileiro?
Compartilhe sua opinião nos comentários queremos ouvir a experiência de quem vive essa realidade.