Imagens mostram destruição na superfície da instalação de Natanz após ataque aéreo israelense; Irã reage com mísseis e drones contra Israel
Imagens de satélite divulgadas neste sábado (14) revelam a extensão dos danos provocados por bombardeios israelenses contra uma das principais instalações nucleares do Irã. O ataque ocorreu na sexta-feira (13), como parte da operação “Rising Lion”, realizada por centenas de aeronaves israelenses.
Destruição em Natanz
As imagens, captadas pela empresa americana Maxar Technologies e obtidas pelo Business Insider, mostram construções destruídas na parte superior do complexo de Natanz, a cerca de 230 km ao sul de Teerã. A instalação é o principal centro iraniano de enriquecimento de urânio.
Segundo Rafael Grossi, chefe da agência nuclear da ONU, estruturas acima do solo e sistemas elétricos foram atingidos. Apesar disso, não há sinais de danos diretos nas instalações subterrâneas. No entanto, ele alertou que a perda de energia pode afetar essas áreas internas.
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Grossi também relatou contaminação radiológica e química dentro do complexo, mas afirmou que não houve vazamentos externos detectados.
Outros alvos e limitações das armas
Israel também confirmou ataques contra outras instalações nucleares, incluindo a cidade de Isfahan, onde há três reatores chineses de pesquisa.
Além disso, foram reportados bombardeios em Fordow, outro importante centro de enriquecimento iraniano, localizado cerca de 100 km a sudoeste da capital.
Imagens de satélite não revelaram danos visíveis aos prédios principais em Fordow. Especialistas afirmam que suas estruturas estão ainda mais profundamente enterradas que as de Natanz, o que dificulta ataques com armas convencionais.
A única arma conhecida capaz de atingir essas estruturas mais profundas é a bomba americana GBU-57, com 15 toneladas, que só pode ser lançada por bombardeiros B-2 ou pelo novo B-21, ainda em desenvolvimento. O arsenal israelense não conta com essa capacidade.
Envolvimento dos EUA e resposta iraniana
Autoridades dos Estados Unidos negaram participação direta nos bombardeios. Contudo, confirmaram que tropas americanas atuaram na interceptação de mísseis lançados pelo Irã em retaliação aos ataques israelenses.
O governo israelense justificou a operação como uma ação para enfraquecer o programa nuclear iraniano e evitar que o país desenvolva armas nucleares. Teerã, por sua vez, afirma que seu programa é de fins civis.
Escalada no conflito
O ataque faz parte de uma escalada que inclui alvos como cientistas nucleares, comandantes militares, mísseis balísticos e bases militares iranianas. Em resposta, o Irã lançou mísseis e drones contra Israel, aumentando o risco de um novo ciclo de violência na região.
A ofensiva pode também comprometer tentativas de negociar um novo acordo nuclear com o Irã, segundo apontam analistas políticos.