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Idosa de 71 anos faz pix errado de mais de R$ 36 mil por engano, tenta reaver o dinheiro e descobre que a beneficiária se recusou a devolver

Escrito por Carla Teles
Publicado em 14/10/2025 às 21:37
Idosa de 71 anos faz pix errado de mais de R$ 36 mil por engano, tenta reaver o dinheiro e descobre que a beneficiária se recusou a devolver
Uma idosa fez um Pix errado de R$ 36 mil e a beneficiária não quis devolver. Veja como a Justiça agiu para bloquear o valor e garantir a restituição do dinheiro.
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Justiça do Distrito Federal determinou o bloqueio do valor na conta da beneficiária, que se recusava a devolver a quantia recebida indevidamente.

Um caso recente no Distrito Federal acende um alerta sobre os cuidados necessários ao realizar transferências instantâneas. Uma idosa de 71 anos, ao tentar pagar um boleto, cometeu um engano e enviou um Pix errado no valor de R$ 36.687,30 para uma desconhecida. A situação, que poderia terminar em um grande prejuízo, transformou-se em uma disputa judicial que culminou na recuperação do dinheiro, mas não sem antes gerar grande preocupação e a necessidade de uma ação enérgica da Justiça.

O drama da idosa começou quando a pessoa que recebeu a quantia se recusou a fazer a devolução voluntária. Diante da negativa, a única alternativa foi recorrer ao Judiciário. A decisão favorável determinou o bloqueio imediato do valor na conta da beneficiária, assegurando que o montante não fosse gasto ou transferido, garantindo assim o ressarcimento completo à vítima do erro. Este episódio serve como um importante exemplo sobre os direitos e deveres de quem envia e de quem recebe um Pix por engano.

A recusa em devolver é crime?

Muitos não sabem, mas a recusa em devolver um valor recebido por engano não é apenas uma questão de ética, mas também uma infração legal com sérias consequências. De acordo com um artigo do portal da faculdade Finama, a legislação brasileira é clara sobre o tema. A pessoa que recebe um Pix errado e não o devolve está cometendo o crime de apropriação indébita, previsto no artigo 169 do Código Penal. A pena para essa conduta pode ser de detenção de um mês a um ano, ou o pagamento de multa.

A caracterização do crime ocorre a partir do momento em que o beneficiário, ciente do erro, decide não restituir o valor, agindo com a intenção de se apropriar de algo que não lhe pertence. Além da esfera criminal, a questão também tem um forte amparo no Código Civil. A regra fundamental, citada pela faculdade Finama, está no artigo 876, que proíbe o enriquecimento sem causa. Isso significa que ninguém pode obter uma vantagem econômica às custas de outra pessoa sem um motivo justo, como um contrato ou uma venda. Portanto, a devolução é uma obrigação legal.

O papel da Justiça em casos de Pix errado

Quando a conversa amigável não resolve, o caminho judicial se mostra eficaz, como no caso da idosa do Distrito Federal. A Justiça tem atuado de forma consistente para proteger quem cometeu o engano, baseando suas decisões no princípio que veda o enriquecimento sem causa. Uma publicação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) relata um caso semelhante, que serve como um precedente relevante. Na ocasião, a Justiça determinou a devolução de R$ 4 mil transferidos por engano, reforçando a obrigação legal de restituir o valor.

Nesses processos, uma das medidas mais importantes que a vítima pode solicitar é a tutela de urgência, um pedido para que o juiz determine o bloqueio imediato do valor na conta de quem o recebeu. Essa ação impede que o dinheiro seja sacado ou transferido, garantindo que, ao final do processo, a quantia esteja disponível para ser devolvida ao seu verdadeiro dono. Foi exatamente essa ferramenta que garantiu que a idosa de 71 anos recuperasse seus mais de R$ 36 mil. A decisão judicial não apenas resolve o problema pontual, mas também reforça a segurança jurídica para todos os usuários do sistema de pagamentos.

O caso da idosa que enviou um Pix errado de R$ 36 mil e conseguiu reaver o dinheiro na Justiça ilustra a importância de conhecer seus direitos e agir rapidamente. Embora a prevenção e a atenção redobrada sejam sempre o melhor caminho, erros acontecem. Quando ocorrem, é fundamental saber que a lei protege quem foi lesado. A recusa em devolver a quantia configura crime de apropriação indébita e viola o princípio do enriquecimento sem causa, dando à vítima o direito de buscar a restituição judicialmente. A decisão de bloquear os valores mostra que o Judiciário está preparado para agir de forma rápida e eficaz.

Você já passou por uma situação parecida ou conhece alguém que tenha enviado um Pix por engano? Acha que as regras atuais são suficientes para proteger os usuários? Deixe sua opinião nos comentários, queremos ouvir quem vive isso na prática.

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Carla Teles

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