Em um futuro não tão distante, aposentadoria aos 78 anos pode ser a realidade dos brasileiros. De acordo com um estudo recente do Banco Mundial, a idade mínima para se aposentar deve ser ajustada progressivamente nas próximas décadas. A projeção sugere que, se nada mudar, a idade mínima para se aposentar deve chegar a 72 anos em 2040 e 78 anos em 2060. Esses ajustes, segundo os pesquisadores, são necessários para manter o equilíbrio do sistema de previdência social do país, que enfrenta o desafio do envelhecimento acelerado da população.
A razão de dependência dos idosos, ou seja, a proporção de pessoas em idade de aposentadoria em relação à população economicamente ativa, seria o principal motivo dessa possível elevação da idade mínima para se aposentar. Sem mudanças, a previsão é que o benefício do INSS não se sustente nas bases atuais, já que o aumento na expectativa de vida e a redução na taxa de natalidade tornam o sistema de previdência cada vez mais oneroso para os cofres públicos.
Expectativa de vida e impacto para se aposentar com benefício do INSS
Com uma expectativa de vida que alcançou 76,4 anos, segundo dados do IBGE de 2023, os brasileiros estão vivendo mais, e o número de contribuintes em relação aos aposentados diminui. Em 2019, com a reforma da previdência, foi fixada a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 para homens, uma mudança significativa, mas que agora se mostra insuficiente para acompanhar as demandas do sistema previdenciário. Atualmente, o benefício do INSS consome aproximadamente 12,7% do PIB, tornando urgente a busca por soluções alternativas para que o sistema continue funcionando para as futuras gerações.
Ainda de acordo com o levantamento do IBGE, as expectativas de vida diferem entre gêneros: para os nascidos em 2023, é de 79,7 anos para as mulheres e 73,1 anos para os homens. Em períodos anteriores à pandemia, como em 2019, a expectativa já era de 76,2 anos, sinalizando um envelhecimento gradual da população que pressiona ainda mais o sistema previdenciário.
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O papel da Ambec na defesa dos beneficiários do INSS
A Ambec (Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos) vem acompanhando de perto os impactos dessas mudanças e promovendo apoio jurídico para seus associados em relação aos direitos previdenciários.
Segundo Marilisa Moran Garcia, presidente da associação, “com tantas necessidades de modificações sendo apontadas, precisamos nos manter atualizados para defender os interesses dos beneficiários do INSS e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos nossos associados”. A Ambec atua desde 2006 na defesa dos direitos de aposentados e pensionistas do INSS, somando hoje mais de 60 mil filiados em todo o Brasil.
Além da orientação jurídica, a associação oferece benefícios nas áreas de saúde, odontologia, seguros e promovem eventos educativos e de prevenção. Essa atuação é fundamental para a conscientização e apoio aos aposentados, em um cenário em que o benefício do INSS enfrenta possíveis reformas.
O futuro da aposentadoria no Brasil
O estudo do Banco Mundial também destaca que, apesar do Brasil ter atingido uma cobertura previdenciária quase universal, com planos contributivos e não-contributivos, a sustentação desse modelo exige reformas contínuas. A alta taxa de dependência do benefício do INSS e a baixa adesão ao sistema de previdência entre a população economicamente ativa são fatores que indicam a necessidade de repensar o modelo atual.
Com o aumento projetado da idade mínima para se aposentar, especialistas defendem que outras soluções devem ser consideradas, como a inclusão de incentivos para aumentar o número de contribuintes e medidas que garantam uma transição gradual para as novas regras. Dessa forma, o país poderá alcançar um sistema mais estável e sustentável, atendendo as necessidades da população idosa sem comprometer o futuro econômico do país.
Sobre a Ambec
Desde sua fundação, em 2006, a Ambec tem sido um porto seguro para milhares de aposentados e pensionistas do INSS, proporcionando orientação e suporte em relação aos benefícios e questões jurídicas. Com presença nacional, a associação não apenas representa os interesses de seus associados, mas também promove ações de responsabilidade social e campanhas de saúde, mostrando-se como uma aliada fundamental no cenário de mudanças no benefício do INSS.