O ICMS sobre gasolina, diesel e gás de cozinha terá aumento a partir de janeiro de 2026. Entenda como o reajuste pode afetar os preços e o impacto esperado na economia.
Os brasileiros já podem se preparar para mudanças no orçamento doméstico a partir de janeiro de 2026. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) anunciou um novo reajuste no ICMS sobre gasolina, diesel e gás de cozinha, medida que deve influenciar diretamente o custo de vida da população. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e noticiada pelo G1 nesta segunda-feira, 08 de setembro.
Como ficará o ICMS da gasolina
O combustível mais consumido no país terá novo aumento de tributação. O valor do ICMS sobre a gasolina passará de R$ 1,47 para R$ 1,57 por litro, ou seja, um acréscimo de R$ 0,10.
Apesar de parecer pequeno, especialistas alertam que essa variação tende a se refletir em toda a cadeia de preços, já que o transporte de mercadorias depende fortemente do combustível.
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Reajuste no gás de cozinha
Outro item essencial da cesta básica que sofrerá impacto é o gás de cozinha. O ICMS terá acréscimo de R$ 1,05 por botijão, encarecendo diretamente o preparo das refeições das famílias brasileiras.
Como se trata de um produto indispensável, o reajuste preocupa entidades de defesa do consumidor, que apontam risco de aumento da pressão inflacionária.
Diesel também sofre alteração
O diesel, amplamente utilizado no transporte de cargas e no setor agrícola, terá alta de R$ 0,05 por litro, passando a custar R$ 1,17 em impostos estaduais.
Essa mudança tende a impactar principalmente os custos de frete, o que pode elevar preços de alimentos e outros produtos nas prateleiras.
Motivos para o aumento do ICMS
Segundo o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz), a decisão se baseia na análise dos preços médios divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O levantamento considerou o período de fevereiro a agosto de 2025 em comparação com o mesmo intervalo de 2024. Essa metodologia busca ajustar a tributação de acordo com o comportamento do mercado.
E esse não é um movimento isolado. Em 2025, o ICMS sobre combustíveis também já havia passado por reajuste. Agora, em 2026, a medida reforça a tendência de aumento da carga tributária sobre itens estratégicos para o dia a dia da população e para o funcionamento da economia.
Como os combustíveis são considerados preços-chave, a elevação do ICMS deve provocar efeitos em cascata. Isso significa que além de pagar mais caro no posto de gasolina ou no botijão de gás, o consumidor poderá sentir os reflexos em alimentos, transporte público e serviços em geral.
Vale lembrar que a Petrobras, no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva, abandonou a política de paridade internacional. Esta vinculava os preços internos ao valor do petróleo no mercado externo e à cotação do dólar. Ainda assim, fatores internos, como a carga tributária, seguem determinando o custo final dos combustíveis.