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IBP reforça necessidade de união da indústria de petróleo e gás brasileira com os projetos de produção de energia eólica offshore para um bom desenvolvimento do setor no país

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 04/04/2023 às 16:49
A utilização do vasto conhecimento nas áreas offshore por parte da indústria de petróleo e gás é o grande diferencial para os projetos futuros de produção de energia eólica. O IBP ainda destaca a redução dos custos operacionais como uma das grandes vantagens da sinergia.
Foto: Jan Arn/Wold Woldc/Equinor/Divulgação

A utilização do vasto conhecimento nas áreas offshore por parte da indústria de petróleo e gás é o grande diferencial para os projetos futuros de produção de energia eólica. O IBP ainda destaca a redução dos custos operacionais como uma das grandes vantagens da sinergia.

Para essa terça-feira, (04/04), o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), destaca a necessidade de uma sinergia entre a indústria de óleo e gás brasileira com os projetos de energia eólica offshore no país. O Brasil ainda é um país muito voltado para a exploração offshore, e pode aproveitar o conhecimento nas áreas para impulsionar o desenvolvimento do mercado das eólicas offshore ao longo dos próximos anos.

Sinergia entre a indústria de óleo e gás brasileira e os projetos de produção de energia eólica offshore pode trazer grandes vantagens ao país

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) publicou recentemente uma nota técnica (clique aqui para ler) na qual destaca as sinergias entre a produção de energia eólica offshore e a indústria de óleo e gás no Brasil.

Segundo o IBP, o vasto conhecimento da indústria petrolífera no ambiente offshore pode se configurar como uma importante forma de redução de custos e de aceleração da difusão das eólicas nesse ambiente, sobretudo com relação à construção e operação de ativos.

Além disso, o IBP acredita que o setor de petróleo e gás pode contribuir de forma significativa em questões regulatórias e ambientais relacionadas a energia eólica offshore.

Por exemplo, o processo de licenciamento ambiental das atividades de O&G já atingiu um elevado grau de maturidade no caso brasileiro, e este processo poderá ter semelhanças com a implantação de eólicas offshore.

O instituto também sugere que o setor de petróleo e gás pode contribuir para o aprimoramento da regulação para o descomissionamento de campos petrolíferos, permitindo a reutilização desses campos para a implantação de eólicas offshore.

Um estudo realizado pela Universidade de Robert Gordon, no Reino Unido, identificou que cerca de 90% da mão-de-obra da indústria de óleo e gás tem a capacidade média a alta de transferência de habilidades e conhecimentos para o setor de energia eólica offshore, dadas as suas similaridades.

Indústria de petróleo e gás brasileira pode contribuir com o arcabouço regulatório para a produção de energia eólica offshore no futuro

O IBP ainda ressalta a importância da criação de um arcabouço regulatório no segmento de eólicas offshore para o país poder avançar nessa área.

Atualmente, o Congresso está conduzindo discussões para a construção de uma regulamentação da atividade, como o Projeto de Lei 576 de 2021, em tramitação na Câmara dos Deputados.

“É importante ressaltar que o PL não configura nenhuma reserva de mercado. É preciso que o debate sobre o arcabouço regulatório seja levado adiante para que o país não perca as janelas de oportunidades para ampliar o desenvolvimento e a diversidade de fontes de energias renováveis mais limpas”, afirmou o IBP.

É fundamental que o debate sobre o arcabouço regulatório seja levado adiante para que o Brasil não perca as oportunidades de ampliar o desenvolvimento e a diversidade de fontes de energias renováveis mais limpas.

O PL não configura nenhuma reserva de mercado e, portanto, é preciso que sejam feito esforços para a criação de um ambiente regulatório favorável para o setor de eólicas offshore.

Com a colaboração da indústria de petróleo e gás, o Brasil poderá se posicionar como uma referência mundial na produção de energia eólica offshore, segundo o IBP.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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