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IBP defende novas avaliações do Governo Lula sobre o aumento do biodiesel na mistura de diesel no setor de combustíveis

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 13/01/2023 às 15:09
Atualizado em 18/01/2023 às 20:23
O IBP acredita ser necessário garantir novas especificações para uma melhor qualidade do produto no setor de combustíveis. O plano do Governo Lula é expandir a porcentagem de biodiesel na mistura do diesel, após suspensão do aumento no Governo Bolsonaro.
Foto: Petrobras

O IBP acredita ser necessário garantir novas especificações para uma melhor qualidade do produto no setor de combustíveis. O plano do Governo Lula é expandir a porcentagem de biodiesel na mistura do diesel, após suspensão do aumento no Governo Bolsonaro.

Os planos do Governo Lula para investimentos em biocombustíveis no mercado nacional seguem a todo vapor neste início de 2023. No entanto, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) acredita ser necessário reavaliar e trazer novas especificações para o aumento da porcentagem de biodiesel na mistura do diesel comercializado. Isso, pois é essencial garantir a qualidade do produto e minimizar riscos ao setor de combustíveis nacional.

Governo Lula pretende aumentar porcentagem do biodiesel na mistura com diesel. IBP sugere novas avaliações para manter a qualidade do produto no mercado 

O plano do Governo Lula para a expansão da quantidade de biodiesel na mistura do diesel comercializado no Brasil está agora sujeito a críticas do IBP.

O instituto acredita que o projeto demanda novas especificações para garantir a compatibilidade do produto  com as tecnologias de motores do Proconve P8.

Após assumir o Ministério de Minas e Energia na nova administração, Alexandre Silveira afirmou que o plano de expansão da porcentagem do biocombustível na mistura será discutido com produtores, especialistas e representantes do setor de combustíveis.

Assim, o IBP afirmou enxergar uma intenção bastante positiva do Governo Lula de estimular a produção e utilização do biodiesel na mistura com o diesel, potencializando assim o segmento de biocombustíveis no país.

Além disso, o instituto acredita ser essencial a transparência na mistura com o diesel, principalmente com o consumidor final.

No entanto, para isso acontecer de forma responsável, é necessário um planejamento mais consistente, bem como a publicação das novas especificações de biodiesel de transesterificação, cuja revisão está em curso na ANP.

Após relatos de usuários e do setor automotivo sobre falhas e perdas de performance, a ANP realizou uma audiência pública sobre o tema dos biocombustíveis, visando atrair novas sugestões para a pauta.

Atualmente, todo o diesel comercializado no país conta com 10% de biodiesel (B10), uma vez que o Governo Bolsonaro suspendeu a continuidade do aumento da porcentagem previsto para os anos seguintes.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) esperava que a quantidade do produto na mistura do diesel chegasse a 14% em 2022 e a 15% em 2023.

Plano do Governo Lula de expandir a utilização da biomassa nacional pode contribuir fortemente para o setor de biocombustíveis nos próximos anos 

Após assumir a presidência pela terceira vez, o chefe do executivo Lula decidiu retomar a expansão do setor de biocombustíveis no Brasil, com o aumento do biodiesel na mistura com o diesel sendo uma das principais medidas adotadas.

Dessa forma, chegar a 15% na quantidade do biocombustível na mistura pode significar um avanço após a suspensão realizada pelo ex-presidente Bolsonaro.

Apesar disso, o IBP acredita que deve haver uma avaliação rigorosa do produto no setor de combustíveis antes do início da comercialização, para evitar riscos como os relatados anteriormente.

“A presença de novos biocombustíveis em um único mandato amplia a utilização da biomassa abundante do país e pavimenta o caminho para uma matriz de combustíveis cada vez mais limpa, além de trazer otimizações logísticas, viabilizar a competição entre diferentes agentes e produtos, promover o desenvolvimento de vocações regionais, com potenciais benefícios quanto a preço, qualidade e oferta aos consumidores”, afirma o instituto.

Agora, resta aguardar os próximos passos do Governo Lula para o projeto do Ministério de Minas e Energia.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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