O setor de petróleo e gás brasileiro foi isento da tarifa de 50% pelos EUA. IBP comemora a decisão, que preserva exportações e reforça a parceria estratégica entre os países.
O setor de petróleo e gás brasileiro acaba de conquistar um importante alívio nas relações comerciais com os Estados Unidos. O governo norte-americano anunciou, nesta segunda quinzena de julho, a isenção da tarifa de 50% que havia sido aplicada a produtos energéticos do Brasil. A medida foi recebida com entusiasmo pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), que classificou a decisão como um reconhecimento do papel estratégico da energia no comércio entre os dois países.
O anúncio ocorre em meio à revisão das políticas comerciais dos EUA em setores considerados estratégicos. A isenção abrange itens como petróleo bruto, derivados e gás natural liquefeito, fundamentais para o fluxo energético entre as nações.
IBP elogia isenção e reforça importância do petróleo e gás na parceria com os EUA
Por meio de nota oficial, o IBP celebrou a decisão afirmando que ela reconhece a relevância do setor no cenário internacional.
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“A decisão de isentar energia e produtos energéticos – petróleo bruto, seus derivados e gás natural liquefeito, entre outros – é um reconhecimento da especificidade do mercado de petróleo e seus derivados e da sua importância estratégica no comércio bilateral”, declarou o instituto.
O IBP também reforçou que há um fluxo relevante de comércio entre Brasil e Estados Unidos quando se trata de petróleo e gás. Apenas no primeiro semestre de 2025, as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 2,37 bilhões.
Setor de petróleo e gás brasileiro evita impactos negativos com retirada da tarifa
Quando a tarifa foi anunciada, em 9 de julho, a indústria nacional recebeu a notícia com apreensão. Na época, o IBP alertou que, apesar da capacidade de redirecionamento para outros mercados, haveria incertezas no setor.
Agora, com a isenção confirmada, a perspectiva é de estabilidade. Segundo o IBP, “a manutenção da competitividade do setor junto ao mercado norte-americano contribui para preservar os fluxos comerciais e os investimentos, mitigando impactos imediatos”.
Além disso, o instituto lembra que o Brasil também importa derivados essenciais dos EUA, o que reforça a importância da reciprocidade comercial na área de energia.
Petróleo lidera exportações brasileiras e reforça peso do setor no PIB
O petróleo foi o principal item exportado pelo Brasil em 2024, ultrapassando até mesmo a soja. As vendas externas do setor somaram US$ 44,8 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
O desempenho mostra como o setor de petróleo e gás se tornou essencial para a economia brasileira. De 2021 a 2023, as exportações líquidas do produto geraram US$ 92,7 bilhões em receitas ao país.
No mercado americano, o petróleo bruto brasileiro ocupa o topo da lista de produtos importados. O Brasil figura, atualmente, como o 8º maior produtor de óleo bruto do mundo, o que explica o destaque nas relações com os Estados Unidos.
Isenção dos EUA fortalece o setor de petróleo e gás e evita ruptura nos investimentos
A retirada da sobretaxa reforça o ambiente de confiança entre as duas economias. Com isso, a isenção anunciada contribui para evitar perdas nos investimentos e na competitividade da indústria energética nacional.
O IBP destaca que manter o setor de petróleo e gás brasileiro competitivo frente ao mercado internacional é vital não só para o fluxo de exportações, mas também para garantir previsibilidade nas decisões estratégicas do setor.