Enquanto o mercado automotivo global avança para a digitalização total, fabricantes como a Hyundai estão decretando o fim de itens que marcaram gerações, revelando uma nova era onde o toque humano dá lugar à inteligência eletrônica.
A Hyundai anunciou que modelos novos não terão mais câmbio manual, freio de mão tradicional nem painel analógico.
A decisão é justificada pela baixa demanda, pressão por redução de emissões e economia em escala.
A montadora reforça que as versões esportivas elétricas já superaram em desempenho os carros a combustão, eliminando a necessidade de componentes clássicos.
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Contexto atual do mercado automotivo
A Hyundai registrou números expressivos que mostram uma mudança estrutural no perfil dos consumidores.
Somente cerca de 30% dos compradores do Elantra N nos EUA optaram pelo câmbio manual; os demais preferiram o câmbio automatizado de sete marchas .
Conforme o site Motor1, outras marcas também estão reduzindo a oferta de modelos com câmbio manual em 2025, como o Honda Civic hatch e o Jeep Gladiator.
A consequência direta é a eliminação quase total do manual nas principais montadoras, influenciada por custos de produção, regulação de emissões e preferência por automáticos.
O porquê da eliminação dos componentes clássicos
Segundo Tyrone Johnson, diretor técnico da Hyundai Europa, “ninguém quer mais câmbio manual, freio de mão tradicional ou painel analógico” .
Ele argumenta que os freios eletrônicos e painéis digitais fazem parte das expectativas dos consumidores jovens, além de trazerem ganhos de escala na produção .
Essas tecnologias também facilitam a implementação de sistemas de assistência à condução, que dependem de integração digital total.
A migração para eletrônicos permite, ainda, o desenvolvimento de multiplicadores de torque e modos de condução customizados via software.
Câmbio manual: relicário ou diversão passageira?
A redução na oferta de manuais acompanha uma redução histórica dos amantes da condução tradicional.
Modelos híbridos e elétricos, como os esportivos Ioniq 5 N, oferecem desempenho superior aos antigos carros a combustão, com aceleração instantânea e torque máximo logo ao sair do zero .
Além disso, recursos como o N e‑shift permitem simular trocas de marcha por meio de software, com o auxílio de borboletas e som artificial, reproduzindo a sensação de dirigir um manual tradicional .
“Os EVs evoluíram em 10 anos o que os carros a gasolina fizeram em um século”, enfatiza Johnson .
Para ele, os entusiastas deverão aceitar que o câmbio manual se tornará cada vez mais exclusivo, restrito a modelos superesportivos especiais — como Ferrari Icona ou versões extremas do Ioniq N.
Freio de mão elétrico e painel digital
O freio de estacionamento eletrônico (EPB) já é padrão na maioria dos modelos da Hyundai e substitui o freio de mão por alavanca.
Ele oferece recursos modernos como auto‐hold (retenção automática em semáforos) e frenagem de emergência no caso de falha no pedal principal .
A adoção do EPB traz segurança adicional, mas também exige atenção — o modo de serviço deve ser ativado antes da manutenção de freios, para evitar danos ao sistema .
Nos painéis, os mostradores digitais substituem os analógicos tradicionais, agregando clareza na leitura e possibilidade de customização de informações.
Essa tendência é reforçada por tendências globais: praticamente todos os novos sistemas automotivos já adotam telas digitais para exibir velocímetro, rota GPS, dados do carro e modos de condução.
Impacto econômico e produção
Manter linhas de produção capazes de fabricar versões com câmbio manual e automática simultaneamente traz custos elevados — tanto em engenharia quanto em certificação de emissões .
Além disso, o número reduzido de compradores de câmbio manual inviabiliza a justificativa financeira dessas versões.
Ao eliminar peças mecânicas clássicas — como mecanismos de trava de mão e cabos de embreagem —, a Hyundai reduz custos, simplifica a montagem e diminui o peso dos veículos.
Essa racionalização apoia ainda o objetivo de cumprir padrões de emissão cada vez mais rigorosos sem repassar os custos aos consumidores.
Esportivos a combustão versus elétricos
A montadora reforça que modelos esportivos a combustão já foram superados em desempenho pelos elétricos.
O Ioniq 5 N ganhou prêmios como o Wheels Car of the Year 2024–25 na Austrália .
Estes carros fornecem acelerações de zero a 100 km/h em segundos, com resposta instantânea e modos de condução personalizados via software.
Para suprir o fator emocional de uma troca de marchas, são usados sistemas como o N e‑shift e efeitos sonoros sintéticos — para manter o envolvimento do motorista .
O que muda para o consumidor
A partir de 2025, quem comprar um Hyundai novo — exceto modelos N² com apelo esportivo — não terá como escolher câmbio manual ou freio de mão clássico.
A maioria dos compradores, especialmente das novas gerações, prefere a conveniência do automático e a interface digital .
Além disso, os sistemas modernos integram-se melhor às normas de segurança e aos recursos de assistência ao motorista.
Para quem ainda valoriza o câmbio manual, as opções ficarão restritas aos modelos N, concorrentes como Honda Civic Type R, Toyota GR Supra e alguns remanescentes nichos esportivos.
Cenário futuro e tendências
A migração para veículos elétricos acelera esse movimento.
Como ressaltado por Johnson, o câmbio manual e o freio de mão analógico pertencem ao passado — o futuro exige softwares, simulações e eletrificação.
Marcas de luxo e entusiastas, como Ferrari, podem ainda oferecer manuais em edições limitadas, mas não em modelos de série.
A tendência global mostra que, em 2025, só restarão algumas raras versões com câmbio manual — corredores cult de resistência à norma.
A Hyundai decidiu encaminhar sua linha nova de veículos para um modelo eletrônico, econômico e voltado ao futuro.
A eliminação do câmbio manual, freio de mão tradicional e painel analógico torna-se inevitável e financeiramente sensata diante da evolução do mercado.
Os elétricos esportivos — como o Ioniq 5 N — já entregam desempenho superior e prometem satisfazer motoristas sensíveis a trocas de marcha via software.
Para quem ainda valoriza a experiência mecânica, restam poucas opções limitadas ou produtos de nicho.
A tendência que se confirma é: o passado será apenas lembrança das gerações que vieram antes.
Claro o manual não gera manutenção como o automático, tudo no automático e mais caro e requer mais manutenção
Falou **** ****! O cambio automático convencional atual, não requer manutenção nenhuma.
Texto muito repetitivo.