Volkswagen anuncia a aposentadoria do icônico motor após 34 anos de história. Usado em modelos como o Porsche Cayenne e Audi Q7, o motor foi uma verdadeira revolução na engenharia automotiva.
A história do motor VR6 da Volkswagen, um dos mais icônicos e inovadores do grupo, chega ao fim após mais de três décadas de contribuição para o setor automotivo.
Sua aposentadoria, anunciada em 2024, encerra um capítulo de desempenho, versatilidade e design únicos que marcaram uma era de transformação na engenharia de motores.
Mas o que realmente fez o VR6 ser tão especial? Continue lendo e descubra todos os detalhes por trás desse gigante da indústria.
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O motor VR6, que se tornou um verdadeiro símbolo de inovação dentro do portfólio da Volkswagen, foi oficialmente aposentado em 2024.
Depois de uma longa trajetória de quase 34 anos, a produção do VR6 chegou ao fim, marcando a última montagem desse motor em 12 de dezembro.
Embora o VR6 já estivesse fora de linha na Europa desde meados da década de 2010, ele continuava sendo comercializado na América do Norte até 2023.
O último modelo vendido nos Estados Unidos com esse motor foi o SUV Atlas, mas a produção foi definitivamente interrompida pouco tempo depois.
O início de uma revolução automotiva
O VR6 começou sua trajetória em 1991, quando foi revelado no Salão do Automóvel de Genebra, no Golf da terceira geração.
A proposta do motor, que combinava a configuração V6 com seis cilindros em linha, revolucionou a forma como os motores poderiam ser compactos e, ao mesmo tempo, potentes.
Com quase 1,87 milhão de unidades produzidas ao longo dos anos, o VR6 não só equipou uma série de carros da Volkswagen, como também se espalhou por diversas marcas do grupo, incluindo Audi, Porsche, SEAT e Skoda.
Modelos icônicos como o Porsche Cayenne, o Audi Q7 e o SEAT León passaram a contar com esse motor único.
O VR6 além da Volkswagen
Apesar de sua grande popularidade, o VR6 não era exclusividade da Volkswagen. Diversos carros fora do grupo também adotaram esse motor em suas versões, como a minivan Ford Galaxy, o Mercedes Vito e até os famosos motorhomes da Winnebago.
Além disso, o motor VR6 foi usado como base para o W12, outro motor de grande renome, que também foi aposentado pela Bentley em 2024, juntamente com a produção de seus modelos de doze cilindros.
A fórmula que garantiu o sucesso
O segredo por trás do sucesso do VR6 estava em sua configuração engenhosa.
O motor foi projetado para ocupar menos espaço que um V6 tradicional, mas mantendo características de um motor de seis cilindros.
Isso era possível graças ao uso de um único cabeçote, ao contrário dos motores V6 convencionais, que utilizam dois.
Essa solução permitiu que o VR6 fosse montado em carros com tração dianteira e com um tamanho reduzido, sem comprometer a potência e a durabilidade, características essenciais para veículos de diversos segmentos.
O fim da linha: a era do downsizing
No entanto, a evolução dos motores turboalimentados e a crescente demanda por maior economia de combustível e menor peso levaram à descontinuação do VR6.
O downsizing, tendência que levou os fabricantes a adotarem motores menores e mais eficientes, tornou o VR6 obsoleto diante dos motores de quatro cilindros turboalimentados, que ofereciam potência satisfatória, bom torque e melhores números de consumo.
O legado do VR6 e seus protótipos secretos
Além de sua produção para carros de produção, o VR6 também inspirou inovações no desenvolvimento de protótipos.
Em 2009, por exemplo, foi produzido secretamente um modelo do Golf de sexta geração com um VR6 turboalimentado de 3,2 litros, capaz de gerar incríveis 463 cv.
Infelizmente, esse protótipo não chegou às ruas, mas a tecnologia e o desempenho do motor continuam a ser lembrados como um marco na história automotiva da Volkswagen.
O futuro após o VR6
O legado do VR6, com sua configuração única e desempenho inconfundível, será sempre lembrado por quem viveu a evolução dos automóveis nas últimas três décadas.
Sua despedida simboliza a transição para novas tecnologias e novas soluções para os carros do futuro, mas o impacto do VR6 na indústria e na paixão dos fãs de carros será eterno.
O que será do futuro dos motores Volkswagen agora que o VR6 se despediu? Você acha que a marca conseguirá criar um substituto à altura de uma das suas maiores inovações? Deixe sua opinião nos comentários!
Primeiro foi o motor Boxer a ar, depois o AP, agora o VR6…
Triste ver que nesses tempos de eletrificação e de motores 3 cilindros a alma automotiva pura está se esvaindo…