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Honda XRE 300 lidera casos de motor fundido por trinca no cabeçote — mecânicos alertam para prejuízo de R$ 4.000 e outros modelos que exigem cuidado redobrado, confira

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 18/08/2025 às 10:21
Honda XRE 300 lidera casos de motor fundido por trinca no cabeçote
Foto: Honda XRE 300 lidera casos de motor fundido por trinca no cabeçote
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Honda XRE 300 e CB 300R lideram índice de motores fundidos no Brasil. Problemas no cabeçote, reparos caros e desvalorização preocupam motociclistas.

A Honda XRE 300 e a CB 300R aparecem em destaque em oficinas de todo o Brasil como os modelos com maior índice de motores fundidos e problemas graves relatados por mecânicos independentes e consumidores. Apesar de populares, principalmente no mercado de usados, essas motos acumulam um histórico de falhas no cabeçote que até hoje assusta quem pensa em comprar.

Histórico das motos

A XRE 300 foi lançada em 2009 com a promessa de ser a substituta da NX4 Falcon, unindo desempenho urbano e capacidade off-road. Já a CB 300R, derivada da linha Twister, buscava agradar motociclistas que queriam uma moto mais robusta para o dia a dia.

Porém, poucos anos após o lançamento, começaram a surgir inúmeros relatos de trincas no cabeçote, vazamento de óleo, perda de potência e até motores que simplesmente fundiam antes de completar 40 mil km.

Esses problemas ficaram concentrados principalmente entre os modelos fabricados entre 2010 e 2015, quando as falhas se tornaram conhecidas e provocaram até ações judiciais contra a montadora.

O problema técnico

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O defeito mais comum estava no cabeçote, peça essencial do motor. Trincas e microfissuras apareciam principalmente na região da vela de ignição e nas válvulas, locais de maior calor e pressão. Esse desgaste levava ao vazamento de compressão e óleo, comprometendo o funcionamento do motor.

Com o tempo, o problema evoluía para perda de potência, dificuldade de ligar a moto, marcha lenta instável e até o famoso “motor batendo”, que precede a falha completa e o risco de fundir.

Custos elevados para reparo

Segundo mecânicos especializados, o conserto de cabeçote nessas motos pode custar entre R$ 2.800 e R$ 4.000, dependendo da oficina e da região do país. Em muitos casos, o dono acaba desistindo da moto porque o valor do reparo representa uma fatia significativa do preço de mercado de uma usada.

Além disso, muitas oficinas relatam que mesmo após o reparo, se não forem utilizadas peças de melhor qualidade ou cabeçotes revisados pela própria montadora, o problema pode voltar em pouco tempo.

A resposta da Honda

Pressionada por consumidores e pela repetição dos defeitos, a Honda fez alterações no projeto a partir de 2016.

Os cabeçotes passaram a ter reforços estruturais, novas ligas metálicas e mudanças no sistema de refrigeração, reduzindo drasticamente os relatos de falhas. Ainda assim, o estigma acompanhou esses modelos, que hoje sofrem forte desvalorização no mercado de usados.

Como o consumidor deve se proteger

Para quem pretende comprar uma XRE 300 ou CB 300R usada, alguns cuidados são fundamentais:

  • Evite modelos fabricados até 2015, período mais crítico dos problemas.
  • Peça sempre histórico de manutenção e notas fiscais de eventuais reparos no motor.
  • Solicite que o vendedor permita testes de compressão do motor antes da compra.
  • Prefira motos que já tenham passado pelo reparo em concessionária autorizada.

Por que esse caso repercute tanto

O tema gera tanto interesse porque envolve duas das motos mais vendidas da Honda em sua categoria. São modelos que atraíram milhares de consumidores, mas deixaram uma legião de donos insatisfeitos com o custo inesperado de manutenção.

Para o mercado, isso se traduz em desvalorização, perda de confiança e até mudanças no comportamento de compra de motociclistas, que passaram a buscar alternativas em outras marcas ou modelos.

Impacto no bolso do consumidor

O maior prejuízo não está apenas no valor alto do reparo, mas também no risco de perder o investimento feito na moto. Muitos donos relatam que, após os problemas, só conseguiram vender a moto por valores muito abaixo da tabela FIPE. Ou seja, além de arcar com a manutenção, há uma perda significativa de valorização no mercado.

A história da Honda XRE 300 e da CB 300R serve de alerta para motociclistas que querem investir em modelos usados sem analisar o histórico de defeitos. Apesar de serem motos queridas pelo público, com bom desempenho e conforto, os problemas no motor marcaram uma geração inteira e se tornaram referência quando o assunto é falha estrutural em duas rodas.

Para quem pretende comprar, a lição é clara: pesquise, exija comprovação de manutenção e nunca ignore sintomas no motor, pois um descuido pode custar milhares de reais.

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Sputnik
Sputnik
19/08/2025 19:37

Caramba! Tem nada para publicar não? Isso velho cb300 e XRE 300 de 2010 até 2016 trinca mesmo, se não tiver as manutenções em dia, tenho um cb300 2012 comprei zero km está comigo até hoje. Não pretendo vender, manutenções em dia.

João
João
19/08/2025 18:02

Eu tenho uma XRE há 10 anos, nunca deu esse problema! Eu acho que problema está em quem está em cima dela, não na moto… Kkkkkkkkk

Nelson irmãos motos
Nelson irmãos motos
19/08/2025 14:04

Olá boa tarde sou mecânico de motos, e indico para todos meus clientes conferência de partilhamento pelo menos 1 vez no ano, mais infelizmente mau do brasileiro e achar que não precisa de revisão, faço cabeçote do motor 300 do ano de 2009 a 2014 a anos, porém sempre cliente novos, mesmo o modelo do cabeçote mais nova realmente não dá mais problema de trinca, porém derrete válvula por conta da válvula presa , por conta de alta temperatura, e gasolina de ruim qualidade , faça revisão que garanto a vocês que mesmo a vela grossa não trinca, tenho uma cb300 2011 com câmbio de cbx250 6 marcha, moto e espetacular para quem cuida e gosta eu recomendo baixo custo e ótimo valor no mercado.

Geovane Lopes
Geovane Lopes
Em resposta a  Nelson irmãos motos
19/08/2025 22:17

Tenho uma cre 22 revisão em dia troca de óleo filtro tudo em dia pretendo ficar com a moto muito tempo não penso em vender moto boa. Esse negócio de zoar a moto não procede.

Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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