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Homem pensava ter encontrado um doce no chão, mas na verdade era um diamante de 3,81 quilates avaliado em centenas de milhares de dólares

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 11/10/2025 às 13:01
Homem encontra diamante de 3,81 quilates em parque público dos EUA, avaliado em centenas de milhares de dólares, e transforma passeio casual em descoberta histórica
Foto: Diamante foi encontrado em parque no Arkansas, EUA: Reprodução/Arkansas State Parks
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Durante um simples passeio em um parque público do Arkansas, nos Estados Unidos, um homem encontrou um diamante de 3,81 quilates, uma das maiores pedras descobertas por um visitante nos últimos anos, avaliada em centenas de milhares de dólares e reconhecida oficialmente no final de 2024.

Em 30 de abril de 2024, um simples passeio se transformou em um dos achados mais surpreendentes do ano. Um homem de Minnesota, identificado como James Armistead, visitava o Crater of Diamonds State Park, no estado do Arkansas (EUA), quando percebeu um brilho incomum no solo argiloso do local. Ao se abaixar, encontrou uma pedra marrom-escura que, à primeira vista, parecia apenas uma rocha comum.

Mas o que ele tinha nas mãos era, na verdade, um diamante de 3,81 quilates, um dos maiores já descobertos por um visitante na história recente do parque e o maior achado registrado em 2024 até aquele momento. A descoberta foi oficialmente reconhecida pela administração do parque no mesmo dia. O diamante recebeu o nome “Duke Diamond”, escolhido pelo próprio descobridor em homenagem à família e ao estado onde mora.

O único parque do mundo onde o público pode encontrar diamantes de verdade

O Crater of Diamonds State Park, localizado em Murfreesboro, no Arkansas, é um local único no planeta.
É o único parque público do mundo onde qualquer visitante pode entrar, explorar e levar para casa os diamantes que encontrar sem pagar royalties ou taxas adicionais.

Desde 1972, quando o governo do Arkansas transformou a antiga área de mineração em um parque estadual, mais de 35 mil diamantes foram oficialmente descobertos por visitantes. As pedras variam de pequenas gemas até achados lendários, como o “Uncle Sam Diamond”, de 40,23 quilates, encontrado em 1924, o maior diamante já encontrado nos Estados Unidos.

A área do parque ocupa cerca de 15 hectares, e o solo vulcânico é rico em kimberlito, o tipo de rocha onde diamantes se formam. Segundo os geólogos do parque, os visitantes encontram em média um ou dois diamantes por dia, geralmente após chuvas fortes, quando o solo é revolvido e as gemas ficam expostas.

Um brilho raro sob o sol

James Armistead contou à equipe do parque que estava “apenas caminhando” quando percebeu um brilho refletido pelo sol, cerca de 30 minutos após iniciar a busca.

“Achei que fosse uma pedrinha comum, mas o brilho não saía da minha cabeça. Quando entreguei para análise, percebi que tinha mudado o rumo do meu dia — e talvez da minha vida”, contou o visitante à imprensa local.

O diamante, medindo cerca de 2,2 centímetros de comprimento, possui coloração marrom caramelo e formato irregular. Após análise no laboratório do parque, foi classificado como um “brown diamond” natural, sem necessidade de lapidação imediata, devido à sua pureza e brilho interno.

A avaliação inicial, feita por especialistas do setor de gemologia, estima que o valor da pedra possa superar US$ 150 mil, dependendo da lapidação e da cor final após o polimento.

Do solo do Arkansas para o noticiário global

A história do “Duke Diamond” rapidamente ganhou destaque na imprensa americana. Redes como CNN, Fox News e The Guardian noticiaram o achado, destacando o caráter inusitado do parque — um lugar em que qualquer pessoa, independentemente de experiência, pode sair com uma pedra preciosa de valor milionário.

O próprio Departamento de Parques do Arkansas emitiu um comunicado oficial confirmando a autenticidade do diamante e parabenizando Armistead pela descoberta:

“O achado de 3,81 quilates reforça a tradição do Crater of Diamonds como um dos locais mais singulares do mundo para a observação e descoberta de gemas naturais”, afirmou o superintendente do parque, Caleb Howell.

O diamante foi registrado sob o código oficial #2024-AR-D3.81, sendo o maior encontrado por um visitante desde 2020.

Histórias que fazem o Arkansas brilhar

O “Duke Diamond” se soma a uma lista de achados lendários que fizeram do Crater of Diamonds um destino turístico mundial.

Em 1975, um visitante descobriu o “Amarillo Starlight”, de 16,37 quilates, posteriormente vendido a colecionadores por valor não divulgado.

Em 1990, uma mulher chamada Shirley Strawn encontrou o famoso “Strawn-Wagner Diamond”, de 3,03 quilates, considerado o diamante mais perfeito do mundo após análise pelo Instituto Gemológico da América.

Esses casos ajudaram a consolidar o parque como um símbolo de sorte, paciência e perseverança, atraindo mais de 200 mil turistas por ano. Cada visitante pode explorar a área por conta própria, utilizando peneiras, pás e baldes e o lema do parque é simples:

“Você mantém o que encontra.”

Geologia e formação: o segredo por trás da raridade

O solo do Crater of Diamonds foi formado por uma erupção vulcânica há cerca de 100 milhões de anos, que trouxe à superfície fragmentos de rocha rica em carbono cristalizado os diamantes. O kimberlito, tipo de rocha presente ali, é o mesmo encontrado em minas de países africanos como Botswana, África do Sul e Angola.

A composição geológica do local, aliada à erosão natural e ao clima úmido, faz com que novos diamantes sejam expostos constantemente. Por isso, o parque nunca se “esgota”, mesmo após mais de um século de exploração contínua.

Quando o acaso se torna destino

Para James Armistead, a descoberta mudou completamente sua relação com o local e com o valor simbólico das gemas. O visitante, que trabalhava como técnico de manutenção, declarou que não pretende vender imediatamente o diamante.

“Não é só o valor em dinheiro. É a história por trás. Foi um presente da natureza”, disse em entrevista à emissora local KAIT-TV.

O caso também inspirou outros visitantes — o parque registrou um aumento de 27% na entrada de turistas em maio de 2024, um recorde para o mês, impulsionado pela curiosidade pública em torno da descoberta.

O valor além da fortuna

Mais do que uma história de sorte, o achado do “Duke Diamond” reforça o fascínio humano pelas descobertas improváveis. Num mundo em que a mineração é dominada por grandes corporações, um simples cidadão encontrar uma pedra de alto valor é algo raro e simbólico — uma lembrança de que o acaso ainda pode mudar destinos.

A administração do parque inclusive utiliza o episódio como exemplo em programas educacionais sobre geologia e conservação ambiental, incentivando a busca sustentável por minerais e o respeito à natureza.

O diamante de 3,81 quilates encontrado por James Armistead em abril de 2024 entrou para a história como um dos maiores achados recentes em solo americano.

Mais do que um brilho mineral, a descoberta representa o encontro entre sorte, curiosidade e preservação e faz do Crater of Diamonds State Park um lembrete de que a natureza ainda guarda segredos valiosos, à espera de quem sabe olhar com atenção.

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Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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