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Homem deu R$ 550 ao ChatGPT e o deixou fazer investimentos por um mês

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 03/08/2025 às 00:17
Homem deu R$ 550 ao ChatGPT e o deixou fazer investimentos por um mês
Foto: Reprodução
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Um experimento curioso colocou o ChatGPT no comando de uma carteira de ações com apenas US$ 100. A proposta era simples: testar se a inteligência artificial conseguiria operar como um trader real no mercado financeiro, com decisões diárias e foco em ações pouco cobertas pela mídia.

Com apenas US$ 100, cerca de R$ 550, o usuário Nathan Smith, dos EUA, decidiu testar se a inteligência artificial, nesse caso o ChatGPT, poderia realmente lucrar com investimentos em ações.

Para isso, ele colocou o ChatGPT no papel de analista financeiro e transformou o modelo em um day trader.

A experiência está sendo documentada no Reddit.

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O mais importante é que a ideia surgiu após Smith ver anúncios duvidosos prometendo lucros altos com uso de IA no mercado financeiro.

Em vez de cair na promessa, ele decidiu investigar por conta própria.

O experimento foi estruturado para durar seis meses, com um objetivo claro: avaliar se um modelo de linguagem é capaz de escolher ações subvalorizadas com um orçamento mínimo.

Resultados iniciais animadores

No primeiro mês, a carteira gerenciada com apoio do GPT-4o — um dos modelos mais recentes da OpenAI — teve um crescimento de 25%.

Isso representa um lucro de US$ 25 sobre o valor inicial de US$ 100.

Embora o número pareça pequeno, ele chama atenção quando comparado ao desempenho de índices tradicionais como o S&P 500, que subiu menos de 3% no mesmo período.

Além disso, o retorno superou também os índices Russell 2000 e XBI, ambos compostos por empresas de pequena capitalização. Isso indica que, pelo menos no curto prazo, o ChatGPT fez boas escolhas com base nas informações que recebeu.

IA sozinha ainda não basta

Apesar do sucesso inicial, Smith reconhece que a inteligência artificial não está operando sozinha.

Em seu GitHub, ele explica que fornece dados diários ao ChatGPT sobre a carteira de ações, como preços atualizados e movimentos do mercado. O sistema analisa esses dados e sugere decisões.

Além disso, o experimento inclui uma regra rígida de “stop-loss”.

Sempre que uma ação atinge determinado valor negativo, ela deve ser vendida imediatamente. Essa prática ajuda a reduzir perdas e é um mecanismo tradicional em operações de alto risco.

Portanto, embora o objetivo do projeto seja testar a capacidade da IA de “gerenciar dinheiro sem orientação”, isso ainda não se concretizou.

O próprio Smith admite que continuará a fazer o “dever de casa” até o fim de dezembro, mantendo o acompanhamento diário das informações.

Experimentos anteriores com IA

Essa não é a primeira tentativa de usar inteligência artificial no mercado financeiro.

Em dezembro, um estudo da Universidade de Duisburg-Essen mostrou que modelos da OpenAI pareciam identificar boas oportunidades de investimento.

Mesmo assim, os próprios autores reconhecem que os resultados de simulações são melhores que a performance real com dinheiro de verdade.

Em entrevista à Morningstar, o professor Alejandro Lopez-Lira, da Universidade da Flórida, alertou que, em valores maiores, a IA tende a ter dificuldades.

Isso porque o mercado reage às ações dos grandes investidores. Se todos passassem a usar IA, o comportamento do mercado mudaria, tornando os algoritmos menos eficazes.

O que esperar até dezembro

Nathan Smith deixa claro que a motivação inicial foi a curiosidade. Ele queria saber se a promessa vendida por anúncios sobre IA e ações fazia sentido.

Até agora, os resultados indicam que a ideia funciona — mas apenas com participação humana e atenção constante.

A dúvida que permanece é se a carteira ainda estará no azul ao fim dos seis meses. Até lá, o experimento oferece uma amostra interessante de como humanos e IA podem trabalhar juntos para investir — mesmo com um orçamento apertado.

Apesar dos resultados positivos, é importante lembrar que esse foi apenas um experimento controlado com valor reduzido. Investir em ações envolve riscos reais, e decisões financeiras devem ser tomadas com cautela, estudo e planejamento.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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