Há 55 anos, o homem pisou na Lua pela primeira vez! Descubra por que nunca voltamos e como a missão Artemis pode revolucionar o futuro da exploração espacial.
No dia 20 de julho de 1969, o mundo testemunhou um dos maiores feitos da humanidade: Neil Armstrong, a bordo da nave Apollo 11, tornou-se o primeiro homem a pisar na Lua.
Esse evento histórico marcou o ápice da Corrida Espacial entre Estados Unidos e União Soviética, em pleno contexto da Guerra Fria. Embora os soviéticos tenham sido os primeiros a sair da órbita terrestre, foi a bandeira americana que foi fincada no solo lunar.
A missão Apollo 11 começou com o lançamento da nave da Estação Espacial Kennedy, na Flórida, em 16 de julho de 1969. A tripulação era composta pelos astronautas Buzz Aldrin, Michael Collins e Neil Armstrong, sendo este último o humano famoso por ter sido o primeiro a pisar na lua.
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Por que nunca voltamos para a Lua?
Em uma entrevista ao podcast Minuto Jovem, Sergio Sacani, geofísico e youtuber brasileiro, explicou que a ausência de novas missões tripuladas à Lua tem razões geopolíticas e financeiras. Nesse sentido, ele relata que durante a Guerra Fria, a corrida espacial era uma questão de prestígio nacional.
“Primeiro, por que o homem foi para a lua naquela época? Porque o mundo vivia a Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética, e cada país queria demonstrar maior poderio. Não havia maior demonstração de poder do que pisar na lua. Por conta disso, os EUA investiram muita grana na NASA”m disse.
“Após o sucesso do Apollo 11, o interesse público e governamental diminuiu significativamente”, disse Sergio Sacani, destacando que, apesar do sucesso inicial, as missões subsequentes não despertaram o mesmo entusiasmo.
“A Apollo 12, por exemplo, teve pouca audiência, e a Apollo 13 só ganhou notoriedade por causa do acidente que quase resultou em desastre”, acrescentou ele. Outros pontos destacados pelo youtuber e geofísico são os custo das missões e a mudança de foco
“O alto custo das missões lunares foi um fator decisivo para a interrupção do programa Apollo”, disse ele, relatando que a Nasa dependia de financiamento público, e os congressistas americanos precisavam justificar esses gastos para seus eleitores.
Nesse sentido, a falta de interesse público tornou difícil obter aprovação para continuar investindo em missões lunares. Além disso, as prioridades mudaram após o fim da Corrida Espacial. Conforme a Nasa, enquanto as primeiras missões tiveram enorme audiência e repercussão, as subsequentes perderam o interesse popular, tornando difícil justificar os enormes custos.
A transição para novas missões espaciais
Após o fim do programa Apollo, a Nasa voltou seus esforços para a construção de estações espaciais. Segundo relatos históricos, Werner von Braun, um dos principais engenheiros do programa Apollo, defendia a exploração de Marte.
No entanto, questões militares e estratégicas levaram o governo americano a investir em estações espaciais em vez de novas missões lunares. A estação espacial tornou-se o novo foco, deixando a Lua de lado.
A redescoberta da Lua: água e hélio-3
Nos últimos anos, novas descobertas renovaram o interesse pela Lua. Uma sonda indiana, equipada com sensores da Nasa, detectou a presença de água na Lua. De acordo com Sérgio Sacani, isso abriu possibilidades para o uso do H2O lunar como combustível e oxigênio para futuras missões.
“A descoberta de água mudou a perspectiva sobre a Lua, de um lugar estéril para um potencial recurso estratégico”, afirmou ele, acrescentando que a descoberta de hélio-3, um isótopo raro que poderia revolucionar a fusão nuclear, tornou a Lua um alvo atraente para exploração.
“Hélio-3 é visto como uma solução potencial para os desafios da fusão nuclear, oferecendo uma fonte de energia limpa e quase ilimitada”, afirma. Conforme estudos recentes, o hélio-3 é abundante na superfície lunar, tornando a exploração economicamente viável e cientificamente interessante.
A missão Artemis e o futuro da exploração lunar
De acordo com as informaões, atualmente, a Nasa está planejando a missão Artemis, que visa retornar à Lua e estabelecer uma presença humana sustentável. Com novas tecnologias e descobertas, a Lua não é mais vista apenas como um destino para uma simples visita.
Agora, ela representa um potencial ponto de partida para futuras missões espaciais, incluindo viagens a Marte. A missão Artemis promete inaugurar uma nova era na exploração espacial, focando na sustentabilidade e no uso de recursos lunares para facilitar futuras explorações.