Contrato bilionário prevê expansão, modernização e mais eficiência no transporte público da capital e região metropolitana
O transporte público de São Paulo passa por uma transformação importante. O Grupo Comporte venceu o leilão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM, assumindo a operação de 124 quilômetros de trilhos que ligam o centro da capital à zona leste, Guarulhos e Alto Tietê. Com um contrato de 31 anos e mais de R$ 14 bilhões em investimentos previstos, a nova concessão promete modernizar o sistema, construir novas estações, ampliar a malha ferroviária e gerar economia para os cofres públicos. A informação foi publicada por portais como InfoMoney, Diário do Transporte, UOL Economia e IstoÉ Dinheiro.
O leilão foi conduzido pela Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e teve como vencedor o Grupo Comporte, ligado à família Constantino, fundadora da Gol Linhas Aéreas. A empresa superou a proposta da CCR ao oferecer um deságio de 2,57% sobre a contraprestação anual de R$ 1,49 bilhão prevista pelo governo do Estado. Segundo o InfoMoney, o resultado representa uma economia aproximada de R$ 1 bilhão ao longo do contrato. O governador Tarcísio de Freitas celebrou a vitória como um passo decisivo para requalificar o sistema de transporte sobre trilhos em São Paulo.
Expansão e melhorias nas linhas 11, 12 e 13
Entre os compromissos da concessão estão a construção de oito novas estações, a reforma de outras 24 e a reconstrução completa de quatro. A linha 11-Coral será estendida até César de Souza, em Mogi das Cruzes. A linha 12-Safira chegará até Suzano e terá integração com a linha 11, enquanto a linha 13-Jade será prolongada até Bonsucesso, em Guarulhos. Conforme apurado pelo Diário do Transporte, a meta é concluir todas as obras até 2040, com grande parte delas entregue nos primeiros sete anos de contrato.
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Investimento bilionário para modernizar a mobilidade em São Paulo
O contrato prevê aportes da ordem de R$ 14,3 bilhões em obras de infraestrutura, material rodante, tecnologia e operação. Segundo a reportagem da IstoÉ Dinheiro, os investimentos têm foco na ampliação da capacidade de transporte, na eficiência energética e na segurança dos passageiros. A parceria público-privada permitirá que o Estado de São Paulo melhore a qualidade do serviço prestado sem comprometer recursos orçamentários diretos, mantendo controle sobre a regulação e fiscalização da operação.
Linhas estratégicas para regiões periféricas de São Paulo
As três linhas envolvidas na concessão atendem áreas de grande densidade populacional, com milhares de passageiros dependentes do transporte ferroviário diariamente. A linha 11-Coral, por exemplo, é uma das mais movimentadas da CPTM e atravessa bairros populosos da zona leste. A linha 13-Jade conecta São Paulo ao aeroporto de Guarulhos. Segundo o UOL Economia, a expansão dessas linhas pode impactar positivamente a mobilidade urbana e o desenvolvimento regional nas próximas décadas.
Comporte amplia presença e reforça papel no transporte nacional
Com a vitória no leilão, o Grupo Comporte consolida sua presença no setor ferroviário brasileiro. A empresa já administra o metrô de Belo Horizonte e foi responsável pela vitória no projeto do trem São Paulo–Campinas. Agora, com a operação de parte da malha da CPTM, o grupo se posiciona como um dos principais operadores de mobilidade urbana do país. De acordo com o InfoMoney, a entrada da Comporte nas linhas de São Paulo representa uma mudança no perfil da gestão do transporte público estadual, com maior participação da iniciativa privada.
“O grupo COMPORTE não demonstra um bom tratamento aos seus motoristas rodoviários, oferecendo baixos salários e alojamentos precários, semelhantes a albergues. É questionável se eles estarão preparados para cuidar das linhas de trem. Além disso, os ônibus da empresa frequentemente quebram e as peças são remanufaturadas, o que me faz duvidar da capacidade do grupo em manter a segurança e eficiência de suas operações, especialmente nas linhas de trem.”
Em Novembro Grupo Comporte assume a operação da linha 7, ai veremos o fracasso que será a administração dessa linha sob o comando do Grupo Comporte.
Essas concessões do transporte sobre trilhos visam favorecer os grandes empresários deixando a população em último plano.
Atual governo quer deixar o transporte paulista igual ao do Rio de Janeiro.