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Veja o que Exército, Marinha e FAB farão com os R$ 30 bilhões liberados para modernizar a Defesa

Escrito por Sara Aquino
Publicado em 24/10/2025 às 11:05
Com R$ 30 bilhões extras, Forças Armadas priorizam caças Gripen, submarino nuclear e mísseis modernos em plano estratégico até 2032.
Foto: IA
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Com R$ 30 bilhões extras, Forças Armadas priorizam caças Gripen, submarino nuclear e mísseis modernos em plano estratégico até 2032.

As Forças Armadas brasileiras — Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira (FAB) — preparam uma modernização histórica após a aprovação de um pacote de R$ 30 bilhões voltado a projetos estratégicos da Defesa Nacional.

O investimento, previsto para ser aplicado em seis anos, foi aprovado pelo Senado com ampla maioria e agora segue para a Câmara dos Deputados.

O valor, que ficará fora do arcabouço fiscal, destinará R$ 5 bilhões por ano para reestruturar o setor, que há anos sofre com falta de recursos para manutenção e modernização de equipamentos.

Segundo oficiais-generais ouvidos sob reserva, o clima nas Forças Armadas é de “animação, alívio e otimismo”, diante da chance de recuperar a capacidade operacional perdida ao longo da última década.

Defesa mira padronização internacional e investimento sustentável

O plano faz parte de uma estratégia mais ampla que busca alinhar o Brasil ao padrão de investimento militar da OTAN, que destina 2% do PIB à defesa.

Essa meta, no entanto, depende da aprovação da chamada PEC da Previsibilidade, que deverá ser discutida apenas após as eleições de 2026.

Enquanto isso, a destinação dos recursos extraordinários já começa a ser definida. Cada força — Marinha, Exército e FAB — apresentou suas prioridades para o uso do reforço bilionário, com foco em caças Gripen, novos navios, sistemas de mísseis e defesa de fronteiras.

FAB: foco em Gripen, drones e manutenção de aeronaves

Na Força Aérea Brasileira (FAB), a prioridade é concluir a entrega dos caças suecos Gripen, adquiridos em parceria com a Saab.

Foto: Sargento Johnson/Força Aérea Brasileira

O cronograma inicial previa a conclusão até 2024, mas, devido à falta de verba, foi prorrogado até 2032.

Até o momento, apenas 10 dos 36 caças Gripen foram entregues. A nova injeção de recursos permitirá não apenas acelerar as entregas, mas também custear manutenção, modernização e equalização de juros — que, segundo cálculos internos, consomem valores equivalentes à compra de até cinco aeronaves novas.

Outro ponto estratégico para a FAB será o investimento em drones de alta tecnologia, considerados essenciais para missões de vigilância e defesa aérea.

Essa área é vista como uma das mais carentes da estrutura militar brasileira e será prioridade na nova fase de modernização.

Marinha: submarino nuclear e defesa da Amazônia Azul

A Marinha do Brasil planeja aplicar parte dos recursos na retomada do programa do submarino nuclear, projeto considerado vital para garantir soberania nas águas territoriais.

Foto: Divulgação

O avanço da iniciativa tem sido lento, principalmente por limitações orçamentárias.

Além disso, a Marinha pretende renovar sua frota com novas fragatas e ampliar o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, que monitora a imensa área marítima sob jurisdição nacional — responsável por mais da metade da extensão territorial do Brasil.

Essa região, rica em petróleo, minérios e biodiversidade, exige tecnologia de ponta em radares, inteligência artificial e análise de dados para detecção rápida de ameaças.

A primeira unidade de vigilância, em Ilha Grande (RJ), tem entrega prevista para 2026, enquanto a segunda, em Cabo Frio, ainda aguarda liberação de verba.

Exército: fronteiras e modernização da artilharia com novos mísseis

No Exército Brasileiro, a prioridade será reforçar o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), criado nos anos 2000 e atualmente defasado.

O sistema é crucial para combater tráfico de drogas, contrabando e espionagem internacional em áreas sensíveis da Amazônia.

Os generais também destacaram a necessidade de modernizar a artilharia e adquirir novos mísseis táticos de cruzeiro, uma das lacunas mais críticas do arsenal nacional.

O estoque atual é considerado baixo e insuficiente para atender às exigências de um cenário geopolítico cada vez mais tenso.

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Sara Aquino

Farmacêutica Generalista e Redatora. Escrevo sobre Empregos, Cursos, Ciência, Tecnologia e Energia, Geopolítica, Economia. Apaixonada por leitura e escrita.

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