Com o crescimento das indústrias de celulose, uma rodovia antes esquecida virou um gargalo para o escoamento de cargas pesadas. O governo finalmente anunciou um plano de recuperação.
O Mato Grosso do Sul está prestes a dar um passo crucial para melhorar sua infraestrutura logística.
Uma rodovia antes pouco movimentada tornou-se essencial para o escoamento de produtos de setores-chave.
No entanto, com o aumento expressivo do tráfego de caminhões pesados, a estrada deteriorou-se rapidamente.
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Agora, o governo estadual promete uma grande intervenção que pode transformar essa realidade.
Obra será lançada até março
A Agesul (Agência de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul) finalizou o projeto e pretende lançar, até março, a licitação para a recuperação de um trecho da MS-377.
A rodovia, que conecta a BR-262 à cidade de Inocência, desempenha um papel fundamental para a logística do agronegócio e da indústria de celulose.
Papel estratégico da MS-377 na economia
Nos últimos anos, o fluxo de veículos pesados aumentou de forma acelerada, impulsionado principalmente pela Suzano e pela Arauco, duas gigantes do setor de celulose.
A estrada passou a ser a principal rota de transporte de minério, materiais de construção e toras de eucalipto.
Além disso, a chegada de novos empreendimentos tem reforçado a necessidade de melhorias na infraestrutura.
Trecho prioritário da recuperação
Embora a reestruturação completa da MS-377 não esteja prevista, o governo estadual anunciou que 50 quilômetros da rodovia serão recuperados.
Esse trecho compreende o acesso à cidade de Inocência até o entroncamento com a MS-320, justamente a área que abriga a nova unidade industrial da Arauco.
Atualmente, a obra da empresa encontra-se na fase de terraplanagem, com a construção programada para começar no segundo semestre de 2025.
Infraestrutura logística e crescimento regional
A instalação do centro logístico da Suzano na região foi outro fator que aumentou drasticamente a movimentação na MS-377.
A empresa investiu na construção de um terminal de armazenamento e embarque para a celulose produzida, utilizando a malha ferroviária da Ferronorte para o transporte até o Porto de Santos.
Antes, o escoamento era feito pela malha oeste, mas a desativação dos trilhos obrigou as empresas a adaptarem suas rotas.
Obras paralelas e novos investimentos
Além da recuperação da rodovia, o governo estadual já iniciou a construção de um aeródromo na região, um investimento de R$ 3,1 milhões.
O objetivo é melhorar a mobilidade e atender à crescente demanda do setor industrial e empresarial.
Paralelamente, novos empreendimentos privados estão surgindo nas proximidades do trevo de acesso à cidade, consolidando o crescimento econômico local.
Detalhes do projeto e investimentos
A Agesul ainda não divulgou o valor exato da obra na MS-377, mas informações preliminares indicam que o projeto incluirá recuperação do asfalto e implantação de terceiras faixas para dar mais fluidez ao tráfego.
O tráfego intenso de caminhões já comprometeu a qualidade da pista, que hoje apresenta diversos trechos esburacados e em más condições.
Outros investimentos na malha rodoviária do estado estão previstos.
O governo formalizou um empréstimo de R$ 2,3 bilhões com o BNDES, destinado a obras em 818 quilômetros de rodovias, sendo 569 quilômetros para novas pavimentações e 249 quilômetros para recuperação de estradas já existentes.
Impactos ambientais e sustentáveis
Com o crescimento da atividade industrial e logística na região, especialistas alertam para a necessidade de um planejamento sustentável.
O aumento do tráfego pode gerar impactos ambientais, como poluição sonora e emissão de gases.
Empresas como Suzano e Arauco já adotam medidas para reduzir seu impacto ambiental, mas a necessidade de um planejamento rodoviário eficiente e sustentável se torna cada vez mais evidente.
Desafios para o futuro
O investimento na infraestrutura é visto como positivo, mas especialistas ponderam que a recuperação de 50 quilômetros pode não ser suficiente para suprir o crescimento da demanda.
Com o avanço do setor de celulose e a intensificação da produção agroindustrial, será necessário um plano contínuo de manutenção e ampliação da malha rodoviária.
Infraestrutura é um gargalo para o crescimento?
Diante do crescimento exponencial do setor de celulose e da crescente demanda por infraestrutura adequada, a pergunta que fica é: os investimentos atuais serão suficientes para acompanhar a expansão econômica da região? Deixe sua opinião nos comentários!