1. Início
  2. / Forças Armadas
  3. / Governo surpreende e planeja fusão da Avibras com Akaer para criar gigante mundial de produção de armamentos brasileiros e gerar 6 MIL empregos!
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 40 comentários

Governo surpreende e planeja fusão da Avibras com Akaer para criar gigante mundial de produção de armamentos brasileiros e gerar 6 MIL empregos!

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 09/10/2024 às 07:33
Governo surpreende e planeja fusão da Avibras com Akaer
Foto: Youtube/Reprodução

Avibras e Akaer. A união promete movimentar US$ 1 bilhão em faturamento e criar milhares de novos empregos no setor de defesa.

A Avibras, empresa privada brasileira da área de defesa em recuperação judicial desde 2022, está passando por um plano de salvamento que envolve capital privado nacional, com o objetivo de evitar sua falência ou a venda para estrangeiros. O governo e as Forças Armadas estão envolvidos na busca por uma solução, incluindo a possibilidade de fusão da Avibras e Akaer Engenharia Espacial, por meio de um grupo de investidores nacionais.

Avibras acumulou dívida milionária

Criada em 1961, a Avibras foi uma das pioneiras brasileiras no desenvolvimento de equipamentos militares, mas atualmente acumula uma dívida de R$ 600 milhões, resultando na demissão de  420 funcionários. A Avibras está em recuperação judicial e conta atualmente com 900 colaboradores, mas as atividades de linha de produção estão paralisadas por falta de capital.

Créditos: Radar Militar

Tentativas de compra por empresas estrangeiras, como a australiana DefendTex e a chinesa Norinco, causaram preocupação no governo brasileiro, levando à mobilização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para encontrar uma solução nacional, tendo em vista que a Avibras produz o armamento mais potente do Exército Brasileiro.

Trata-se do lançador de mísseis e foguetes de saturação de área, Astros 2020,   e está em fase final de desenvolvimento do míssil tático de cruzeiro AV-MTC-300, cuja propriedade intelectual é do Exército Brasileiro, que financiou em maior parte o desenvolvimento   do armamento altamente estratégico, que poucas nações do mundo tem tecnologia para produzir.

Uma venda de parte majoritária da Avibras para a australiana DefendTex, tornaria a empresa brasileira em uma empresa estrangeira, que poderia transferir suas plantas fabris para a Austrália, causando   ainda mais desemprego e desindustrialização no Brasil, enfraquecendo a defesa nacional, e levando a tecnologia nacional para ser usada na guerra da Ucrânia, o que o governo brasileiro também é contra.

Saiba mais sobre a Akaer

Já a venda de 49% da empresa para a chinesa Norinco, embora não a tornasse uma empresa estrangeira, também não era vista com bons olhos pelo governo brasileiro, e neste caso, haveria sanções norte-americanas contra a Avibras,   o que inviabilizaria o uso de tecnologias dos EUA atualmente utilizadas em alguns dos armamentos da empresa, e o pior, o completo fechamento do mercado ocidental de armas para a companhia brasileira, assim como para países aliados dos Estados Unidos no oriente médio.

E isso tudo levou o governo brasileiro a mobilizar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e   Social (BNDES) para encontrar uma solução nacional. E a solução que o governo busca é a fusão da Avibras e Akaer, com financiamento estatal e privado.

A Akaer é uma das empresas de defesa brasileiras com maior avanço tecnológico na área de projetos militares, já tendo contribuído com sucesso nos projetos de desenvolvimento das aeronaves brasileiras Embraer Super Tucano e Embraer KC-390, da aeronave sueca F-39 Gripen E/F, e da aeronave turca Hurjet.

Impactos da fusão da Avibras e Akaer

A fusão da Avibras e Akaer busca criar a maior empresa de defesa do Brasil, e traria sinergias importantes, como a adaptação de tecnologias da Akaer para os lançadores de mísseis do projeto Astros.

Essa fusão teria o potencial de faturar US$ 1 bilhão até 2034 e empregar mais de 6 mil pessoas, em um mercado internacional de defesa que apresenta uma oportunidade de crescimento, impulsionado pela escassez de armamentos decorrente dos conflitos na Ucrânia.

A demanda por equipamentos militares cresceu, principalmente na Europa e na Ásia, levando os países a reforçarem suas defesas e aumentarem os investimentos no setor de defesa, com destaque para membros da OTAN e países como Japão e Filipinas.

A viabilidade do projeto de fusão da Avibras e Akaer depende da captação de investidores nacionais e da conversão de créditos por parte de instituições financeiras, com o BNDES desempenhando um papel importante no financiamento.

Inscreva-se
Notificar de
guest
40 Comentários
Mais votado
Mais recente Mais antigos
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x