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Choque para motoristas: governo quer reduzir velocidade no Brasil para apenas 30 km/h nas ruas e 80 km/h nas estradas, prometendo diminuir o número de mortes no trânsito, que já ultrapassam 600 em 2025

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 12/09/2025 às 10:16
governo quer reduzir velocidade no Brasil para apenas 30 km/h nas ruas e 80 km/h nas estradas
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Com 636 mortes registradas em 2025 apenas no Espírito Santo, Senatran propõe limites de 30 km/h em áreas urbanas e até 80 km/h em rodovias, visando reduzir acidentes fatais.

A violência no trânsito brasileiro segue alarmante. Somente no Espírito Santo, 636 pessoas já perderam a vida em 2025, segundo dados oficiais. Entre os fatores mais graves, o excesso de velocidade aparece como protagonista.
Diante desse cenário, o governo federal iniciou estudos para revisar os limites de velocidade em ruas, avenidas e rodovias. A iniciativa faz parte de uma consulta pública aberta pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) para atualizar o Guia de Gestão de Velocidades no Contexto Urbano.

O que propõe o novo guia de velocidades

O documento, mesmo sem força de lei, oferece recomendações técnicas que poderão balizar decisões de estados e municípios. A ideia central é alinhar o Brasil a práticas internacionais de segurança viária.
A Senatran defende que a velocidade deve ser definida considerando a interação entre veículos e usuários vulneráveis – pedestres, ciclistas e motociclistas.

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Em áreas de grande circulação, como bairros e zonas residenciais, a recomendação é de 30 km/h. Já avenidas que conectam regiões poderiam operar entre 40 e 50 km/h, desde que possuam infraestrutura adequada.

Impacto no tempo de viagem: mito ou realidade?

Um dos principais argumentos contrários à redução é a suposta lentidão que traria ao trânsito. No entanto, estudos feitos em metrópoles brasileiras apontam que a diferença no tempo de deslocamento é mínima.
A explicação é simples: o tráfego urbano é influenciado por sinais, cruzamentos e congestionamentos, fatores que limitam a velocidade média muito antes de atingir os limites máximos estabelecidos.

Campanhas e conscientização no trânsito

A Senatran e o Conselho Nacional de Trânsito definiram como lema de 2025 a frase: “Desacelere. Seu bem maior é a vida”.
Para o capitão Anthony Moraes Costa, especialista em segurança viária, o problema vai além da lei.

“O respeito às normas depende da consciência individual de cada condutor, o que só acontece por meio de educação para o trânsito”, destacou.

Como ficam os limites sugeridos pela Senatran

  • 30 km/h: em zonas urbanas e bairros com grande circulação de pedestres.
  • 40 a 50 km/h: em avenidas que conectam bairros e regiões, desde que tenham boa infraestrutura.
  • 60 a 80 km/h: em rodovias ou contextos controlados, sem risco elevado de interação com pedestres.
  • Acima de 80 km/h: apenas em exceções, em vias segregadas e adequadamente sinalizadas.

O documento também recomenda fiscalização efetiva e dispositivos eletrônicos para garantir o cumprimento das regras.

O papel das concessionárias de rodovias

Durante a consulta pública, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias apresentou a proposta de limites dinâmicos. Com o uso de placas eletrônicas, seria possível ajustar a velocidade em tempo real conforme o tráfego e as condições climáticas.
A Senatran confirmou que a ideia está em análise, mas não há prazo para deliberação.

Será obrigatório? O que diz o Código de Trânsito

A adoção dos limites indicados no guia não é obrigatória. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que cabe a cada órgão responsável pela via – prefeituras, estados ou União – regulamentar e sinalizar a velocidade máxima.
Na ausência de sinalização, valem os seguintes padrões:

  • 80 km/h: vias de trânsito rápido;
  • 60 km/h: vias arteriais;
  • 40 km/h: vias coletoras;
  • 30 km/h: vias locais.

A atualização do guia reflete a preocupação crescente com a segurança nas cidades brasileiras. Países que reduziram limites já registraram queda expressiva de mortes e lesões graves.
Se adotadas, as recomendações podem significar um passo importante para transformar a realidade de milhares de famílias que hoje convivem com as consequências fatais de um trânsito violento.

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Para sugestões de pauta, correções ou contato direto: deborasthefanecruz@gmail.com

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