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Governo proponha obras em rodovia BR que pode chegar gerar custo de R$ 155 BILHÕES para você motorista

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 24/09/2024 às 13:37
As obras na BR-101 podem custar até R$ 155 bilhões aos motoristas até 2047. Você está disposto a pagar essa conta?
As obras na BR-101 podem custar até R$ 155 bilhões aos motoristas até 2047. Você está disposto a pagar essa conta?

Obras em famosa BR prometem grandes melhorias, mas também trazem um impacto significativo no bolso dos motoristas, com um custo de até R$ 155 bilhões. Estudo revela os desafios e sugere alternativas como pedágio variável e free flow para minimizar os custos.

Prepare-se: as obras na BR-101 prometem não só modernizar a rodovia, mas também impactar diretamente o bolso de quem a utiliza.

A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) encomendou um estudo alarmante que revelou o potencial de gastos astronômicos para os motoristas que trafegam pela BR-101, no norte do estado.

Mas o que está em jogo? Obras de infraestrutura que, embora prometam melhorias, podem resultar em custos surpreendentes para quem utiliza a via até 2047.

A Fiesc apresentou uma proposta ao Ministério dos Transportes que inclui novas melhorias para a BR-101. Segundo a entidade, o atual plano de obras poderá gerar um custo acumulado de R$ 155,7 bilhões para os motoristas entre 2033 e 2047.

Esses valores incluem despesas com combustível, manutenção dos veículos, perda de tempo em congestionamentos e, claro, os danos provocados por acidentes na rodovia.

O impacto das obras no seu bolso

De acordo com o estudo, além do custo financeiro, as obras previstas poderão não ser suficientes para lidar com o crescente fluxo de veículos até 2048.

Simulações mostraram que diversos trechos da BR-101 atingirão o nível “F” na escala HCM (Highway Capacity Manual), que é o pior possível.

Isso significa que a rodovia enfrentará congestionamentos crônicos, onde a demanda de veículos excederá a capacidade da via, tornando a experiência de viajar pela BR-101 uma verdadeira provação para os motoristas.

Além disso, as obras terão um impacto ambiental significativo. Segundo o engenheiro de tráfego Lucas Trindade, o projeto prevê um aumento de mais de 40% nas emissões de poluentes.

Seriam 8 trilhões de toneladas adicionais de CO2, NOx, PM e VOC lançados na atmosfera, contribuindo de maneira expressiva para a degradação ambiental.

Medidas sugeridas pela Fiesc para aliviar o problema

Apesar de apoiar a renovação do contrato de concessão da BR-101, a Fiesc ressaltou que as obras e melhorias propostas são insuficientes.

Mario Cezar de Aguiar, presidente da federação, destacou a necessidade de incorporar medidas adicionais para aumentar a segurança e melhorar os níveis de serviço na rodovia.

Entre as melhorias sugeridas, destacam-se a construção de terceiras faixas, vias laterais e obras nos entroncamentos.

Essas intervenções poderiam mitigar os gargalos existentes e melhorar a fluidez do tráfego, porém, também elevariam os custos para os motoristas.

Pedágio e novas tecnologias: o que vem por aí?

Um dos pontos mais polêmicos discutidos no estudo é a implementação do pedágio por quilômetro rodado, conhecido como “free flow”.

Essa modalidade de cobrança visa uma tarifa mais justa, onde o usuário paga de acordo com a distância percorrida.

Egídio Martorano, presidente da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc, defendeu a adoção do modelo como uma forma de aumentar as receitas e garantir que mais obras possam ser realizadas.

Além disso, o estudo propôs a implantação de tecnologias inteligentes de tráfego e conectividade para aumentar a segurança na BR-101.

Essas inovações permitiriam uma comunicação mais ágil em situações de emergência e ajudariam as transportadoras a otimizar suas operações, monitorando o consumo de combustível e a localização de frotas em tempo real.

A polêmica do pedágio variável

Outro ponto de destaque é a proposta do pedágio variável, que ajustaria a tarifa de acordo com o horário.

Durante os horários de pico, a taxa aumentaria, incentivando os motoristas a viajarem em horários alternativos e ajudando a diluir o tráfego ao longo do dia.

Mas será que essa medida realmente traria benefícios? Para os motoristas que não têm flexibilidade no horário de viagem, o pedágio variável pode se tornar mais um peso financeiro.

Inovações de segurança e sustentabilidade

A fim de melhorar o atendimento em casos de acidente, o estudo propõe a adoção das “motolâncias”, motos equipadas para o atendimento rápido a vítimas de acidentes rodoviários.

Essas unidades ajudariam a reduzir o tempo de resposta a emergências e, consequentemente, diminuiriam o tempo de congestionamento causado pelos acidentes.

Outra proposta inovadora é o bloqueador de visão de acidentes, uma tecnologia que ajudaria a evitar que os curiosos diminuam a velocidade para observar os sinistros, o que agrava os congestionamentos.

Obras paralelas e novos desafios

A Fiesc também voltou a defender a construção de uma rodovia paralela à BR-101, que atenderia ao crescimento de demanda nas próximas décadas.

Segundo o engenheiro Ricardo Saporiti, essa alternativa desafogaria o tráfego em diversos trechos críticos.

No entanto, o maior obstáculo é a falta de licitação para o projeto de engenharia, especialmente no trecho que ligaria a nova rodovia ao contorno viário da Grande Florianópolis.

O prazo otimista para a conclusão dessas obras, caso o projeto seja aprovado, seria de quatro anos, com a finalização estimada para 2031.

Mas será que essa nova rodovia realmente resolveria o problema ou apenas o deslocaria para outras áreas?

O futuro da BR-101: um custo que vale a pena?

A renovação do contrato de concessão da BR-101 e a implementação de novas tecnologias e obras são medidas urgentes para evitar que a rodovia entre em colapso nos próximos anos.

Porém, esses avanços virão a um custo elevado, tanto para o governo quanto para os usuários. A pergunta que fica é: você está disposto a pagar essa conta?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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