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Governo prevê corte de 670 mil benefícios do BPC em 2025; idosos e pessoas com deficiência serão afetados por pente-fino no Cadastro Único

Publicado em 11/09/2025 às 01:55
Governo prevê corte de 670 mil benefícios do BPC em 2025
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O governo vai usar o pente-fino no BPC para cortar 670 mil benefícios em 2025, o que representa 11 em cada 100 pagamentos, principalmente de idosos e pessoas com deficiência que não atualizaram o Cadastro Único nos últimos 24 meses.

O governo federal confirmou que haverá corte de 670 mil benefícios do BPC (Benefício de Prestação Continuada) em 2025. A medida atingirá especialmente idosos em situação de pobreza e pessoas com deficiência que não atualizaram o Cadastro Único nos últimos 24 meses. Segundo o advogado Carlos Mendes, trata-se de uma das decisões mais duras já anunciadas para o programa, com risco de ampliar a vulnerabilidade de milhões de famílias.

De acordo com documentos oficiais, o pente-fino no BPC deve cancelar 11 em cada 100 pagamentos atuais, impactando diretamente quem depende do benefício para despesas básicas como alimentação e medicamentos.

O governo estima economizar R$ 6,6 bilhões apenas em 2025 com os cortes.

Quem será mais atingido pelo corte de 670 mil benefícios

O Benefício de Prestação Continuada atende cerca de 6 milhões de pessoas em todo o país, incluindo 1 milhão de novos beneficiários nos últimos dois anos.

O pente-fino anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social deve atingir quatro grupos principais, sempre com base em inconsistências cadastrais ou de renda:

Fora do Cadastro Único: 431 mil benefícios serão revisados, com expectativa de 107 mil cancelamentos.

Cadastro desatualizado há mais de 24 meses: 1,7 milhão de benefícios passarão por análise, e cerca de 306 mil devem ser cortados.

Revisão de renda familiar: 175 mil benefícios serão revisados, com previsão de 43,7 mil cortes.

Revisão obrigatória a cada 2 anos: 2 milhões de benefícios serão avaliados, com expectativa de 212 mil cancelamentos.

No total, 371,8 mil cortes devem recair sobre pessoas com deficiência, enquanto 298,6 mil afetarão idosos de baixa renda.

Para Carlos Mendes, isso representa um risco social elevado, já que muitos beneficiários não têm outra fonte de sustento.

Impacto financeiro do corte de 670 mil benefícios

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Mesmo com os cancelamentos, o BPC seguirá como uma das maiores despesas sociais do país.

O governo projeta que os gastos alcancem R$ 112 bilhões em 2025 e cheguem a R$ 140 bilhões em 2028, impulsionados pelo aumento da demanda e pela valorização do salário mínimo.

Sem o pente-fino, as despesas subiriam para R$ 119 bilhões em 2025 e R$ 155 bilhões em 2028.

A medida faz parte da estratégia da equipe econômica do ministro Fernando Haddad, que prometeu reduzir R$ 9,9 bilhões em despesas obrigatórias já no próximo ano.

Para o advogado Carlos Mendes, embora a justificativa seja fiscal, o impacto humano precisa ser considerado: “Estamos falando de idosos e pessoas com deficiência que muitas vezes não têm outra fonte de renda”.

Como evitar ser afetado pelo corte de 670 mil benefícios

Segundo especialistas, a principal forma de proteção é manter o Cadastro Único atualizado. Quem não fez a atualização nos últimos dois anos está no grupo mais vulnerável ao cancelamento.

O procedimento pode ser realizado nos CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) ou pela central 135 do INSS.

Outro ponto de atenção é a renda familiar. O BPC exige que o valor declarado seja de até 1/4 do salário mínimo por pessoa da família.

Atualizar os dados corretamente e reunir a documentação necessária são medidas que reduzem o risco de perder o benefício durante a revisão.

Vale a pena contestar um corte?

O advogado Carlos Mendes orienta que, caso o benefício seja cancelado, o beneficiário deve procurar um advogado ou a Defensoria Pública para ingressar com recurso administrativo ou ação judicial.

Em muitos casos, cortes podem ser revertidos quando há comprovação de que os critérios foram cumpridos.

Para ele, o ponto central é que “o corte de 670 mil benefícios atinge diretamente a população mais vulnerável.

Se houver erros ou excessos, a Justiça pode ser acionada para garantir que direitos fundamentais sejam preservados”.

O corte de 670 mil benefícios do BPC em 2025 representa um ajuste fiscal de grande impacto, mas também levanta questionamentos sobre o aumento da exclusão social.

Idosos e pessoas com deficiência, que são justamente os grupos mais dependentes do programa, correm o risco de perder a única renda mensal disponível.

E você? Acredita que o corte de 670 mil benefícios é uma medida necessária para equilibrar as contas públicas ou considera que vai ampliar a vulnerabilidade de quem mais precisa?

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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