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Governo prepara dois projetos para cortar R$ 10,7 bilhões em gastos e recuperar R$ 20 bilhões perdidos com a MP do IOF derrubada

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 22/10/2025 às 14:06
Após perda de arrecadação, governo lança plano para reduzir despesas, limitar benefícios e arrecadar R$ 3,3 bilhões com taxação de bets e fintechs
Após perda de arrecadação, governo lança plano para reduzir despesas, limitar benefícios e arrecadar R$ 3,3 bilhões com taxação de bets e fintechs
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O governo elabora dois projetos de lei para conter gastos e compensar os R$ 20 bilhões que deixaram de ser arrecadados após a queda da MP do IOF, equilibrando o orçamento de 2026

A equipe econômica do governo decidiu fatiar sua nova proposta de ajuste fiscal em dois projetos de lei distintos. O plano surge como resposta à derrubada da MP 1.303, que aumentava as alíquotas do IOF e deveria render R$ 20 bilhões à arrecadação de 2026.

Conforme UOL, com a medida provisória rejeitada, o governo busca um caminho duplo: de um lado, cortar R$ 10,7 bilhões em despesas; de outro, propor novas formas de taxação em setores com grande movimentação financeira, como bets e fintechs, para recompor a base de receitas. A iniciativa pretende evitar novo desequilíbrio fiscal e reforçar a credibilidade da política econômica após as críticas ao enfraquecimento do ajuste.

Dois projetos, duas frentes de atuação

O primeiro projeto foca na redução de gastos públicos.

Segundo informações preliminares, o corte de R$ 10,7 bilhões virá de três medidas centrais: limitação de compensações previdenciárias, ajustes no seguro-defeso pago a pescadores artesanais e revisão do prazo de concessão de auxílios-doença baseados apenas em análise documental.

Além disso, os pagamentos do Programa Pé de Meia, voltado a estudantes, serão incorporados ao piso constitucional da Educação, reduzindo a pressão sobre o teto de gastos do ministério.

A meta é melhorar a previsibilidade orçamentária sem comprometer programas essenciais, mas o impacto social dessas reduções ainda gera debate dentro da base governista.

Taxação de bets e fintechs entra na segunda fase do plano

O segundo projeto trata da recomposição de receitas, especialmente via tributação de setores em expansão.

O governo planeja aplicar alíquotas progressivas sobre plataformas de apostas online e fintechs, com potencial de arrecadar R$ 3,3 bilhões em 2026.

Apesar da polêmica, o Ministério da Fazenda nega que haja aumento de impostos.

O ministro Fernando Haddad afirmou que o objetivo é “equalizar alíquotas e corrigir distorções” que beneficiam segmentos hoje isentos.

Investimentos em LCIs e LCAs, por exemplo, continuarão livres do Imposto de Renda, mantendo a promessa de preservar instrumentos de crédito imobiliário e do agronegócio.

Disputa política e receio de desgaste eleitoral

A decisão de dividir a proposta em dois textos foi também estratégica do ponto de vista político.

A votação separada permitirá identificar quem se opõe a cada medida, isolando resistências pontuais dentro do Congresso.

No início do mês, a retirada da MP do IOF foi atribuída a manobras de parlamentares da oposição, o que, segundo Haddad, teria impedido a recomposição das receitas planejadas.

Agora, o governo tenta reconstruir o consenso, mas enfrenta resistência na Casa Civil, que considera que os projetos ainda carecem de maior alinhamento técnico.

Há também preocupação com o impacto eleitoral de medidas de corte em benefícios sociais e de novos tributos em um ano que antecede as eleições municipais.

Caminho incerto, mas necessário para equilibrar 2026

Mesmo sem data confirmada para envio ao Congresso, a equipe econômica pressiona por celeridade, temendo atrasos na execução do orçamento de 2026.

A recomposição fiscal é vista como crucial para manter o arcabouço em pé e sinalizar responsabilidade aos investidores.

Nos bastidores, o governo busca o apoio de deputados que já se mostraram dispostos a incluir as propostas em projetos em tramitação.

A expectativa é de que, com articulação política e ajustes pontuais, parte do pacote possa ser aprovada ainda este ano.

As medidas revelam o esforço do governo em equilibrar as contas sem comprometer programas sociais nem elevar tributos de forma generalizada.

Você acredita que cortes e novas taxações são o melhor caminho para estabilizar o orçamento de 2026? Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir quem acompanha de perto o impacto dessas decisões na economia e no dia a dia da população.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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