Com arrecadação abaixo do esperado e barril em baixa, governo estuda leiloar excedentes de petróleo já em produção. Analistas veem impacto limitado para a Petrobras
Em meio à pressão por novas fontes de receita, o governo brasileiro avalia realizar leilões de excedentes de petróleo em campos que já estão em produção. A medida surge em um cenário de arrecadação abaixo do esperado e preço do barril em forte queda.
Previsão de arrecadação entre US$ 3 e 5 bilhões
A expectativa é que os novos leilões gerem uma arrecadação de até US$ 5 bilhões, que equivalem à cerca de R$ 28,5 bilhões. O valor é considerado relevante para os cofres públicos, principalmente diante da defasagem entre o preço médio atual do barril, estimado em US$ 73, e os US$ 80 projetados no orçamento de 2025.
Impacto limitado para a Petrobras, dizem analistas
Segundo analistas do BTG Pactual, a iniciativa do governo não deve trazer grandes impactos para a Petrobras (PETR4). O banco destaca que, mesmo com preços mais baixos do petróleo, a estatal continua sendo uma das melhores alternativas no setor de óleo e gás.
-
Brasil e Argentina avançam em acordo histórico para importação de gás natural de Vaca Muerta e integração energética no Cone Sul
-
Recessão global na área de petróleo e gás é intensa! Cortes de empregos se intensificam e abalam a indústria com perspectivas pessimistas para 2025
-
ANP intensifica fiscalização e interdita base de combustíveis envolvida em esquema de “barriga de aluguel” no Mato Grosso do Sul
-
China aposta pesado: US$ 6,7 bilhões para transformar carvão em petróleo e gás, reduzir importações e dobrar capacidade energética com projetos gigantes até 2030
Apesar do possível reforço fiscal, o BTG alerta que os principais riscos para a Petrobras continuam vindo do cenário internacional.
A incerteza geopolítica e o temor de uma desaceleração econômica global seguem pressionando o preço do barril, o que pode influenciar diretamente os dividendos pagos pela companhia.
Petrobras mantém recomendação de compra
Mesmo diante das adversidades, o BTG mantém sua recomendação de compra para as ações da Petrobras. A avaliação considera a estrutura financeira da empresa, considerada sólida.
O banco também mantém o preço-alvo de US$ 20,00 para os ADRs da Petrobras negociados na Bolsa de Nova York (PBR).
Com informações de Acionista.