Governo opta por uma solução inovadora para conectar cidades: um túnel submerso. A decisão evita as limitações e promete trazer uma obra inédita e estratégica para o estado. Essa estrutura, além de funcional, deve impulsionar a economia regional e a mobilidade urbana.
Imagine a expectativa de uma ponte monumental ligando Itajaí e Navegantes.
Essa ideia, que parecia a escolha óbvia para conectar as duas cidades de forma moderna e eficiente, foi recentemente deixada de lado pelo Governo de Santa Catarina.
Em vez disso, a decisão surpreendente foi a construção de um túnel submerso, projeto ambicioso e inédito no Brasil. Mas afinal, o que levou o governo a optar por essa solução curiosa e desafiadora?
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Decisão estratégica para evitar restrições de altura
De acordo com o site NSC Total, o coordenador do projeto de mobilidade, João Luiz Demantova, afirma que a decisão de construir um túnel e não uma ponte foi fortemente influenciada por uma questão específica de infraestrutura.
Conforme explicou, a ponte inicialmente planejada precisaria de altura suficiente para não obstruir a passagem dos grandes navios que circulam pelo Rio Itajaí-Açu em direção aos portos locais.
Para garantir essa navegação segura e fluida, os estudos indicaram que a ponte teria que alcançar cerca de 65 metros de altura no ponto mais elevado.
Desafios do Aeroporto de Navegantes para o projeto
Embora fosse tecnicamente viável elevar a estrutura a esse patamar, o projeto esbarrou em outra limitação: a presença do Aeroporto de Navegantes.
Segundo as regras de segurança da aviação, as construções nas proximidades da área de aproximação das aeronaves não podem ultrapassar 45 metros de altura.
Essa restrição inclui o ponto exato onde a ponte cruzaria o rio, inviabilizando o projeto original.
A inovação do túnel submerso como solução viável
Diante do impasse, o túnel submerso se apresentou como uma alternativa possível e vantajosa.
Embora seja uma obra ainda rara no país, a tecnologia necessária já é usada em outras partes do mundo para solucionar problemas semelhantes.
O método de construção prevê que o túnel seja dividido em blocos, preparados previamente e depois submersos até o leito do rio, onde são vedados de maneira a impedir a entrada de água.
Essa inovação ainda não foi implementada em larga escala no Brasil, mas Santa Catarina parece determinada a assumir o pioneirismo.
Comparações e prazos de implementação
Além de Santa Catarina, o único outro projeto de túnel subaquático em andamento no país está localizado entre Santos e Guarujá, em São Paulo, mas enfrenta diversos atrasos.
Com isso, o Estado vê uma oportunidade única de inaugurar um modelo de construção diferente, que pode servir de referência para obras futuras em outras regiões.
A expectativa é que o edital para a Parceria Público-Privada (PPP) responsável pela construção do túnel em Itajaí seja lançado já no primeiro semestre do próximo ano.
A previsão, segundo o governo estadual, é de que o projeto impulsione não só a mobilidade urbana, mas também o desenvolvimento econômico da região, facilitando o trânsito de pessoas e mercadorias entre as duas cidades.
Como será o impacto para a economia local?
A escolha do túnel submerso representa mais do que uma inovação técnica.
Além de evitar os problemas de altura impostos pelo aeroporto, essa obra tende a criar oportunidades econômicas, impulsionar empregos durante a fase de construção e reforçar a posição estratégica de Santa Catarina no cenário logístico.
De acordo com analistas, a previsão é de que a infraestrutura conecte melhor o litoral catarinense, reduzindo o tempo de deslocamento e melhorando o acesso ao porto de Itajaí, que é um dos maiores do país.
Como os moradores de Itajaí e Navegantes receberão essa obra inédita? O projeto será executado dentro dos prazos e com a qualidade necessária? Esse túnel trará o desenvolvimento esperado para a região?