Uma decisão importante do governo pode mudar o rumo da indústria automobilística no Brasil. Um pedido feito pela montadora chinesa BYD será analisado por um comitê ligado a 11 ministérios, em meio a críticas da indústria nacional e tensões com os Estados Unidos.
O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) agendou uma reunião extraordinária para a quarta-feira, 30 de julho de 2025. O encontro ocorre dois dias antes da entrada em vigor das tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Apesar da proximidade das datas, fontes ouvidas pelo O Estado de São Paulo negaram qualquer relação entre os dois eventos.
O mais importante é que a pauta da reunião envolve medidas que podem favorecer a montadora chinesa BYD.
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A empresa solicitou, em fevereiro, a redução do imposto de importação para kits SKD e CKD usados na montagem de veículos.
No caso dos elétricos, o pedido é para reduzir a alíquota de 18% para 5%. Já nos híbridos, a proposta é baixar de 20% para 10%.
Críticas da indústria nacional
As operações da BYD em Camaçari (BA) começaram em junho.
A estratégia da montadora é montar carros que chegam quase prontos da China. Portanto, a redução dos impostos dos kits CKD seria essencial para a empresa.
Lula deve visitar a unidade em agosto, durante a inauguração oficial. Em declarações recentes, o presidente elogiou a BYD, afirmando que a empresa está promovendo “uma revolução na indústria automobilística brasileira”.
Por outro lado, a proposta enfrenta resistência da indústria nacional.
A Anfavea enviou cartas a Geraldo Alckmin e a Rui Costa criticando a possível redução de impostos.
A entidade acredita que isso poderá prejudicar a produção local e afetar negativamente os fabricantes brasileiros.
A decisão do Gecex-Camex pode ter efeitos diretos no setor automotivo nacional e na relação com a indústria chinesa.


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