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Governo Lula é péssimo para 90% dos especialistas em economia! E para você?

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 04/12/2024 às 14:50
Pesquisa Quaest mostra reprovação de 90% ao governo Lula entre especialistas financeiros. Desafios incluem pacote fiscal e arcabouço econômico.
Pesquisa Quaest mostra reprovação de 90% ao governo Lula entre especialistas financeiros. Desafios incluem pacote fiscal e arcabouço econômico.

A reprovação ao governo Lula alcança 90%, segundo pesquisa Quaest, refletindo a desconfiança do mercado financeiro. Políticas fiscais, como o novo arcabouço econômico, são amplamente criticadas. É hora de questionar: o governo conseguirá recuperar a confiança perdida?

Uma pesquisa divulgada pela Quaest nesta quarta-feira (04) revelou que a reprovação ao governo Lula (PT) entre gestores, economistas e analistas financeiros alcançou impressionantes 90%.

Este dado alarmante coloca em xeque as medidas econômicas da atual administração, gerando uma onda de ceticismo sobre o futuro do país. Mas o que está por trás dessa insatisfação quase unânime?

Segundo a pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, os números refletem a percepção negativa em relação às recentes decisões fiscais do governo.

O levantamento ouviu 105 profissionais do mercado financeiro, baseados em São Paulo e no Rio de Janeiro, entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro de 2024.

A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais, mas os resultados já oferecem um panorama claro: apenas 3% dos entrevistados avaliam o governo de forma positiva, enquanto 7% consideram a gestão regular.

Uma reprovação em crescimento

Comparado ao último levantamento, realizado em março deste ano, a reprovação mais que triplicou.

Na época, apenas 26% dos agentes reprovavam o governo Lula, com 6% de aprovação e 30% de avaliações regulares.

Esse aumento abrupto é atribuído, segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, ao impacto das medidas fiscais recentemente apresentadas, que não atenderam às expectativas do mercado.

Entre os pontos mais criticados está o pacote de cortes de gastos anunciado pelo governo na última semana.

Os agentes financeiros têm questionado a viabilidade dessas medidas e o impacto real que elas podem ter na estabilização econômica.

Popularidade versus responsabilidade fiscal

Outro dado preocupante da pesquisa aponta que 86% dos entrevistados acreditam que Lula está mais preocupado em manter sua popularidade do que em garantir o equilíbrio fiscal do país.

Apenas 29% consideram que o governo demonstra um compromisso real com as contas públicas.

A desconfiança se estende ao Congresso Nacional, que perdeu seu papel de “ator fiscalista”, segundo os participantes.

Uma das razões para isso é a percepção de que, enquanto a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil tem grandes chances de ser aprovada, a tributação para rendas superiores a R$ 50 mil dificilmente passará pelo crivo legislativo.

O desempenho de Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também sofreu um revés em sua popularidade.

A aprovação de seu trabalho caiu de 50% em março para 41% em dezembro, enquanto as avaliações negativas subiram de 12% para 24%.

Além disso, 61% dos entrevistados afirmaram que a força política de Haddad está menor do que no início do mandato, refletindo uma queda significativa na confiança de sua capacidade de liderar a política econômica.

O pacote fiscal, peça-chave de sua estratégia econômica, foi considerado “nada satisfatório” por 58% dos entrevistados e apenas “pouco satisfatório” pelos demais.

Essa percepção negativa reforça o ceticismo em relação à eficiência das medidas adotadas.

O novo arcabouço fiscal

Outro aspecto amplamente criticado foi o novo arcabouço fiscal, que substituiu o antigo teto de gastos implementado durante o governo Michel Temer.

Para 58% dos entrevistados, o novo modelo não possui credibilidade alguma, enquanto 42% o consideram apenas marginalmente confiável.

A maioria dos especialistas acredita que o arcabouço não terá sustentabilidade no longo prazo, o que amplia as preocupações sobre o futuro da economia brasileira.

Além disso, 96% dos entrevistados avaliaram que a política econômica do país está na direção errada, com apenas 4% indicando que ela está no caminho certo.

Para 2025, o pessimismo prevalece: 88% acreditam que a economia vai piorar, 10% que permanecerá estável e apenas 2% apostam em uma melhora.

Investimentos em fuga

A desconfiança no governo também está afetando a alocação de recursos.

Após o anúncio do pacote fiscal, 67% dos entrevistados afirmaram que planejam aumentar seus investimentos no exterior, enquanto 30% pretendem mantê-los no mesmo nível e apenas 3% consideram reduzir.

Apesar disso, algumas medidas do governo foram bem recebidas. O fim da “morte ficta” – pensão paga a famílias de militares expulsos – foi avaliado positivamente por 99% dos entrevistados.

Contudo, essa decisão isolada não foi suficiente para mudar a percepção geral de incerteza.

Uma política econômica em xeque

A crise de confiança no governo Lula representa um desafio sem precedentes. Com o mercado financeiro cada vez mais cético, a gestão enfrenta a difícil tarefa de equilibrar responsabilidade fiscal e popularidade.

Enquanto o novo arcabouço fiscal e os cortes de gastos dividem opiniões, resta saber se as ações tomadas pelo governo serão suficientes para reconquistar a confiança dos investidores e retomar o caminho do crescimento econômico. Como você avalia o governo Lula até agora?

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Vicente Amaral da Silva
Vicente Amaral da Silva
04/12/2024 15:10

Desde que me entendo por gente, nunca entendi os economistas, que estão sempre insatisfeitos querendo mais e mais, se o país está ferrado mas eles estao ganhando, se dando bem, arrumam uma maneira de fazer alguma crítica para se darem melhor, e o país está bem e consequentemente eles ganhando muito mais, também tecerão críticas, orquestradas, para que ganhem mais. O povo, ah esse povo que se ****, fique sem trabalho, morra de fome, doente, sem lazer. Onde já se viu um governo tirar 8 milhões de pessoas da situação de fome, isso é uma audácia que eles não permitem jamais, já o contrário….

Clara Bahia
Clara Bahia
04/12/2024 17:37

A mídia, como sempre trabalha contra o Brasil. Não bastou o que fizeram em 64, agora querem jogar o país novamente no caos. Cabe perguntar: quais interesses estão por trás disto?

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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