Investimentos previstos até 2030 somam mais de R$ 400 milhões e impulsionam energia eólica e solar na Bahia, Minas Gerais e São Paulo.
O Brasil segue fortalecendo sua matriz energética limpa com um novo pacote de incentivos para projetos de energia eólica e solar. A medida, anunciada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na última sexta-feira (13), contempla usinas que devem entrar em operação entre 2026 e 2030.
O apoio será concedido por meio do Reidi (Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura), e inclui a suspensão de tributos como PIS/Pasep e Cofins sobre bens e serviços usados nas obras.
Bahia lidera novos projetos eólicos com apoio da Chesf
A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) foi uma das maiores beneficiadas nesta rodada. A empresa recebeu o incentivo para instalar sete usinas eólicas no município de Casa Nova, na Bahia, totalizando 127,5 megawatts (MW) de capacidade.
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As obras devem começar em breve e serão concluídas em fases. A primeira delas, a Casa Nova B, está prevista para ser entregue até agosto de 2027.
As demais — Casa Nova D até a Casa Nova G — têm prazo final até agosto de 2030. Com a isenção de tributos garantida pelo Reidi, os investimentos estimados nas usinas somam mais de R$ 465 milhões.
Minas Gerais aposta em nova usina solar de médio porte
Outro destaque é o projeto UFV Xangrilá 1, da empresa Antares Energia Solar, que será construído em Várzea da Palma (MG). A usina terá 30 MW de potência instalada e conclusão prevista para março de 2029.
Graças ao incentivo fiscal, o investimento deve ficar em torno de R$ 28,6 milhões, com isenção de tributos que normalmente encarecem esse tipo de projeto.
São Paulo também entra no mapa da transição energética
No interior paulista, o município de Guararapes também receberá uma usina solar: a UFV Guararapes, com 2,5 MW de capacidade.
O projeto, desenvolvido pelas empresas Certare e Concremat, foi autorizado a seguir com a construção e deve estar pronto até março de 2026. A estimativa de investimento, com os incentivos fiscais do Reidi, é de R$ 6 milhões.
Por que esse tipo de incentivo em eólica e solar é importante?
A medida do governo ajuda a tornar mais viável a construção de novas usinas eólicas e solares, que têm custos iniciais altos, mas oferecem energia limpa e renovável a longo prazo.
Com o incentivo, empreendedores conseguem reduzir gastos e acelerar obras, o que contribui diretamente para a transição energética do país.
Esses projetos não apenas reforçam o compromisso do Brasil com a sustentabilidade, como também geram empregos, movimentam economias regionais e reduzem a emissão de gases poluentes.