Governo arrecada milhões com cinco novos blocos nas bacias de Santos e Campos, em leilão que reforça protagonismo do Brasil na produção de petróleo
Em 22 de outubro de 2025, o governo federal concedeu cinco novas áreas de exploração de petróleo no pré-sal. As áreas ficam nas bacias de Santos e Campos.
Além disso, a arrecadação total foi de R$ 103,7 milhões, conforme informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
No total, sete blocos foram ofertados, mas dois ficaram sem propostas, o que demonstra interesse seletivo do mercado. O ágio médio atingiu 91,20%, mostrando forte competição e otimismo no setor energético.
Dessa forma, o leilão ocorreu no mesmo ano em que o Brasil sedia a COP30, em Belém (PA), o que adiciona relevância política e ambiental ao evento.
Blocos, vencedores e valores
A Petrobras arrematou dois blocos na Bacia de Campos: Citrino, com 100% de participação, e Jaspe, em consórcio com a Equinor, detendo 60% de participação.
O bloco Jaspe teve o maior bônus de assinatura da rodada, somando R$ 52,2 milhões, e alcançou ágio de 96,47%, segundo a ANP.
A Equinor, de forma isolada, ficou com o bloco Itaimbezinho, também na Bacia de Campos, reforçando sua presença no litoral brasileiro.
Na Bacia de Santos, a australiana Karoon Energy arrematou o bloco Esmeralda, marcando sua estreia como operadora no pré-sal brasileiro.
O consórcio formado pelas chinesas CNOOC (70%) e Sinopec (30%) conquistou o bloco Ametista, o que confirma o interesse asiático no mercado nacional.
Esses resultados demonstram diversificação de operadores e expansão internacional no setor.
A importância estratégica da rodada
De acordo com o diretor-geral da ANP, Artur Watt Neto, o leilão representou um marco de diversificação no setor energético.
O resultado demonstra a entrada de novos investidores internacionais e o aumento da competitividade no mercado. Segundo ele, “a transição energética responsável se faz pela redução da demanda e não pela restrição da oferta”.
Watt reforçou que o Brasil deve manter o ritmo de produção para garantir competitividade global e preservar seus interesses nacionais.
Além disso, a diretora Symone Araújo, também da ANP, destacou que “pela primeira vez uma petroleira independente saiu como operadora no pré-sal”.
Esse feito, segundo ela, simboliza amadurecimento do mercado e abertura para novas parcerias internacionais.
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Contexto regulatório e perspectivas futuras
O evento integrou o 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), modelo adotado desde 2022.
Nesse formato, vence quem oferece o maior percentual de óleo excedente à União. Esse sistema é considerado mais atrativo e competitivo, pois garante retorno financeiro elevado e estabilidade jurídica.
Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), representado pelo secretário de Petróleo e Gás, Renato Dutra, o governo já prepara um novo leilão com 18 blocos adicionais, previsto para 2026.
Assim, o setor de petróleo e gás continuará exercendo papel estratégico na transição energética brasileira, fortalecendo o equilíbrio entre produção e sustentabilidade.
Impacto econômico e ambiental
Apesar das críticas de organizações ambientais, como o Observatório do Clima, que acusou o governo de sabotar a agenda climática, a ANP e o Palácio do Planalto defenderam que o petróleo é compatível com a transição energética.
Isso ocorre porque o Brasil é líder mundial em matriz limpa e em biocombustíveis, o que fortalece sua posição global.
Segundo Artur Watt Neto, a contratação de novas áreas é essencial para repor reservas, atrair investimentos e gerar empregos.
O leilão de outubro de 2025 consolidou o Brasil como protagonista global na exploração de petróleo em águas ultraprofundas. O resultado reforça a capacidade tecnológica nacional e sua atratividade para o capital internacional.
Afinal, como equilibrar desenvolvimento energético e compromisso ambiental na próxima década?
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