O Brasil nunca teve estradas tão boas: 75,1% da malha federal é considerada “boa”. Investimentos de R$ 26 bilhões entre 2023 e 2024 foram decisivos, segundo o governo federal.
Brasil atinge qualidade histórica nas estradas: mais de R$ 26 bilhões investidos pelo governo federal transformam rodovias em referência nacional
Quando você pensa em viajar pelas estradas brasileiras, a imagem de buracos e trechos mal conservados ainda é o padrão? Pois essa visão está se tornando coisa do passado.
O governo federal anunciou um feito histórico que promete mudar a forma como os brasileiros enxergam as rodovias: o Brasil nunca teve estradas em tão boas condições quanto hoje. Mas o que está por trás dessa mudança significativa?
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Segundo dados oficiais, mais de R$ 26 bilhões foram destinados à manutenção, conservação e construção das rodovias entre janeiro de 2023 e outubro de 2024.
Esses recursos permitiram um avanço histórico: 75,1% das estradas públicas federais foram classificadas como “boas” no Índice de Condição da Manutenção (ICM), o maior percentual já registrado.
A tecnologia como aliada das melhorias
O resultado não é fruto apenas de investimento financeiro, mas também do uso estratégico da tecnologia.
O Índice de Condição da Manutenção (ICM), ferramenta adotada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) desde 2016, mede a qualidade das rodovias de forma científica e precisa.
O sistema utiliza câmeras de alta precisão para filmar as estradas e softwares baseados em inteligência artificial (IA), como o DNIT-ICM, para processar os dados sem interferências humanas.
O desenvolvimento desse sistema foi realizado pelo Labtrans, da Universidade Federal de Santa Catarina, e validado cientificamente, garantindo que os resultados reflitam a realidade da malha viária nacional.
Ao contrário de métodos antigos que se baseavam em amostragens, a coleta de dados abrange toda a extensão das rodovias federais.
Essa abordagem detalhada permite avaliar cada quilômetro da malha viária e identificar áreas que necessitam de intervenção prioritária, assegurando transparência e eficiência na gestão dos recursos públicos.
Redução de rodovias em péssimas condições
Entre os resultados mais impressionantes, destaca-se a redução das rodovias classificadas como “péssimas”.
Em dezembro de 2022, 11% das estradas estavam nessa condição. Em menos de dois anos, esse número caiu drasticamente para 1,8%, e a meta do governo é zerar o índice de rodovias em péssimas condições.
O diretor-geral do DNIT, Fabrício Galvão, destacou a importância da retomada de investimentos em infraestrutura para esses avanços.
“Com os recursos liberados, foi possível licitar trechos antes desassistidos, garantindo que 100% da malha viária federal receba manutenção regular. Além disso, a percepção do usuário ao trafegar melhorou significativamente”, afirmou Galvão.
O panorama por regiões
As melhorias não foram homogêneas, mas atingiram todas as regiões do Brasil. Segundo o ICM de outubro de 2024, o Centro-Oeste lidera o ranking nacional, com 80,5% das estradas consideradas boas. Isso equivale a aproximadamente 7,3 mil quilômetros de malha viária.
O Norte e o Nordeste também registraram avanços impressionantes, com 77,7% e 77,2% de suas rodovias em boas condições, respectivamente. Em 22 meses, essas regiões saltaram de índices abaixo de 55% para patamares inéditos.
Já estados como Bahia, Minas Gerais, Pará e Mato Grosso se destacaram individualmente, com aumentos expressivos na qualidade de suas estradas:
Estado | Índice “bom” em dez/2022 | Índice “bom” em out/2024 |
Bahia | 46,1% | 79% |
Minas Gerais | 42,2% | 58% |
Pará | 54% | 85% |
Mato Grosso | 67,2% | 80% |
Desafios superados e próximos passos
Estados como o Acre, Amazonas e Maranhão enfrentaram desafios maiores por conta de suas condições geográficas e climáticas.
Contudo, todos apresentaram melhoras substanciais, como o Amapá, que saltou de menos de 40% para 98,4% de sua malha classificada como boa.
Apesar dos avanços, a manutenção constante é indispensável para evitar a deterioração das estradas, principalmente em estados onde as rodovias são fundamentais para o escoamento de produtos agrícolas e outros bens essenciais.
O impacto para o Brasil
A melhora na qualidade das estradas não só facilita a vida dos motoristas, mas também representa avanços econômicos significativos.
Rodovias melhores reduzem custos logísticos, aumentam a segurança no trânsito e estimulam o turismo interno, além de atrair investidores para projetos de concessão.
Com os números apresentados, o Brasil dá um passo importante para modernizar sua infraestrutura e competir com outros países no quesito qualidade viária.
E você, o que acha desse avanço? As melhorias são suficientes ou há outros aspectos da infraestrutura que precisam de mais atenção?