1. Início
  2. / Energia Nuclear
  3. / Governo Federal busca recomposição em cerca de R$ 1,3 bi no orçamento das obras para projeto da usina nuclear Angra 3
Tempo de leitura 3 min de leitura

Governo Federal busca recomposição em cerca de R$ 1,3 bi no orçamento das obras para projeto da usina nuclear Angra 3

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 09/05/2023 às 11:33
O Governo Federal visa reavaliar o orçamento da ENBPar para o projeto de obras da Angra 3. O objetivo é avançar no desenvolvimento da usina nuclear, impulsionando o setor naval brasileiro.
Fonte: Eletronuclear

O Governo Federal visa reavaliar o orçamento da ENBPar para o projeto de obras da Angra 3. O objetivo é avançar no desenvolvimento da usina nuclear, impulsionando o setor naval brasileiro.

O atual orçamento da estatal Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A. (ENBPar) para Angra 3 poderá ser reavaliado pelo Governo Federal, com recomposição de R$ 1,3 bilhões. Para essa terça-feira, (09/05), a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, tem em vista reavaliar o valor destinado às obras do projeto da usina nuclear, visando acelerar o desenvolvimento do ativo. As discussões com a Eletronuclear sobre o que será feito neste ano já estão em andamento, conforme destacou Esther.

Ministra da Gestão e Inovação destaca discussões com a Eletronuclear para recompor orçamento do projeto da usina nuclear Angra 3

O Governo Federal está estudando recompor o orçamento da ENBPar em cerca de R$ 1,3 bilhões.

A medida cogita avançar com as obras da usina nuclear de Angra 3, em Angra dos Reis (RJ), que será a maior usina nuclear do país, com capacidade instalada de 1.405 MW.

A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou que o valor exato da recomposição orçamentária ainda não está definido.

Além disso, ela destacou que a ENBPar está em conversas com o Ministério de Minas e Energia e com a própria Eletronuclear para discutir a ampliação dos recursos.

As obras de Angra 3 foram paralisadas em 2015 devido aos casos de corrupção descobertos pela Operação Lava Jato, resultando em apenas 65% do projeto concluído desde então.

Com a recomposição do orçamento, o Governo Federal espera retomar a construção da usina e impulsionar a geração de energia nuclear no país.

A ministra Esther Dweck ressaltou a importância do projeto para o setor nuclear brasileiro e afirmou que estão em discussão medidas para garantir a segurança jurídica do empreendimento.

Durante um evento do setor nuclear no Rio, a ministra informou que estão em discussão com a Eletronuclear as possibilidades de ação ainda este ano, incluindo a avaliação do valor estimado para essas iniciativas.

Ministério de Minas e Energia do Governo Federal projeta mais R$ 20 bilhões necessários para a conclusão das obras da usina nuclear Angra 3

O futuro da energia no Brasil ganhou destaque esta semana com as notícias sobre a necessidade de mais recursos para a conclusão da usina nuclear Angra 3.

Segundo Gentil Nogueira de Sá Junior, secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), a conclusão da usina demandará mais R$ 20 bilhões, somando-se aos cerca de R$ 7,8 bilhões já investidos no empreendimento.

Durante sua participação na Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados, Nogueira explicou que a falta de recursos adicionais está atrasando o Plano de Aceleração do Caminho Crítico de Angra 3.

O objetivo é ter os valores necessários para dar continuidade ao projeto até setembro do próximo ano. No entanto, os altos custos da construção da usina nuclear Angra 3 geram preocupações com a modicidade tarifária.

Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a tarifa média de energia da usina ficaria em R$ 726 por MWh nos primeiros 16 anos de funcionamento, enquanto a tarifa de Angra 1 e 2 é de aproximadamente R$ 350 /MWh.

Dessa forma, o futuro do projeto de obras da usina nuclear segue incerto, mas o Governo Federal discute com a Eletronuclear a retomada de Angra 3 o quanto antes, visando impulsionar o setor nuclear brasileiro.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

Compartilhar em aplicativos