Plano inclui mais de 480 ações e aposta em soluções intermodais para melhorar a mobilidade e atrair negócios para todo o estado.
O Governo de Minas revelou, nesta quinta-feira (12/6), uma das maiores carteiras de investimentos em infraestrutura já estruturadas no estado.
Com foco na melhoria do transporte e da logística, o plano reúne mais de 480 ações de curto prazo e prevê obras em rodovias, ferrovias, aeroportos, dutos e hidrovias.
O valor total dos investimentos, públicos e privados, chega a R$ 513 bilhões.
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Mais de 4 mil obras e foco regional
Coordenado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) e pela Codemge, o Plano Estadual de Logística e Transportes (Pelt-MG) detalha 4.582 obras.
A proposta visa atender às demandas regionais e promover desenvolvimento integrado do estado.
Entre os destaques, estão mais de 400 ações em rodovias. Um dos principais projetos é o lote de concessão da Zona da Mata, considerado um dos maiores investimentos previstos no plano.
A meta é melhorar a malha rodoviária do estado, reduzir os custos de transporte e oferecer mais segurança aos motoristas.
Outros modais também receberam atenção. São 17 intervenções ferroviárias, 13 projetos para dutos, 12 ações voltadas para aeroportos e duas para hidrovias.
Parte dessas obras já está em execução ou contratada. Outras ainda exigem articulação com o Governo Federal ou novas etapas de aprovação.
Minas quer ser centro logístico do Brasil
Durante a apresentação do plano, o secretário de Infraestrutura, Pedro Bruno, destacou a importância estratégica do momento. “Minas Gerais será o epicentro do investimento em infraestrutura do país nos próximos anos. Ter esse planejamento claro com o Pelt-MG é fundamental para seguirmos como referência”, afirmou.
Segundo o governo, o plano vai além da melhoria física da infraestrutura. Ele também busca fortalecer cadeias produtivas regionais, atrair novos negócios e garantir oportunidades para a população mineira.
Modelo britânico de avaliação
Minas Gerais é pioneira no uso do Five Case Model (5CM), um método criado pelo Tesouro Britânico para qualificar decisões de investimento.
A aplicação desse modelo, inédita no Brasil, traz mais rigor técnico e ajuda a selecionar projetos com maior impacto positivo para a população.
O diretor de Concessões e Parcerias da Codemge, Gabriel Fajardo, reforça que o modelo permite organizar as ações em diferentes frentes.
Plano foi construído com participação regional
O Pelt-MG foi desenvolvido a partir de encontros realizados em diversas regiões do estado. A proposta é que as decisões reflitam a realidade local e respondam aos gargalos mais urgentes da população e das empresas.
Para a presidente da Codemge, Luísa Barreto, esse modelo de planejamento é uma forma concreta de pensar o crescimento do estado.
“O negócio da Codemge é fazer Minas crescer. Com o Pelt-MG, temos um caminho claro de desenvolvimento integrado, com inclusão e geração de oportunidades”, disse.
Previsibilidade e segurança para investidores
O plano também promete trazer mais segurança jurídica e previsibilidade para quem quer investir no estado. Baseado em boas práticas nacionais e internacionais, o Pelt-MG se propõe a orientar a alocação de recursos públicos e privados com mais eficiência e foco em resultados.
O documento completo do plano está disponível para consulta pública e detalha todos os projetos, suas etapas e os critérios usados na seleção.
A expectativa é que o avanço dessas ações transforme a realidade logística de Minas e consolide o estado como referência nacional no setor.
Muitas das ações listadas no Pelt-MG já estão em andamento. Com a estrutura montada, o governo mineiro pretende acelerar a execução dos projetos e garantir os efeitos positivos o mais rápido possível. A meta é clara: fazer de Minas Gerais um exemplo de logística moderna e eficiente para o Brasil.